M. Night Shyamalan é um diretor, roteirista e produtor norte-americano de origem indiana, conhecido por seu estilo único e narrativas envolventes. Ele começou sua carreira no final dos anos 1990 e rapidamente se destacou no cenário cinematográfico com seu talento para criar enredos de suspense e mistério.

Seu trabalho é frequentemente caracterizado por reviravoltas inesperadas e finais surpreendentes, o que se tornou uma marca registrada de seus filmes. Shyamalan tem uma habilidade notável para construir tensão e manter o público na ponta da cadeira, explorando temas como o sobrenatural, a fé e a fragilidade humana.

A evolução de um cineasta

Ao longo dos anos, Shyamalan enfrentou altos e baixos em sua carreira. Após um início promissor, ele experimentou uma série de projetos que não foram bem recebidos pela crítica, mas que ainda assim mantiveram um público fiel. Essa fase desafiadora não o impediu de continuar explorando novas ideias e abordagens em seus filmes.

Nos últimos anos, Shyamalan conseguiu recuperar parte do prestígio perdido, retornando às suas raízes de suspense e mistério. Ele também se aventurou na televisão, produzindo e dirigindo séries que receberam elogios por sua qualidade e inovação.

Além de seu trabalho como diretor e roteirista, Shyamalan é conhecido por sua dedicação ao cinema independente. Ele frequentemente financia seus próprios projetos, mantendo um controle criativo rigoroso sobre suas obras. Essa abordagem lhe permite experimentar e inovar, sem as restrições impostas pelos grandes estúdios de Hollywood.

Shyamalan também é um defensor da diversidade no cinema, frequentemente escalando atores de diferentes origens étnicas e culturais em seus filmes. Ele acredita que a representação é importante e que as histórias contadas no cinema devem refletir a diversidade do mundo real.

Ainda que seja mais lembrado pela originalidade como roteirista de suspense e mistério, Shyamalan é também um diretor de estilo elegante e olhar apurado, praticando um cinema que lembra o de alguns mestres de Hollywood como Woody Allen e Jonathan Demme pela precisão e economia de seu trabalho de câmera.

A seguir apresentamos uma lista com seus sete melhores filmes até 2024.

7 – Armadilha (2024): Aqui o Shyamalan roteirista dá all-in na inverossimilhança e na cooperação do público, enquanto o Shyamalan diretor usa (bem) todas as ferramentas do ofício para oferecer uma narrativa empolgante, absurda e que deixa a porta aberta para uma nova continuação.

6 – Vidro (2019): Os personagens de seus filmes anteriores encontram-se em um confronto final, explorando os limites entre realidade e fantasia. Para melhor compreensão da trama, é conveniente ver “Corpo Fechado” e “Fragmentado” antes.

5 – Fragmentado (2016): Um homem com múltiplas personalidades sequestra três adolescentes, enquanto uma de suas identidades mais perigosas começa a emergir. Está presente aqui a habitual destreza de Shyamalan em manipular os elementos do enredo de forma muito autoral.

4 – Corpo Fechado (2000): Um homem descobre que possui habilidades extraordinárias após sobreviver a um acidente de trem, explorando sua nova identidade. Esta é acima de tudo uma aula de direção de Shyamalan, repleta de cenas excepcionalmente conduzidas e dois ou três enquadramentos que deveriam estar presentes em qualquer bom curso de cinematografia.

3 – Sinais (2002): Típica família do interior norte-americano começa a encontrar misteriosos círculos nas plantações, levando-a a enfrentar uma ameaça extraterrestre. Sem precisar de muitos efeitos visuais e falsificações digitalizadas, o cineasta consegue provocar medo e manter a atmosfera de mistério até o final.

2 – O Sexto Sentido (1999): Um psicólogo infantil ajuda menino que afirma ver e falar com espíritos, levando a uma revelação surpreendente, no filme que tornou Shyamalan uma celebridade e que presta tributo a outro clássico do gênero (“O Parque Macabro”, de 1962).

1 – A Vila (2004): Moradores de uma vila isolada vivem com medo de criaturas que supostamente habitam a floresta ao redor, até que segredos começam a ser revelados, naquele que é talvez o roteiro com o mais original plot twist da história do cinema.

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