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Crítica | Resident Evil 6: O Capítulo Final

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•25 de janeiro de 2017•7 Minutes

Quando Paul W.S. Anderson fez o primeiro filme baseado na franquia de games Resident Evil em 2002 era uma produção simples com um orçamento generoso de US$ 35 milhões, mas fez um grande sucesso faturando o triplo. O problema é que a partir do terceiro filme, que não lembra em nada os jogos, a franquia se tornou qualquer coisa menos uma adaptação dos games da Capcom.

Quando Anderson voltou para a direção do quarto filme o objetivo era claro: fazer uma franquia ação descerebrada, cujo intuito era transformar Milla Jovovich em estrela de ação e o diretor mostrar que sabia utilizar tecnologia 3D, mas jogando o roteiro para o espaço. Pois bem, agora a franquia chega ao fim com esse novo filme.

O longa mostra a heroína Alice (Milla Jovovich) em um mundo devastado pelo T-Vírus que transformou todos os humanos em zumbis. A heroína é avisada pelo computador Red Queen (Eva Gabo Anderson) que a organização criadora do vírus, a maldosa Umbrella Corporation, criou um antivírus que pode acabar com a ameaça e que Alice tem menos de 72 horas para encontrá-lo antes que a humanidade seja extinta.

Como deu para perceber, a trama é idiota, na falta de uma palavra melhor para descrevê-la. Nenhum problema em filmes em que tem tramas bobas, desde que saibam disso e assumam as deficiências do seu texto. Resident Evil 6 até assume nos dois primeiros atos, o que vale não é o desenvolvimento de personagens, motivações e arcos dramáticos, mas sim a ação. É Alice mostrando que é a badass do momento e que consegue derrotar os zumbis em lutas corpo a corpo, sem medo de ser mordida.

O roteiro – que é assinado por Anderson – funciona mais como uma escaleta de eventos, principalmente quando os heróis invadem o complexo chamado de Colmeia.  Nesses momentos é quase como se fosse um videogame mesmo, pois há os capangas, os monstros medianos, os cachorros zumbis e os monstros terríveis feitos a partir de experiências genéticas. Nesse sentido, o “roteiro” até funciona. Mas quando chega no terceiro ato, o filme fica risível.

Não dá para entender o que o diretor quis fazer no terceiro ato, parece que ele queria terminar a franquia dando plot twist que eram geniais na sua mente, mas são tão estúpidas e incoerentes que transformam o que estava uma boa diversão B em uma comédia involuntária. As situações e os diálogos que já eram ruins,pioram no final do filme. E são decisões que não batem com a própria mitologia criada pelos filmes. Esse terceiro ato desse Resident Evil vale por ser uma das coisas mais engraçadas que vi em vida.

Se Paul W.S. Anderson se mostra incapaz de criar uma história como roteirista, como diretor ele tenta fazer cenas fortes que misturam ação e terror. No primeiro quesito há momentos de inspiração, porque as sequências de ação são inventivas. O problema é que se nos filmes anteriores, o diretor fazia planos de luta longos e mais abertos – mostrando que sabe utilizar bem o 3D nesse sentido – nesse novo exemplar enche essas sequências com cortes rápidos e acelerando os frames e fica difícil entender o que está acontecendo em alguns momentos, mas sabe utilizar bem o espaço onde acontece a ação. Já como diretor de terror, Anderson se mostra um bom diretor de ação.

Se ocorrer algum susto é por conta de jump scares, porque Anderson não sabe preparar a atmosfera da cena e os sustos são muito previsíveis. Na tentativa de mostrar que o mundo é ameaçador, o diretor usa a mesma estratégia durante todo o filme: susto e cena de ação a cada vinte minutos. Em alguns momentos funcionam, mas acaba cansando o espectador depois de um tempo.

O que o diretor continua mostrando que sabe utilizar é a tecnologia 3D. Não em função de linguagem, pois exigir isso de um diretor tão limitado em um filme desses é ingenuidade. Anderson sabe aproveitar muito bem a profundidade de campo. As maiorias das cenas são em planos abertos que aumentam a imersão do espectador ao cenário, que é muito bem feito. E Anderson usa muito bem essa imersão nas sequências em slow motion, que dão uma identidade ao filme, mas só isso.

Mas e as atuações? Bom, se o roteiro é insistente, então pra que personagens? Não há personagens em Resident Evil 6, há atores dizendo falas e todos os personagens são desinteressantes, principalmente Alice. O que carrega é a presença física e o carisma de Milla Jovovich, porque a heroína é chata e unidimensional. E o resto do elenco só está ali para bater cartão, não merecem nem serem discutidos, pois os seus objetivos são carregar e portar armas.

O que mais pode se dizer de Resident Evil 6: O Capitulo Final? Simples: Nada. É um filme bobo de uma franquia que se alongou mais do que deveria, que mostrou ser completamente diferente do material original que cospe personagens para mostrar que é Resident Evil. Bom que acabou, pois é uma cinessérie que ninguém ficará com saudades, pelos menos dessa versão de Paul W.S. Anderson.

Resident Evil 6: O Capítulo Final (Resident Evil: The Final Chapter, 2017 – França, Canadá, Alemanha, Australia)
Diretor: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Paul W.S. Anderson
Elenco: Milla Jovovich, Iain Glen, Ali Larter, Shawn Roberts, Eoin Macken, Fraser James
Gênero: Ação
Duração: 106 min.

Redação Bastidores

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