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Crítica | Sexta-Feira 13 Parte V: Um Novo Começo - Um péssimo reboot

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•26 de novembro de 2017•6 Minutes

Nunca acreditem quando um filme traz as palavras “capítulo final” em seu título.

Freddy Krueger definitivamente não ficou morto, o assassino do Jigsaw ainda está à solta e os X-Men com certeza não tiveram um confronto final durante seu terceiro filme. Dessa forma, é claro que Jason Voorhees voltaria aos cinemas novamente após o divertido quarto longa, mas não da forma que a maioria esperava. Visando reiniciar a franquia através de um novo protagonista, Sexta-Feira 13 Parte V: Um Novo Começo segue a ideia ousada de não ter Jason como antagonista, até lembrando a ideia inicial da Paramount de se fazer uma antologia. Por mais admirável que o conceito seja, este é facilmente o pior filme da série até então.

A trama começa alguns anos após o anterior, com Tommy Jarvis (agora vivido por John Shepard), profundamente atormentado por seu sangrento encontro com Jason Voorhees quando era uma criança (com as feições de Corey Feldman, que faz uma ponta) e sendo enviado para uma clínica mental, localizada – você adivinhou – no interior. Tommy sofre com visões do assassino, que o fazem tomar atitudes violentas e agressivas contra todos a seu redor, e as suspeitas ficam ainda maior quando uma série de assassinatos que seguem o padrão de Jason começam a pipocar pela região.

À primeira vista, este quinto filme parece a forma ideal de rebootar a franquia. Sem a presença física de Jason Voorhees (que aparece apenas nas visões de Tommy), o roteiro de Martin Kitrosser, David Cohen e do diretor Danny Steinmann parte da interessante premissa de encontrar outro assassino que preencha o legado de Jason, e tudo o que o texto vem construindo desde o início – na verdade, desde o impecável clímax de O Capítulo Final -, é de que Tommy Jarvis será o novo assassino da franquia. Teria sido uma jogada fascinante, mas infelizmente o texto opta por sacanaear o espectador e ir para uma solução completamente sem sentido para a identidade do assassino, ignorando o que poderia ter sido uma construção inteligente. A cena final até tenta recuperar isso, mas o estrago já estava feito naquele ponto.

Pior ainda, temos o setting mais incongruente e ridículo da franquia até então. Os produtores realmente não desgrudam da ideia de adolescentes tarados no meio do mato, mas parecem não compreender que esse conceito não casa com a ideia de abordar uma clínica psiquiátrica. Aliás, nenhum dos personagens ali (com exceção do caricato Dominick Brascia) parece ter algum tipo de deficiência mental, como se a trinca de roteiristas tivesse simplesmente colocado um hospital apenas para “evitar repetições”. Bem, não foi uma tarefa bem sucedida, e nenhum dos personagens é minimamente interessante, e ainda temos um desnecessário núcleo coadjuvante com dois personagens que levam o estereótipo do caipira white trash ao extremo, vividos por Carol Locatell e Ron Sloan. Claro, sendo uma mulher grosseira e um filho adulto mimado, os dois servem como uma amálgama de Pamela e Jason Voorhees; no papel, já que nada na pavorosa performance ou retrato dos dois rende algum tipo de análise.

Talvez apenas o pequeno Shavar Ross como Reggie, que segue a acertada decisão do anterior em colocar crianças espertas para enfrentar o assassino – e acho hilário como Reggie tenha um irmão (Miguel A. Nuñez) ,com um visual inexplicavelmente idêntico ao do Prince – e o fato de ele cantar em uma cena só reforça a comparação.

Em termos de direção… Esse deve ser o Sexta-Feira 13 mais fraco e sem imaginação. Por manter boa parte da trama envolta no mistério de quem está cometendo os assassinatos, a decupagem de Steinmann sempre oculta o rosto do antagonista, retornando à velha técnica dos primeiros filmes. Mas se lá tínhamos o POV voyeurístico e incômodo, aqui Steinmann se limita a apresentar planos fechados da mão do assassino com alguma arma, facão ou tesoura de jardinagem, e o resultado é mais embaraçoso do que assustador. E pelo amor de Craven, eu já esperava que no quinto filme da série já estaríamos fartos de perseguições dentro de celeiros…

Um Novo Começo foi uma tentativa frustrada de dar novo fôlego à franquia. A premissa é interessante, mas tudo desde o desenvolvimento da história até a fraca direção de Steinmann faz o espectador desejar que a série realmente tivesse terminado no capítulo anterior. Sexta-Feira 13 não é Sexta-Feira 13 sem Jason Voorhees.

Sexta-Feira 13 Parve V: Um Novo Começo (Friday the 13th: A New Beginning, EUA – 1985)

Direção: Danny Steinmann
Roteiro: Martin Kitrosser, David Cohen e Danny Steinmann, baseado nos personagens de Victor Miller
Elenco: John Shepard, Melanie Kinnaman, Shavar Ross, Richard Young, Dick Wieand, Tiffany Helm, Juliette Cummins, Miguel A. Nuñez, John Robert Dixon, Dominick Brascia
Gênero: Terror
Duração: 92 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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