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Crítica | Velozes & Furiosos 7

Matheus Fragata Matheus Fragata
In Catálogo, Cinema, Críticas•12 de abril de 2017•8 Minutes

O tempo pede mudanças. Exige mudanças. E, naturalmente, esta continuou sendo a regra durante esses quatorze anos de franquia Velozes & Furiosos.

Começou como um filme sobre corridas ilegais. Seis filmes depois, as corridas foram, gradualmente, deixadas de lado. O espetáculo pirotécnico e tecnológico tão aclamado e ansiado pelas audiências contemporâneas bateram à porta da franquia milionária da Universal. A cada novo filme, o espetáculo ficou cada vez maior, visitando diversos países e roteirizando cenas de ação mais audaciosas. Agora, com o sétimo, atingiu-se o clímax. Porém, o novo longa conta com a mudança muito bem-vinda de diretores. O veterano Justin Lin – dirigiu os quatro filmes anteriores a este, é trocado pelo talento inegável do malaio James Wan.

Desta vez, a trupe de Dominic Toretto (Vin Diesel) e Brian O’Conner (Paul Walker) é procurada pelo irmão mais velho de Shaw, vilão do filme anterior. Deckard Shaw (Jason Statham) está com sede de vingança e não poupará esforços para destruir Toretto e sua gangue.

Como é evidente, a história – que nunca foi um forte da série, assume seu papel completamente banal, apenas para inserir os heróis em situações explosivas e cheias de ação ao redor do mundo. Para facilitar o progresso da narrativa, o roteirista Chris Morgan insere uma ajuda considerável de um departamento de segurança dos EUA chefiado pelo Mr. Nobody encarnado pelo ótimo Kurt Russell.

Obviamente, um roteiro desses nunca é pra ser levado a sério. Absurdos como Deckard Shaw sempre aparecer muito bem armado em todas as cenas de quebra-pau, desconsiderando completamente o local do planeta que os protagonistas estejam, além dos inúmeros clichês – o software de vigilância “Olho de Deus” é mais uma cópia da invenção apresentada em O Cavaleiro das Trevas.

De resto, Morgan continua a martelar em pontos como “família”, “força” e “união”. Não insere nada de novo seguindo o costume de seus roteiros preguiçosos. Porém, com a infeliz tragédia que levou Paul Walker à morte, toda superficialidade do texto ganha uma carga emocional mais densa – levando em conta que ele ainda não tinha finalizado suas gravações quando morreu. Mais sinistro e mórbido, é notar que muitas frases, proferidas pelo seu personagem, envolvem temas como a morte e despedidas.

Isso levou a um desafio técnico inédito para o Audiovisual. Como gravar o restante das cenas sem um personagem vital a trama? Modelando digitalmente o rosto de Walker e inserindo digitalmente nas faces dos irmãos do ator. O resultado dos esforços da WETA – famosa pelos efeitos em Planeta dos Macacos, é assombroso. É muito difícil distinguir quais cenas que Walker gravou ainda quando vivo e as realizadas por computação gráfica. Entretanto, claro que com um olhar mais atento, é possível sim distinguir as cenas.

Ironicamente, esta é a melhor atuação de Walker em toda a franquia. Quem simplesmente não melhora e não tem o menor talento pra coisa é Vin Diesel e Michelle Rodriguez. Seus personagens não têm carisma. São chatos e extremamente enfadonhos. Perto deles, Sylvester Stallone vira um Daniel Day Lewis. O que realmente importa é o físico e os dois são muito bons de briga – um ponto alto do filme é a luta entre Rodriguez e a lutadora de MMA Ronda Rousey.

Por outro lado, o espectador se diverte com a performance já conhecida de Jason Statham, interpretando ele próprio, naturalmente. Infelizmente, Dwayne Johnson tem menor participação, porém quando entra em cena, o filme ganha um novo vigor.

Muitos dos pontos positivos também devem a direção muito competente de James Wan. Nome muito conhecido pelo gênero de terror – dirigiu Jogos Mortais, Sobrenatural e Invocação do Mal, Wan assume pela primeira vez a direção de um filme de ação e, para aumentar o desafio, de uma franquia imensa e consagrada.

Se ainda restavam dúvidas, ele prova de vez que é um dos nomes mais promissores de Hollywood. As sequências de ação envolvem uma estratégia de filmagem muito complexa, mas tudo é gravado com maestria – halo jump dos carros e as cenas em Dubai são exemplos nítidos disso. O espectador não se perde no meio dos tiroteios, intensas lutas corporais e perseguições em alta velocidade. Para quem acha simples, Michael Bay ainda não aprendeu a fazer isso em seus Transformers e Wan conseguiu de primeira. Além disso,  parece ter se inspirado nos ótimos filmes “testosterona” Operação Invasão de Gareth Edwards para as lutas.

Porém, mesmo cumprindo muito bem seu papel, Wan não se arrisca muito. Não incorpora praticamente nada do suspense que é acostumado a trabalhar e também se rende a muitos cortes rápidos durante a montagem das cenas de ação. Isso resulta sempre no alívio da tensão para o espectador que já sabe que depois de sete filmes, os protagonistas nunca estão em perigo real. Algumas vezes, ele ousa com um plano sequência ou um movimento de câmera incomum.

Abrindo uma nova trilogia, Velozes e Furiosos 7 consegue o pódio de melhor filme da franquia. O exagerado e ridículo ainda caminham de mãos dadas, porém o que antes era brega, estúpido e irritante, vira algo engraçado e divertido. A franquia finalmente parou de se levar a sério e isso me parece muito promissor. As corridas voltam por breves momentos, assim como a sexualização exacerbada das mulheres que trajam roupas minúsculas.

O que infelizmente tirará o brilho dos futuros filmes será a ausência de Paul Walker. O desfecho/tributo para o ator foge do previsível e torna algo que seria piegas em algo belo. Uma comoção genuína que pode acometer até mesmo quem não é fã da série como eu. Um adeus que é algo diferente por não se tratar de um adeus a um personagem, mas sim a alguém que até pouco tempo atrás estava se divertindo gravando filmes de ação com seus amigos, tirando suspiros de fãs apaixonadas e garantindo amor e sustento para sua família. Também é sabido que nossos atores favoritos acabam virando, de um jeito ou de outro, nossos amigos, mesmo que sejamos totalmente desconhecidos para eles.

E como todos sabem… Amigos nunca dizem adeus.

Velozes & Furiosos 7 (Furious 7, EUA – 2015)

Direção: James Wan
Roteiro: Chris Morgan
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson, Michelle Rodriguez, Tyrese Gibson, Jason Statham, Ludacris, Kurt Russell, Ronda Rousey, Nathalie Emmanuel, Jordana Brewster
Gênero: Ação
Duração: 137 min

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Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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