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Critica | Van Helsing: O Caçador de Monstros

Ayrton Magalhães Ayrton Magalhães
In Catálogo, Cinema, Críticas•18 de junho de 2017•7 Minutes

No dia 26 de maio de 1987, Bram Stoker publicou a sua mais reconhecida obra, Drácula. Esta, além de entregar ao Mundo o célebre vampiro, nos apresenta o Dr. Abraham Van Helsing, um prestigiado professor de antropologia e filosofia que também é especialista em doenças obscuras e seres de origem sobrenatural.  Foi ele que descobriu que Londres estava assombrada pela nefasta figura de um vampiro, e também foi ele quem o matou, usando os seus conhecimentos adquiridos sobre a mística criatura. Depois disso, ficou marcado para sempre como o arqui-inimigo do Drácula e de todos os seres sobrenaturais.

Em 2004, então, Stephen Sommers, o diretor de A Múmia e O Retorno da Múmia, resolve voltar ao universo de monstros, só que, desta vez, fazendo um crossover entre eles, e, para isso, resolveu usar ninguém menos que o famoso caçador de vampiros para ser a ponte.

O filme se inicia no ano de 1887, com o Dr. Victor Frankenstein (Samuel West) criando o seu infame monstro (Shuler Hensley) a mando do Conde Drácula (Richard Roxburgh). No entanto, Victor vê que o conde usará a sua criação para feitos nefastos, mas antes que ele possa fazer algo, Drácula o mata. Porém, o monstro de Frankenstein pega o corpo de seu criador, foge e, logo adiante, se esconde em um redemoinho, até que uma multidão enfurecida o segue e ateia fogo no moinho, supostamente matando-o. Então, Drácula fica enfurecido ao ver que seus planos foram atrasados e possivelmente arruinados.

Passado um ano após a morte de Frankenstein, nas ruas de Paris, somos finalmente apresentados ao protagonista título do filme, Gabriel Van Helsing (Hugh Jackman). Ele está caçando o monstro conhecido como Mr. Hyde, mas que de Mr. Hyde só tem o nome, pois ele parece mais uma versão monstruosa e gigante do corcunda de Notre-Drame – e ainda, por pura coincidência, Van Helsing mata o Hyde na torre de Notre-Drame. Seria melhor eles falarem que este monstro era o Corcunda. Assim, a deturpação do personagem seria menor.

Após esse incidente, Gabriel é chamado de volta ao Vaticano, onde fica a sede de uma organização secreta que jurou proteger a humanidade de tudo e de todos que desejam fazer algum mal a ela. Nela, Van Helsing recebe a missão de matar o Conde Drácula, que aterroriza uma cidade localizada na Transilvânia há séculos. Mas ele não vai sozinho: um jovem e estudioso frade chamado Carl (David Wenham) é encarregado para ajudá-lo em sua difícil missão.

A trama é totalmente previsível e clichê, com várias situações criadas certamente para completarem o tempo de duração do longa, pois não acrescentam quase nada para o desenrolar do filme. Sem contar no romance totalmente forçado entre Van Helsing e Anna Valerious (Kate Beckinsale), que chega a incomodar de tão desnecessário que é.

Em relação às criaturas presentes, o monstro de Frankenstein é retratado como um ser bastante inteligente, bem ao contrário de várias encarnações anteriores, porém, aqui ele não é um ser maligno, muito pelo contrário, ele, inclusive, quer se sacrificar para que Drácula não o use para fins malévolos. Essa é uma visão muito interessante do monstro. Todavia, eles forcam isso além da conta, tanto que praticamente todas as falas dele são destinadas a mostrar que ele não é do mal. Já o Conde Drácula é uma vergonha absoluta e uma afronta à memória de Bram Stoker. O personagem é totalmente caricato e sem nenhuma presença em cena. Já o Lobisomem é isso mesmo que o filme mostra. Não há muito do reclamar dele, além de algumas cenas onde o CGI é falho.

E em um filme onde se há o encontro dos icônicos monstros, que marcaram o gênero de horror com seus excelentes filmes, é para se esperar no mínimo cenas góticas ou aterrorizantes, coisa que este filme não proporciona. Sommers ainda tenta criar um clima de terror, mas acaba falhando e tornando vários momentos risíveis, como a que Drácula se vê no espelho dançando com a personagem da Kate Beckinsale. Contudo, no quesito aventura e ação, ele se sai muito bem.

O filme falha em muitas coisas, mas não nas cenas de ação. Stephen Sommers acerta em cheio nelas, principalmente na cena onde Van Helsing enfrenta as esposas do Drácula pela primeira vez. Porém o CGI usado é deveras falho, chegando a parecer e que estamos vendo uma gameplay de um jogo em vez de uma obra cinematográfica. Muito desse CGI usado podia ter sido trocado por efeitos práticos, que, além de darem uma aparência mais real aos monstros e às batalhas. É uma pena que não tenham usado.

A trilha de Alan Silvestri é outro grande acerto deste filme. As músicas compostas por ele são bem marcantes, e combinam perfeitamente com tom de aventura do filme, e ainda ajuda a dar uma grandiosidade a várias cenas, que, sem a ajuda dela, não teriam quase emoção.

Van Helsing é um filme com um grande potencial, e com uma ideia fantástica – que é a de unir os mais famosos monstros já feitos -, porém, ele falha mais que acerta. Pelo menos, não deixa de divertir o público com suas cenas de ação envolvendo os icônicos monstros, mas também não oferece nada além disso. 

Van Helsing – o Caçador de Monstros (Van Helsing, EUA – 2004)

Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
Elenco: Hugh Jackman, Kate Beckinsale, Richard Roxburgh, David Wenham, Shuler Hensley
Gênero: Ação, Aventura
Duração: 131 minutos

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Ayrton Magalhães

"Todas essas lembranças se apagarão com o tempo, como lágrimas na chuva"

Citação de um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, Blade Runner - O Caçador de Androides.

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