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Crítica | Drácula (1931)

Ayrton Magalhães Ayrton Magalhães
In Catálogo, Cinema, Críticas•4 de junho de 2017•7 Minutes

Assombrando a imaginação de muitos por séculos, os vampiros são figuras mitológicas fascinantes. Hoje em dia, eles são facilmente adaptados para o teatro, cinema e séries de TV, porém, a qualidade da maioria dessas adaptações é baixíssima, e muitos criadores vêm deturpando toda a sua mitologia, o que considero uma afronta. Entretanto, no século passado, elas tinham uma qualidade que não se vê hoje em dia, como a adaptação feita por Tod Browning da obra homônima de Bram Stoker, que é, sem sombra de dúvida, um dos melhores filmes já realizados sobre vampiros.

A narrativa se inicia com a chegada de um advogado, Renfield (Dwight Frye), na Transilvânia. Ele foi lá para finalizar um contrato de aluguel de uma propriedade em Londres pertencente a um homem nativo da cidade, o Conde Drácula (Bela Lugosi). Porém, antes de ir, algumas pessoas o alertam que o conde não é um homem bondoso. Chegando no castelo do misterioso ser, ele logo descobre que a figura assustadora é um vampiro. Após deixar o pobre Renfield desmaiado e hipnotizado, o Drácula, com a ajuda do advogado, consegue embarcar em um navio que tem como destino a cidade de Londres. Quando chegam ao porto da cidade, só há um membro com vida no navio, o protagonista Renfield, que, encontrado num estado aparente de loucura, é enviado a um manicômio. Enquanto isso, Drácula consegue sair do navio, partindo em busca de novas vítimas na cidade inglesa.

Antes de prosseguir, preciso comentar a respeito do cenário do castelo do Drácula, que, de primeira, já nos dá uma ideia de que as intenções dele não são das melhores. Ele é sujo, com teias de aranhas espalhadas por todas as partes, ratos e outros animais pequenos podem ser vistos, além do visual totalmente sinistro das partes internas do castelo, tudo muito bem colocado para dar um ar mais aterrorizante à cena.

Por ser uma adaptação do livro escrito por Bram Stoker, obviamente haveriam bastantes alterações, mas, por sorte, as mudanças aqui não foram tão drásticas assim. As maiores mudanças estão em relação à criação de um novo personagem, que é o advogado Renfield. No livro, quem vai ao castelo do Drácula e sofre com as inúmeras bizarrices que encontra lá é Jonathan Hacker, um dos personagens centrais do livro e que está presente no filme, porém num papel sem relevância alguma. Pode se considerar que Renfield é a reinvenção de Jonathan Hacker para as telas, só que, obviamente, com outro nome e como um personagem bem risível, o que é uma mudança totalmente desnecessária.

Uma coisa que não poderia faltar aqui e, graças a Deus, não faltou, foram os elementos da mitologia vampiresca, como o medo que eles possuem de crucifixos, alhos, além do fato de não refletirem no espelho e a sua famosa transformação em morcego. No entanto, houve um elemento que faltou e sem motivos aparentes. Estou falando das suas famosas presas. Elas não estão presentes em nenhuma cena do Conde, e isso é estranho, pois fica claro que ele suga o sangue das pessoas com elas.

Os responsáveis também apostam na completa falta de uma trilha sonora. Ela é apenas colocada em pequenos momentos durante o filme, como na introdução. Mas, devo admitir que ela não fez muita falta por conta do incrível trabalho de mixagem de som, que encaixou satisfatoriamente ruídos de animais e pessoas nas cenas para dar uma tensão maior, porem em outras cenas como na primeira aparição do Conde, ela realmente fez falta.

Bela Lugosi é um espetáculo à parte. Ele entrega um Drácula carismático e macabro, com uma forte presença em cena. Ele adota movimentos de mãos e olhares exclusivos para dar uma persona maior ao personagem, como na cena onde se levanta do caixão, na qual o movimento que ele faz nas mãos é logo percebido, ou a cena onde ele hipnotiza alguém, e a sua face é de extremo terror, mérito também dos seus olhos esbugalhados. Ele também adota um sotaque de alguém típico da Europa Central, condizendo perfeitamente com a localidade onde se encontrava no início do filme. Toda essa dedicação que ele teve pelo papel é até hoje celebrada.

O restante do elenco, apesar de não ter o mesmo resultado que Bela Lugosi, ainda consegue entregar algo digno, como Dwight Frye, que interpreta o advogado Renfield e traz uma atuação bem caricata para o personagem, combinando perfeitamente com a sua proposta, que era a de um homem aparentemente louco e submisso às ordens de um ser sobrenatural. Podemos perceber isso em sua face marcada por longos sorrisos e olhos esbugalhados, que conseguem convencer o público que realmente se trata de um personagem enlouquecido, além de dar um ar macabro à sua volta. Também temos o brilhante Dr. Van Helsing, interpretado por Edward Van Sloan, que, apesar de entregar uma atuação aquém do esperando, não compromete em nada o personagem ou a trama e ainda consegue ter os seus bons momentos.

No fim, Drácula é um excelente filme que merece todos os elogios que vem recebendo desde que estreou no século passado. Claro que não é um filme perfeito, pois apresenta alguns pontos negativos, mas nada que realmente  estrague a experiência. É realmente uma pena que não se façam mais filmes de vampiros como antigamente.

Drácula (Dracula, Estados Unidos – 1931)

Direção: Tod Browning
Roteiro: Garrett Fort
Elenco: Béla Lugosi, Dwight Frye, Edward Van Sloan, Helen Chandler
Gênero: Terror
Duração: 75 min

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Ayrton Magalhães

"Todas essas lembranças se apagarão com o tempo, como lágrimas na chuva"

Citação de um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, Blade Runner - O Caçador de Androides.

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