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Crítica | O Retorno da Múmia

Raphael Klopper Raphael Klopper
In Catálogo, Cinema, Críticas•7 de junho de 2017•8 Minutes

Bem, encaremos os fatos, o primeiro filme da Múmia de Stephen Sommers pode não ser mesmo lá grande coisa. Mas o filme possuía um radiante charme de conseguir ser um perfeito filme B com uma linguagem MUITO classicista do cinema dos anos 30 e 40 exatamente da mesma época do filme original e os outros clássicos monstros da Universal. E ainda misturava elementos quase perfeitos de filmes de aventura matinê com um Q de Indiana Jones e INÚMERAS referências e influências à outros gêneros como terror e faroeste. E claro, ser um bom e divertido filme de ação e comédia para todos os gostos.

Agora que terminei de balbuciar as ótimas qualidades do primeiro e até subestimado filme, encaramos aqui sua também bem conhecida continuação, mas talvez não pelas melhores razões…Apenas retire toda a parte de ótimas influências que falei sobre o primeiro filme e você tem exatamente o que é essa sua continuação: apenas um divertididinho filme de ação e comédia para (talvez) todos os gostos.

É o que se pode esperar de uma continuação de um filme bem sucedido que agora desfruta de um orçamento mais gordinho e um “leque de boas idéias” (quem dera) para expandir e continuar a história de seus personagens. Mas que toma decisões bem genéricas e que podem ser consideradas totalmente ultrapassadas considerando o cinema blockbuster de hoje, e até do início da década passada. Ressuscitar uma força poderosa e imparável antiga que pode dominar o mundo com um exército de zombilóides macabros e depende dos heróis agora de assim o impedir! Bem familiar né não?

E de sobra ainda trata de querer deixar tudo mais inchado trazendo de volta o vilão do primeiro filme e deixando o (suposto) novo vilão do Escorpião Rei de Dwayne Johnson em seu primeiro papel no cinema COMPLETAMENTE subdesenvolvido, com direito à um design visual CGI até vergonhoso de tão ruim para um filme blockbuster assim.

Até os elementos de terror e uma boa captura de época e seus traços classicistas do primeiro filme, são completamente descartados aqui. Se tornando exatamente apenas esse filme de ação e aventura em grande escala que, embora divertido, não possuí o mesmo charme anterior. Sommers com certeza queria se adaptar novas regras de blockbuster e agradar ao grande público, e ele continua a não fazer feio ao dirigir a ação que se mostra bem moldada e ainda possui elementos matinê com direito a uma sequência de escavação que termina em fuga pela vida à uma sequência de perseguição em Londres com vários elementos Indiana Jones. Mesmo que venha optar por elementos genéricos de CONSTANTES câmera lenta e cortes rápidos, com alguns estardalhaços visuais vexaminosos.

Mas devo confessar que o filme não tem nada de extrema vergonha alheia que me faça realmente desgostoso dele. Tem sim esse leque de efeitos mal realizados junto de reciclagem e repetição de tramas passadas, sem falar em algumas decisões bem um tanto idiotas e até contraditórias ao primeiro filme. O Imothep de Arnold Vosloo no primeiro filme possuía poderes de controlar as dez pragas que assolaram o Egito, uma sacada até inteligente e legal, e aqui do nada ele aparentemente tem poder de levitar pessoas com a mão; escalar paredes com as mãos; criar tsunamis com um rosto gelatinoso seu; enfim…ele se tornou um perfeito vilão dos X-Men que os X-Men nunca tiveram.

Mas como disse, nada que passe da linha do insuportável. O filme assim como o primeiro possui uma boa noção de ritmo e nunca deixa de desacelerar de forma sempre direta ao ponto do fio da meada e de forma surpreendentemente coesa. E mesmo com os INÚMEROS novos personagens vilanescos e a presença de quase 5 macguffins diferentes, nada fica confuso e sim tudo até bem compreensível. Nada é mal comandado e consegue ter um terceiro ato, mesmo com seus exageros, bem excitante e fechar com boa nota.

O elenco também não faz feio e Brendan Fraser mesmo sendo mais do mesmo, ele possuí muito carisma em seu Rick, e nutre uma boa química com uma sempre ótima Rachel Weisz que consegue ser a única personagem a demonstrar uma clara evolução da personagem historiadora bobinha dama em perigo do primeiro filme para uma mulher que sabe lutar com praticamente tudo que vê pela frente e seu estímulo está no amor por sua família. E o jovem Freddie Boath completa o triângulo da família que é certamente o coração eficiente do filme.

De sobra temos mais do mesmo com John Hannah o irmão/cunhado/tiozão atrapalhado que consegue funcionar como alívio cômico dentro do possível, e Oded Fehr com seu Ardeth mais uma vez cumprindo a cota do árabe sábio fodão mas sem carisma algum. E Dwayne Johson mostra hoje que não é nada ruim, mas nossa que mal trato quase horrendo que fazem com ele aqui, ambos em performance e os efeitos CGI em volta de sua forma de criatura é absolutamente vergonhosa, sendo assim não me surpreende nada que aquele filme spin-off O Escorpião Rei exista, é quase um pedido de desculpas para ele e o seu personagem aqui (mesmo o filme sendo ainda pior…mas enfim, ele é legal hoje!).

Mas é aquilo, o filme passa longe de ter alguma essência à mais para fazer aqui uma perfeita continuação ao seu ótimo e charmoso primeiro filme. Apenas um eficiente entretenimento para ser assistido enquanto fazemos outra coisa e deixar na televisão ligado e rir e se divertir um pouco. Pelo menos acho que podemos todos concordar que esse pelo menos consegue ser um filme MUITO melhor que o irritantemente fraquíssimo terceiro filme!

O Retorno da Múmia (The Mummy Returns, EUA – 2001)

Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
Elenco: Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah, Arnold Vosloo, Oded Fehr, Patricia Velasquez, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Dwayne Johnson
Gênero: Aventura
Duração: 130 min

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Raphael Klopper

Estudante de Jornalismo e amante de filmes desde o berço, que evoluiu ao longo dos anos para ser também um possível nerd amante de quadrinhos, games, livros, de todos os gêneros e tipos possíveis. E devido a isso, não tem um gosto particular, apenas busca apreciar todas as grandes qualidades que as obras que tanto admira.

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