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Crítica | Terremoto: A Falha de San Andreas

Matheus Fragata Matheus Fragata
In Catálogo, Cinema, Críticas•9 de julho de 2016•6 Minutes

Por diversas vezes Hollywood já nos apresentou vislumbres do fim do mundo ou de situações de cataclismo. Porém, não era somente o mundo que ia pelos ares, mas também a qualidade cinematográfica que, em si, já não eram grandes coisas. Roteiros repletos de furos, frases de efeito, personagens caricatos, comédia pastelão. Quase todos esses elementos fazem parte dos filmes de Roland Emmerich – considerado o maior pedigree do gênero ou de Michael Bay – outro perito no assunto. Porém, Brad Peyton foge um pouco desses vícios. Ainda bem. Mas entrega um filme bem normal.

Nós acompanhamos as desventuras do bombeiro especializado em resgates, Ray e do sismólogo Lawrence. Ray, em meio a uma separação, tem que conciliar sua exigente profissão com as horas de lazer com sua filha, Blake, além de resolver as pendencias do divórcio com sua ex-mulher, Emma. Enquanto isso, Lawrence e seus alunos desenvolvem um novo método para prever terremotos. Em meio a isso tudo, ele prevê que a famosa falha de San Andreas está para romper dando origem ao maior terremoto já visto na história da humanidade. Nisso, após alguns desencontros, Ray terá de usar os recursos que o corpo de bombeiros oferece para resgatar sua família enquanto a terra treme.

O texto assinado por Carlton Cuse, Andre Fabrizio e Jeremy Passmore é repleto de clichês, como esperado. Porém, junto com o diretor Brad Peyton, eles conseguem apresentar alguns vislumbres mais realistas durante as transições das frenéticas cenas de ação. Entretanto, já com tantos filmes catástrofe que apresentaram mais complexidade como Guerra Mundial Z, Terremoto perde bastante. Aposta na zona segura, como de hábito. Durante o colapso da costa oeste dos EUA, Peyton exibe algumas reações mais factíveis, realistas. As pessoas jogam a ética no lixo, depredam, roubam, etc. Trata-se da sobrevivência do mais forte.

O mais interessante é como o diretor insinua a ambiguidade do herói Ray, interpretado pelo sempre ótimo Dwayne Johnson. Em seus minutos iniciais, o longa aparenta seguir uma narrativa de heroísmo e trabalho dos bombeiros durante a catástrofe, mas logo tudo muda e se concentra em três narrativas: a busca de Ray por sua filha, a tentativa de sobrevivência de Blake e o núcleo cientifico e didático de Lawrence. O bizarro é ver como o protagonista abandona seu posto para resgatar seus familiares utilizando diversos métodos, digamos, ilegítimos. A ênfase dada para a profissão e heroísmo dos bombeiros é posta completamente de lado. O filme perde com isso. Vira apenas uma narrativa simples e sem graça de uma história que já vimos milhões de vezes antes. Os diálogos são bem limitados, genéricos e, pior, repetitivos e martelam sobre a iminente redenção do protagonista graças a um fardo do passado, completamente clichê.

Porém, o roteiro não é abismal. Já fico contentíssimo que não tenha pendido para a caricatura de personagens como os filmes de Emmerich ou a ação desenfreada de Michael Bay. É apenas algo normal, rotineiro para Hollywood e para nós. Peyton dirige bem, porém seu filme é brega do início ao fim. Consegue tornar o terremoto algo realmente incrível de se contemplar – inclusive consegue destruir a ponte Golden Gate de um jeito bem inusitado. Os efeitos visuais são um espetáculo à parte. Apenas a modelagem de seres humanos virtuais é meio vagabunda. Sempre quando o plano envolve gente sendo arremessada, pisoteada, explodida pelos ares, perde-se qualidade nos efeitos – as pessoas ficam com aspecto borrachudo.

O que torna o filme é brega é a encenação de Peyton. O filme orbita o melodrama descaradamente. As motivações dos personagens são clássicas do gênero e os close ups com diversas expressões de terror, desespero e desalento, abundantes.  Parece que às vezes o diretor tenta forçar uma empatia maior aos personagens buscando gerar alguma emoção. Entretanto, isso não funciona. Usar exageradamente a trilha sonora, principalmente no clímax do filme, também não ajuda.

Terremoto: Falha de San Andreas entrega mais do que promete. Sem dúvidas é um filme fraco, mas que conta com atuações boas de Dwayne Johnson e Paul Giamatti, além de caos e destruição realizados com maestria pelos magos dos efeitos visuais. Tirando isso, não há muito o que explorar nesse filme. Se você gosta de filmes catástrofe, este é um filme obrigatório. Aliás, se possível, e se for viável, assista ao filme em sua versão 4D. Assisti o longa inteiro com um baita sorriso no rosto graças a esta tecnologia. É algo incrível e que agrega muito a experiência do espectador, além de ser muito divertido. Para terem uma ideia, apesar de eu já ter visto alguns filmes em 4D, apenas um, Gravidade, julguei merecedor do meu dinheiro. Finalmente, posso recomendar as trepidações, espirros d’água, giros, ventos, sopros e luzes que realmente fazem a diferença em Terremoto. Portanto, atente que a nota que darei para o filme é baseada na versão 4D. Com certeza, se eu tivesse visto a versão normal, o filme teria uma nota diferente.

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Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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