Richard Gere diz, brincando, que não tinha química com Julia Roberts em Uma Linda Mulher

Com uma carreira que atravessa décadas e filmes que se tornaram clássicos, Richard Gere continua a inspirar novas gerações
Richard Gere diz, brincando, que não tinha química com Julia Roberts em Uma Linda Mulher Richard Gere diz, brincando, que não tinha química com Julia Roberts em Uma Linda Mulher
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Richard Gere reflete sobre Uma Linda Mulher e sua carreira em masterclass no Festival de Veneza

Richard Gere, que completou 75 anos recentemente, foi o centro das atenções em uma masterclass no 81º Festival de Cinema de Veneza. O evento, realizado no domingo, reuniu uma plateia lotada para discutir a arte e o ofício do cinema, abordando temas como atuação, roteiro, trilha sonora e iluminação. Em um momento de nostalgia, Gere revisitou algumas das cenas icônicas de sua carreira, incluindo a famosa comédia romântica de 1990, Uma Linda Mulher.

O filme, que solidificou Gere como um dos principais protagonistas de Hollywood, teve uma de suas cenas mais memoráveis exibidas durante a masterclass. Na cena, seu personagem, Edward, toca piano enquanto interage com Vivian, interpretada por Julia Roberts. Ao rever o clipe, Gere brincou com o público sobre a química inegável entre os dois personagens e admitiu que fazia muito tempo desde que havia assistido ao filme. No entanto, o ator também fez uma crítica ao desenvolvimento de seu personagem, descrevendo Edward como “criminalmente subscrito”, reduzido a “um terno e um bom corte de cabelo”.

Improvisação e sucesso inesperado

Gere também revelou que a famosa cena do piano foi, em grande parte, improvisada. Ele contou sobre uma conversa com o diretor Garry Marshall, que o incentivou a incorporar seu talento para tocar piano na sequência. “Nós basicamente improvisamos essa cena”, disse Gere, explicando que a melodia melancólica que ele tocou refletia a vida interior de seu personagem.

Apesar do sucesso estrondoso de Uma Linda Mulher, que arrecadou mais de US$ 460 milhões nas bilheterias mundiais, Gere relembrou que, na época das filmagens, ninguém sabia se o filme teria qualquer repercussão. “Estávamos nos divertindo fazendo esse pequeno filme. Não sabíamos se alguém veria esse pequeno filme”, comentou o ator, em tom de brincadeira.

Reflexões emocionais e o futuro do cinema

Durante a masterclass, Gere também foi levado às lágrimas ao assistir a um clipe de seu primeiro papel no cinema, Days of Heaven (1978). O ator destacou o quanto o momento foi especial para ele, especialmente ao compartilhar a experiência com seu filho, Homer, que está iniciando sua própria carreira de ator.

Moderada por Stepháne Lerouge, especialista em música para cinema, a conversa de Gere fez parte da série de masterclasses promovidas pela joalheria Cartier, patrocinadora do festival. Outros nomes importantes, como o compositor Nicola Piovani e o cineasta Claude Lelouch, também participaram das masterclasses, que exploraram diferentes aspectos da criação cinematográfica.

Com uma carreira que atravessa décadas e filmes que se tornaram clássicos, Richard Gere continua a inspirar novas gerações de cineastas e atores, reafirmando seu papel como um dos grandes nomes do cinema mundial.

Sobre o autor

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa. Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer. Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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