O Xbox está enfrentando uma longa e dolorosa seca de indicações na principal categoria da indústria de games. Uma nova análise estatística revelou que o console da Microsoft não tem um jogo exclusivo nomeado a Jogo do Ano (GOTY) nos grandes prêmios da mídia desde 2010, o que significa um jejum de 15 anos que se estende por toda a história do The Game Awards (TGA).
O levantamento, que compara o desempenho criativo das três grandes plataformas, mostra o desafio que a Microsoft tem tido para emplacar títulos exclusivos que sejam unanimidades entre a crítica especializada.
Zero indicações contra 27 da concorrência
A estatística é reveladora. Desde 2010, a era que abrange o Xbox One, o Xbox Series X|S e o início do TGA (que começou em 2014, sucedendo o Spike Video Game Awards):
- PlayStation: Conquistou 15 indicações ao GOTY com exclusivos, incluindo The Last of Us, Marvel’s Spider-Man e God of War.
- Nintendo: Conquistou 12 indicações ao GOTY com exclusivos, como Super Mario Odyssey, The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom e o recém-lançado Donkey Kong Bananza.
- Xbox (exclusivos): Zero indicações.
A última vez que a marca teve um jogo nomeado na principal categoria foi na era do antigo Spike Video Game Awards, em 2010, com Halo: Reach e Mass Effect 2 (embora nenhum dos dois tenha vencido).
Os indicados de 2025
A edição de 2025 do TGA, que terá seus vencedores anunciados em 11 de dezembro, segue o padrão: nenhum exclusivo do Xbox foi nomeado. A lista de Jogo do Ano é dominada por jogos indie e multiplataforma, além de títulos da Sony e Nintendo:
- Clair Obscur: Expedition 33 (Kepler Interactive)
- Hollow Knight: Silksong (Team Cherry)
- Donkey Kong Bananza (Nintendo)
- Death Stranding 2: On The Beach (Sony Interactive Entertainment)
- Kingdom Come Deliverance 2 (Deep Silver)
- Hades 2 (Supergiant Games)
A ausência do Xbox na principal categoria é um indicativo de que, apesar da estratégia de aquisições bilionárias (como Bethesda e Activision/Blizzard), a Microsoft ainda precisa de tempo para que seus estúdios internos entreguem títulos exclusivos de consenso entre a crítica para o GOTY.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
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