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Crítica | Godzilla: Resurgence (2016)

Ayrton Magalhães Ayrton Magalhães
In Catálogo, Cinema, Críticas•9 de março de 2017•7 Minutes

Nos últimos anos tivemos aquele que talvez seja o início de um novo movimento em Hollywood: O universo Tokusatsu. Sim, ele já foi trabalhado diversas vezes antes de Círculo de Fogo em ambiente ocidental, mas o criativo exemplar de Guillermo Del Toro abriu portas para mais um segmento blockbuster. Em seguida, tivemos o dividido Godzilla de Gareth Edwards, que mesmo irritando o espectador com mais da metade da película em criação de expectativa, entrega no final a figura mais moderna do monstro já feita visualmente.

Em 2016, então, o país de origem do Rei dos Monstros entrega mais uma versão do monstro. Sugando totalmente o clássico cinquentista, Godzilla Resurgence trás de volta uma visão clássica do personagem, em pleno novo milênio. 

O filme começa com o monstro emergindo das águas do oceano em direção a cidade. Causando destruição e pânico por onde ele passa, é interessante notar que em sua primeira aparição, o Godzilla está em uma forma bem inferior. Com o passar das cenas ele vai evoluindo, até chegar em sua forma final. Algo realmente nunca visto antes nos filmes do monstro, e é executada brilhantemente. As formas iniciais do Godzilla lembram em vários aspectos outras versões do monstro, e nos faz pensar que se trata de outra criatura em ação. Mas após uma evolução em sua forma e soltando seu famoso rugido, temos a confirmação de ser Godzilla.

Dirigido pela dupla Hideaki Anno e Shinji Higuchi, durante a película é clara a inspiração no clássico de 1954. Os diretores por vezes arriscam ao criar cenas e frames idênticos. A nova versão do monstro que eles criaram para Resurgence é totalmente magnífica: com 118.5 metro, o maior até agora, há uma mistura de efeito práticos com CGI e lembra muito as primeiras versões do monstro. Além do visual, há uma ligeira atualização em seus poderes: uma nova versão do raio atômico, que, com certeza, rendeu um dos melhores momentos do monstro em toda sua história. Um verdadeiro espetáculo de luzes e horror, que ainda acaba por mostrar o quanto a humanidade é impotente perante a ameaça de Godzilla.

No início do filme, na típica cena “humanos preso no trânsito” é onde ocorre a maior tensão durante a experiência. Os diretores acertam em cheio na inclusão de shaky cam colocando o espectador em meio ao desespero. Há também o uso de uma série de establishing shot bem utilizados, vislumbrando a cidade de Tóquio com sua população em fuga e a horrenda figura em meio os edifícios.

Os efeitos especiais do filme, considerando o orçamento e também que não se trata de um filme feito em Hollywood, estão consideravelmente bons, chegando a impressionar. A combinação de efeitos práticos com CGI no visual do monstro funcionou muito bem, gerando ótimos momentos no filme os quais seriam impossíveis de serem feitas sem o uso deste. No entanto, algumas partes o trabalho técnico chega a incomodar, como na cena em que atiram bombas nas costas de Godzilla – o sangue que sai fica na cara que é totalmente falso, causando uma má impressão. Isso se deve ao fato do uso de câmeras mais modernas. Sendo um filme gravado totalmente em HD, os efeitos muitas vezes não convencem, pedindo ao expectador uma maior imaginação.

Não é só no Kaiju que se utiliza muitos efeitos práticos, mas também em toda destruição da cidade. Há um forte uso de maquetes em miniatura aqui, muito bem caprichados.

O núcleo humano do filme se resume a várias pessoas preocupadas tentando desvendar o segredo por trás de Godzilla e como derrotá-lo, não deixando espaço para o aprofundamento ou desenvolvimento de nenhum deles. Não há nenhum vínculo forte com os personagens, com isso deixando eles sem nenhum sentimento por parte do público. Apenas uma figura consegue destacar-se em meio ao elenco, Satomi Ishihara, que interpreta a carismática Kayoko Ann Patterson. O roteiro, por meio dela, insere figuras americanas e referências, mas soa um pouco forçado como tentativa de comprar o mercado ocidental a assistir ao filme.

A trilha sonora de Resurgence mistura o velho com o novo. A trilha do clássico de 1954 é usada em várias partes, causando mais nostalgia, porém a trilha original composta por Shiro Sagisu serve muito bem para as cenas tanto dramáticas quanto as de ação, e ainda causa um ótimo clima para as cenas onde Godzilla ataca a população. O trabalho de mixagem de som é aprimorado. Os disparos de canhões são incriveis, os sons de naves sobrevoando Tóquio também. Mas é na inclusão do rugido clássico que ele se destaca (Sim, os sons de Godzilla também são retirados de filmes antigos).

Godzilla Resurgence certamente é uma boa pedida para aqueles que são fãs do personagem. Os contrários, sendo mais sincero, podem sair da experiência um pouco cansados com o método japonês de se fazer cinema. Não é inovador (a premissa é a mesma de sempre), nem mesmo arrisca em novos ares, porém cumpre sua função nostalgia através de uma trilha sonora de se dar arrepios seguido de efeitos práticos já envelhecidos.

Uma homenagem sincera e muito bem-vinda.

Obs: vale lembrar que o filme, originalmente chamado de Shin Godzilla, trata-se um reboot da franquia. A produtora Toho já confirmou uma continuação para este ano, com a data de estreia a ser definida.

Godzilla Resurgence (Shin Godzilla, Japão – 2016)
Direção: Hideaki Anno, Shinji Higuchi

Roteiro: Hideaki Anno
Elenco: Hiroki Hasegawa, Yutaka Takenouchi, Satomi Ishihara, Kengo Kora, Akira Emoto
Gênero: Aventura, ação, fantasia
Duração: 120 minutos.

Ayrton Magalhães

"Todas essas lembranças se apagarão com o tempo, como lágrimas na chuva"

Citação de um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, Blade Runner - O Caçador de Androides.

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