Há um bom tempo que a Blizzard vem dando murros em ponta de faca até encontrar um equilíbrio perfeito nas mudanças em Diablo IV. O trauma do nerf vindo em um dos primeiros updates acabou ofuscando um pouco o brilho da temporada 2, focada em vampiros e até então minha favorita.
Lançada há poucos dias, a Temporada 7 de Diablo IV trouxe mais uma mudança significativa na experiência de jogo, conseguindo enfim proporcionar algo divertido e caótico, muito próximo do que o público adorava em Diablo 3.
Dessa vez, o jogador é convidado a fazer um novo personagem para embarcar em uma aventura sombria envolvendo a Árvore dos Sussurros, dando uma leve continuidade dos eventos de Vessel of Hatred (não é necessário jogar a expansão, mas é bom para entender melhor o contexto).
Em Gea Kul, você conhecerá Gelena, uma bruxa que te convida a conhecer o conciliábulo do continente. Lá, ela descobrirá que alguém está sumindo com as cabeças penduradas na Árvore dos Sussurros, gerando corpos violentos sem cabeça causando muitos problemas.
Sob essa premissa, o jogador terá que ir às áreas marcadas em azul turquesa do mapa para realizar diversos favores silenciando Sussurros para progredir na narrativa. Felizmente, apesar da fórmula repetitiva, o ritmo do jogo está perfeito, oferecendo um excelente senso de progresso a cada missão cumprida.
Creio também que é bom manter o status da campanha para realizar missões e progredir rapidamente até o nível 60 e iniciar as especialidades com uma árvore muito mais completa de habilidades.
Novidades da bruxaria
Nas chamadas caçadas às cabeças, o jogador realiza diversas atividades rápidas e relativamente fáceis que oferecem bastante experiência até um casulo surgir com um chefe sem cabeça. Como o chefe sempre reúne diversos jogadores próximos, a experiência de subir de nível é ainda mais rápida.
A densidade de inimigos está mais que satisfatória com o caos reinando na tela e como usei um necromante de escuridão com combo de cadáver explosivo, a diversão foi maior ainda pelo alto dano em área enquanto os minions esqueletos ajudam a limpar o restante da vida de cada um.
Com isso, também ficou fácil de conseguir muitos itens lendários e únicos já que a razão de loot está aprimorada. Embora seja ótimo pegar diversos itens para expandir a biblioteca de sigilos, seria ótimo se a Blizzard jogasse esse loot em uma outra aba ou direto para o baú, já que é rápido demais preencher o inventário, forçando o jogador interromper a jogatina sempre para visitar algum ferreiro e reciclar os itens. Ou oferecer essa opção de reciclar os itens direto do inventário, já que o ferreiro seguirá um NPC necessário para diversas outras atividades.
Além das atividades e da narrativa interessante com os novos personagens, a Temporada da Bruxaria também apresenta novos poderes que certamente vão fazer falta quando a temporada acabar. Agora, ao lado da Árvore dos Sussurros, o jogador encontra quatro altares para adquirir 25 poderes inéditos que abrangem diversos tipos como invocações, dano contínuo de diferentes tipos, aprimoramento de defesa, entre outros marcadores diferentes.
Para mim, achei bem divertido usar um redemoinho de morcegos explosivos e um sapo gigante que te auxilia em combate até explodir quando for derrotado. Lembrou bastante a classe do Witch Doctor do Diablo 3 que trazia consigo diversas invocações.
Cada poder pode ser aprimorado com uma nova moeda chamada raízes inquietas, coletadas ao destruir inimigos nas hordas da temporada. Tudo isso aliado aos auxílios vindos de Vessel of Hatred com os mercenários, torna a experiência de jogo tão divertida quanto era na build original.
Casual em peso no Diablo IV
A Blizzard parece ter entendido que o público casual é a maioria e que o ritmo de jogo deve ser mais rápido, entregando o nível máximo em questão de poucas horas em builds de sucesso. Embora ainda tenham classes menos aprimoradas no jogo, certamente é difícil falar que há alguma realmente ruim. Além disso, há diversas builds possíveis e viáveis. A minha ainda é dita como a pior para os necromantes, mas ainda assim consegue fazer um bom estrago e me divertir bastante.
Que está na dúvida sobre se esse é um momento adequado para retornar ao jogo, digo que é sim, trata-se de uma ótima temporada, no nível da melhor de todas, a 2. São horas muito bem gastas que oferecem um sentimento real de progresso e conquista, inclusive do passe de temporada que dará, em sua conclusão, o primeiro pet voador de Diablo IV: um corvo bastante simpático.
Destaco que aqui no site, escrevi sobre as principais mudanças, novidades e melhores classes para aproveitar a temporada ao máximo e, por isso, não vi sentido em detalhar demais um conteúdo que já está disponível e anexado nesta resenha.
Agradecemos a Blizzard pelo passe de temporada gentilmente cedido para a realização desta análise.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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