Um mergulho nas origens do Slayer: entre o mito e a fúria
Quem esperar encontrar castelos europeus e batalhas históricas ao jogar Doom The Dark Ages pode se surpreender com o que o título realmente entrega. Apesar do nome e da estética que remete aos tempos medievais, o novo capítulo da icônica franquia Doom se passa bem longe da Terra — literalmente.
O cenário é o misterioso e brutal mundo de Argent D’Nur, lar dos Sentinelas da Noite e dos Maykrs, entidades angelicais com um controle duvidoso sobre o equilíbrio entre mundos. Em vez de seguir a cronologia terrestre, The Dark Ages se posiciona como uma prequela do reboot de 2016, ocorrendo após os eventos dos clássicos Doom (1993), Doom II e Doom 64.
A Linha do Tempo de Doom: onde The Dark Ages se encaixa
Embora o novo jogo não defina um ano exato — já que não se passa na Terra —, sua posição na cronologia é clara. Doom The Dark Ages se insere entre Doom 64 e Doom (2016), funcionando como uma ponte entre o Slayer clássico e o renascimento brutal que revitalizou a série na última década. A ordem cronológica, portanto, fica assim:
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Doom (1993)
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Doom II
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Doom 64
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Doom: The Dark Ages
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Doom (2016)
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Doom Eternal
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Doom: The Ancient Gods – Parte 1
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Doom: The Ancient Gods – Parte 2
A Guerra Nunca Vista: The Unholy Crusade
Um dos elementos mais esperados pelos fãs é a chance de, finalmente, ver em primeira mão a lendária Unholy Crusade. Esta guerra entre os demônios do Inferno e os guerreiros de Argent D’Nur foi mencionada brevemente em Doom (2016) e aprofundada em Eternal, mas nunca havia sido explorada diretamente.
É neste conflito que o Slayer (anteriormente conhecido apenas como Doomguy) se torna a arma definitiva contra o mal. Após cair em Argent D’Nur e provar seu valor na arena dos Sentinelas, ele é agraciado com poderes sobre-humanos pelos Maykrs — uma transformação que o torna o mito que conhecemos.
Espadas, escudos e… canhões sci-fi: estética e design de The Dark Ages
O título do jogo pode ser enganoso se levado ao pé da letra. Doom The Dark Ages não se ambienta na chamada Idade das Trevas da Terra, mas a estética da cultura de Argent D’Nur bebe fortemente dessa fonte. Pense em um mundo que mistura vikings, cavaleiros medievais, tecnologia futurista e horror cósmico. O resultado é uma ambientação única, onde espadas e escudos coexistem com armamentos de energia e mechas gigantescos — tudo isso com a identidade visual pesada e sombria que a série cultiva com maestria.
Um novo capítulo que honra o legado e expande o universo
Ao trazer uma nova perspectiva para o passado do Slayer, Doom The Dark Ages aprofunda o universo da franquia sem perder o foco na ação frenética, brutalidade estilizada e narrativa simbólica. É uma expansão de mitologia, mas também um lembrete: o Slayer é eterno, e sua guerra contra o Inferno não respeita tempo, espaço ou lógica convencional.