logo
  • Início
  • Notícias
    • Viral
    • Cinema
    • Séries
    • Games
    • Quadrinhos
    • Famosos
    • Livros
    • Tecnologia
  • Críticas
    • Cinema
    • Games
    • TV
    • Quadrinhos
    • Livros
  • Artigos
  • Listas
  • Colunas
  • Search

Crítica | Poltergeist: O Fenômeno (2015)

Matheus Fragata Matheus Fragata
In Catálogo, Cinema, Críticas•10 de julho de 2016•7 Minutes

Depois da Warner ressuscitar Mad Max na semana passada, a Fox e a MGM resolveram dar nova vida para o cult Poltergeist. Filme de 1982 dirigido por Tobe Hooper e produzido por Steven Spielberg. Porém, enquanto a Warner e George Miller obtiveram sucesso com o novo Mad Max, tudo falha miseravelmente neste novo Poltergeist: O Fenômeno.

A história segue a linha do original. Uma família se muda para uma casa nova onde estranhas assombrações acontecem após fixarem residência. Entretanto, tudo se complica quando a filha caçula é sequestrada pelos espíritos malignos da casa para o plano sobrenatural. Sem entender o que acontece na casa, a família procura um grupo de paranormais para ajudar a trazer sua filha de volta.

O Poltergeist original já não é um ótimo filme, porém obteve sucesso na época chegando a ser indicado para 3 Oscar. Este novo Poltergeist consegue ser pior que o original em praticamente todos os aspectos, principalmente no roteiro.

O texto de David Lindsay-Abaire é extremamente inconsistente. Ele investe tempo em um drama a respeito do desemprego e as dificuldades financeiras que atingem a família Bowen principalmente o pai, Eric – interpretado com competência por Sam Rockwell. E também na incrível fobia de tudo que o menino Griffin sente. Esses dois pequenos arcos servem para deixar o roteiro mais denso, mesmo que os outros personagens sejam completamente clichês e derivados. Entretanto, esses draminhas não servem absolutamente nada para a narrativa, já que o roteirista desiste de praticamente todos eles do meio para o fim do filme – o que torna ainda mais evidente o desinteresse do autor pelo filme.

Não bastasse isso, a história tem uma progressão bem medíocre. A única coisa nova que Abaire e Gil Kenan, diretor dessa bomba, propõe é a interação dos fantasmas com novos objetos eletrônicos como smartphones, aparelhos inexistentes em 1982 – algo que considero tão inútil quanto obrigatório para qualquer um que estivesse no comando dessa refilmagem.

Entretanto, o pior de tudo é que Gil Kenan tem poucos vislumbres criativos – pouquíssimos. Dirige o filme todo no piloto automático. E, pior, consegue formatar sua linguagem cinematográfica para o padrão de filmes televisivos. Isso nem o filme de 1982 tinha, porém é algo estarrecedor que um filme feito para o cinema, logo em 2015, tenha roupagem de filme de televisão. Isso acontece por conta dos enquadramentos pobres, muita câmera parada e decupagem simplória.

Kenan erra o tom do filme em praticamente todas as cenas. Tudo é apressadíssimo e espalhafatoso. A construção da tensão gerada por figuras clássicas como o palhaço e a árvore são resolvidas em pouquíssimas cenas. Porém, o mais deplorável, é mistura de horror e comédia que Kenan propõe aqui. Simplesmente não funciona. As piadas são toscas, beirando o pastelão, e quebram a raríssima tensão que ele consegue construir entre uma cena e outra. Além disso, Kenan não consegue aterrorizar ninguém. Apenas alguns sustos gratuitos gerados pela edição rasteira.

Não só a direção esquizofrênica e o protótipo de roteiro são responsáveis por enterrar o filme, o design de produção praticamente faz questão de minar toda a proposta do roteirista a respeito das dificuldades financeiras que a família Bowen vive. Quase declarando falência, a família ostenta diversos televisores de última geração, traquitanas diversas, uma SUV da Dodge – ou duas, a casa inteira é decorada com equipamentos de custo razoável, etc. É simplesmente muito esquisito que uma família americana tenha tantos problemas bancários com essa diversidade de luxo, principalmente em um país onde é comum as feiras de garagem para quitar dívidas e etc. Fora isso, durante uma cena que apresenta a ideia, tanto idiota quanto interessante, sobre o uso de um drone, o espectador é apresentado para uma amostra de como não fazer efeitos visuais. Tudo aparenta um visual cartunesco, borrachudo, enfim, brega.

Talvez o único departamento que faz um belo trabalho seja o de fotografia. O cinematografista Javier Aguirresarobe ornamenta uma luz que faz referência direta ao filme de 1982 misturando as tendências do uso de luz difusa predominante nos filmes atuais. Finalmente a maldita luz estroboscópica que era tão tosca no original ganha relevância e justificativa diegética na versão de 2015 – além de ser muito bem trabalhada, é claro.

Poltergeist – O Fenômeno não apresenta nada de novo para o gênero. Trabalha com clichês em tudo, seja nos personagens ou nas situações, e ainda por cima consegue destruir todo o argumento que lançaria alguma complexidade para esta nova versão. A história não compensa graças a seus diversos furos, a direção não compensa, nada realmente compensa a sua ida ao cinema para ver essa bizarrice. É difícil compreender porque raios permitiram uma refilmagem tão porca como essa, sem nenhum respeito pela obra original. A única coisa que vem à minha cabeça é que realmente quiseram elevar o Poltergeist de 1982 para o estado de arte. Parabéns, conseguiram, pois, comparar qualquer filme sério com isso daqui é complicado. No final das contas, o novo Poltergeist sempre será assombrado pelo sucesso do filme original.

Uma lástima, pois tinha muito potencial para explorar novos arredores desta franquia tão querida e polêmica para o cinema.

Mostrar menosContinuar lendo

Add comment

  • Prev
  • Next
Posts Relacionados
Famosos
Keith Urban desliga entrevista ao vivo após pergunta sobre cenas de amor de Nicole Kidman

Nicole Kidman e Keith Urban se separam após 19 anos de casamento


by Matheus Fragata

Games
Lottu: a nova plataforma da Esportes Gaming Brasil que promete revolucionar o entretenimento digital

Lottu: a nova plataforma da Esportes Gaming Brasil que promete revolucionar o entretenimento digital


by Redação Bastidores

ListasCinema
O Fim de Uma Era: Três Filmes Que Podem Derrubar a Dominância de Super-Heróis em 2025

O fim de uma era: Três filmes que podem derrubar a dominância de super-heróis em 2025


by Patrícia Tiveron

© 2025 Bastidores. All rights reserved
Bastidores
Política de cookies
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}