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Crítica | Um Espião e Meio

Matheus Fragata Matheus Fragata
In Catálogo, Cinema, Críticas•10 de agosto de 2016•5 Minutes

Há poucas semanas, Shane Black revitalizou o subgênero do buddy cop com Dois Caras Legais. Não por mera coincidência que temos mais uma comédia destinada as histórias celebres constituída pela dinâmica de uma dupla de policiais. Com Um Espião e Meio, a Universal aproveita a pegada da proposta, mas subvertendo algumas características genuínas ao misturar formatos da comédia e até mesmo da técnica narrativa.

A história escrita por Ike Barinholtz, David Stassen e também pelo diretor do filme, Rawson Thurber, se vale de diversos clichês. Aliás, inicia com um. A vida de Calvin Joyner não foi o sucesso que ele esperava. A realidade de um trabalho maçante, pacato e irritante que ele odeia o acompanha para afogar quaisquer expectativas que ele possa vir a ter. Deprimido por ter perdido a alegria e altas esperanças sobre seu futuro de quando era uma estrela do colégio durante o ensino médio, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando um estranho colega de sala, Bob Stone o chama para sair.

Após um reencontro casual e a ótima surpresa ao descobrir que Bob era nada menos que o menino gordinho e esquisitão do colégio, Calvin se vê envolvido em uma trama de espionagem e perseguição de agentes secretos. A verdade é que Stone é um agente desertor da CIA e precisa da ajuda de seu antigo colega para conseguir decifrar um código que revelará o ponto de encontro para uma negociação de armas com potencial de destruir o mundo.

Como toda comédia que se preze, a narrativa de Um Espião e Meio move-se rapidamente. Mesmo se tratando de uma história bastante básica e previsível – é muito fácil deduzir suas vindouras reviravoltas, o filme se sustenta ao máximo a partir das performances de Kevin Hart e Dwayne Johnson esbanjando carisma e explorando sua verve cômica até então pouco aproveitada.  

Por incrível que pareça, a comédia aposta muito pouco no pastelão e sim nas referências de um universo exterior ao filme fazendo piada com outras obras como Jason Bourne e outros filmes de espionagem. Também por Aaron Paul ser presente no elenco, há uma ótima piada com seu personagem anterior, Jesse Pinkman de Breaking Bad.

Os roteiristas também acertam ao escolher poucos conflitos secundários para guiar a história. O principal drama se utiliza das suspeitas que Calvin têm das verdadeiras intenções de Bob. Tudo é reforçado com a utilização dos agentes da CIA que vestem a carapuça de antagonistas que a história necessita. Então há um jogo onde Calvin vira um agente duplo justamente por ter contato com Bob e com a agente da CIA que está o caçando. Como o protagonista não quer prejudicar a própria vida casual e quer manter a esposa em segurança, ele reluta em acompanhar Bob em suas aventuras.

Aliás, é justamente nesse aspecto no qual o roteiro sai do convencional ao apostar na reação realista de Calvin que ele toma caminhos um tanto burocráticos e fracos na comicidade. Isso inclui toda a relação do protagonista com sua esposa que é bastante rasa, além de utilizar situações clichês. O maior problema desse núcleo é que os roteiristas não fundamentam bem essa dita “crise” no casamento do protagonista. Os conflitos acontecem do nada.

Porém há outros problemas que tornam os personagens mais complexos como a dura realidade dos sonhos destruídos de Calvin e dos reflexos emocionais vindos do bullying que assombram Bob Stone. Nada fora do convencional, mas também não ofende. Ao menos enriquecem os personagens, além do diretor utilizar uma metáfora visual impressionante para um filme de comédia padrão.

Apesar do péssimo título nacional, Um Espião e Meio rende uma boa sessão ao cinema. A comédia funciona bem em sua maioria graças às piadas lotadas de referências a outras obras cinematográficas. Aposta em clichês, mantem o texto seguro na previsibilidade, mas também investe em reações realistas para qualquer cidadão que se encontrasse na situação de Calvin ao se deparar com um agente secreto. Como esperado, a dupla Hart e Johnson sustentam o filme de modo excelente garantindo boas risadas. Até mesmo a direção do longa tem seus momentos inspirados, apesar do modo bastante preguiçoso no qual o clímax é inserido.

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Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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