A trama do filme “Oppenheimer”, que se tornou um dos maiores sucessos de 2023 nos cinemas, gira em torno da construção das primeiras bombas atômicas dos Estados Unidos. No entanto, o diretor Christopher Nolan optou por não mostrar explicitamente os históricos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, explicando que essa decisão foi intencional.
Em uma entrevista à Variety, Nolan destacou que a escolha de não retratar a destruição de Hiroshima e Nagasaki foi uma decisão consciente, pois o filme se concentra na experiência subjetiva de Julius Robert Oppenheimer, o criador das armas nucleares. Ele explicou que a intenção era apresentar a perspectiva de Oppenheimer em relação às consequências não intencionais de suas ações, destacando tanto o que não foi mostrado quanto o que foi apresentado.
“O filme apresenta a experiência de Oppenheimer subjetivamente. Sempre foi minha intenção manter essa premissa rigorosamente. Oppenheimer ouviu falar do atentado ao mesmo tempo que o resto do mundo. Eu queria mostrar alguém que começa a compreender de forma mais clara as consequências não intencionais de suas ações. Tratava-se tanto do que não mostrei quanto do que apareceu.”
Os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki ocorreram em agosto de 1945, quando os Estados Unidos lançaram bombas nucleares sobre essas cidades japonesas. Esses eventos marcaram a primeira e única vez que armas nucleares foram usadas em guerra, resultando em um grande número de vítimas e consequências devastadoras.
“Oppenheimer” é uma cinebiografia que se tornou um grande sucesso de bilheteria e estará disponível para aluguel em plataformas digitais nos Estados Unidos a partir de 21 de novembro.