Parando para pensar, um sorriso é justamente a reação mais aposta que se pode imaginar para assistir um filme de terror. Reside aí o grande mérito do diretor e roteirista Parker Finn, que faz sua estreia com Sorria em um conceito difícil de dar certo.
Na trama, a terapeuta Rose (Sosie Bacon) está tentando superar o trauma de ter visto uma paciente se suicidar na sua frente, enquanto sorria de forma maligna. Ela logo descobre que foi vítima de uma maldição, e que uma entidade sinistra, demarcada por sorrisos macabros, está perseguindo-a por toda parte.
Aproveitar o poderio imagético de um sorriso para causar medo é certamente um desafio. O longa não é isento de seus momentos ridículos, mas o saldo geral é bem mais pendente para o perturbador, já que a direção de Finn oferece um raro balanço de terror comercial de estúdio com aspirações mais “arthouse” de produtoras como a A24 – e o terror Corrente do Mal logo vem à mente como referência.
Justamente por isso, Sorria é um filme capaz de assustar bem mais quando não está mostrando suas ameaças, mas sim trabalhando a tensão e a expectativa de algo sinistro acontecendo; ambas características que a atriz Sosie Bacon domina com perfeição.
Confira a análise completa no canal de YouTube do Lucas Filmes.