Lorraine Bracco revela pensamentos sobre o final controverso de “Família Soprano”
Desde seu fim em 2007, o desfecho de Família Soprano continua sendo um dos mais debatidos da história da TV. A cena abrupta que encerra a série, cortando para uma tela preta, gerou inúmeras interpretações sobre o destino de Tony Soprano, o protagonista interpretado por James Gandolfini. Agora, Lorraine Bracco, que deu vida à Dra. Jennifer Melfi, terapeuta de Tony, compartilhou suas reflexões sobre o encerramento polêmico.
Uma cena que chocou os fãs
O último episódio mostra Tony Soprano sentado em um restaurante, aguardando a chegada de sua família. O som de uma porta se abrindo é ouvido, mas o público nunca vê quem entra, já que a cena corta abruptamente para o preto, deixando os espectadores sem um encerramento claro. Ao longo da série, a relação entre Melfi e Tony foi complexa, com a terapeuta ciente dos crimes de seu paciente, mas mantendo o vínculo terapêutico até ser convencida a cortar laços com ele.
Bracco compartilhou suas próprias ideias sobre o destino dos personagens e mencionou que gostaria de acreditar que Tony e Melfi continuaram a se encontrar. “Acho que parte de mim quer acreditar que ela tirou um momento dele e eles voltaram a ficar juntos, de volta à terapia”, disse Bracco durante o programa “The Spotlight With Jessica Shaw”, da SiriusXM.
Opinião de Bracco sobre o final da série
A atriz também revelou seu descontentamento com o desfecho escolhido por David Chase, criador da série. “Achei ruim e errado. Fiquei irritada. Eu disse a ele: ‘Como você investe cinco anos na vida de alguém e simplesmente vai embora?’ Eu disse: ‘Isso não é legal.’”
Chase, por sua vez, já comentou sobre o final em entrevista à Variety em 2015. Ele afirmou que não esperava uma reação tão acalorada por parte dos fãs e explicou que a intenção da cena final era transmitir a mensagem de que “não se deve parar de acreditar”. Segundo ele, a ideia era refletir que, mesmo com a inevitabilidade da morte, a vida vale a pena. “A vida acaba e a morte vem, mas não pare de acreditar. Existem apegos que fazemos na vida, mesmo que tudo vá chegar ao fim, que valem muito, e temos muita sorte de poder vivenciá-los”, concluiu Chase.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
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