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Crítica | O Jovem Frankenstein

Raphael Klopper Raphael Klopper
In Catálogo, Cinema, Críticas•17 de junho de 2017•6 Minutes

Quando alguém hoje menciona o nome de Gene Wilder, deve bater uma saudade dos fãs nostálgicos que logo remetem à alguns de seus filmes clássicos como A Fantástica Fábrica de Chocolate ou Banzé no Oeste. Mas infelizmente pouco vejo mencionarem o simplesmente soberbo e,  ouso dizer, o melhor filme que Gene Wilder já participou que é aqui o excelente O  Jovem Frankenstein.

E talvez o filme venha cair mesmo como uma agradabilíssima surpresa. Afinal, é tão raro, especialmente hoje, vermos um filme descaradamente de paródia de outro, mas que realmente se comprova como algo de qualidade, ou nesse caso aqui, nada menos do que um grande senhor filme! Quem poderia dizer ou imaginar que um filme “desse tipo” poderia se igualar e, ouso mesmo dizer, superar o clássico em que se baseia. Talvez exatamente por nunca terem tido o privilégio e honra de terem alguém como Mel Brooks na direção e Gene Wilder co-roteirizado e sendo o ilustre protagonista. E acreditem, tudo isso conta como algo MUITO relevante!

Na trama nos deparamos com o professor Dr.Frederick Frokenstein, (NÃO FRANKENSTEIN!) Interpretado por Wilder. E o jovem professor está cansado de viver e trabalhar na sombra da fama do famoso avô, até que recebe um convite para passar uma temporada no antigo Castelo do mesmo. E lá, descobre antigos documentos de uma antiga experiência de trazer um ser humano a vida. Que o instiga a fazer o experimento e se provar um cientista melhor ainda que seu avô. Mas você já sabe onde isso pode e vai terminar!

Seguindo essa trama, o filme pode quase realmente ser considerado não só uma recontextualização do clássico Frankenstein de James Whale, como também uma verdadeira continuação do mesmo e da sua continuação também excelentíssima A Noiva de Frankenstein. Primeiramente por claro lidar com o neto do protagonista original, e também por ambos Brooks e Wilder nunca realmente tratarem o filme como uma simples paródia, e sim uma narrativa bem direta e coesa início meio e fim desenvolvendo sua história e personagens com uma lábia humorada de puro ouro!

Onde é claramente notável e tão louvável ver a grande admiração e paixão que ambos os criadores aqui nutrem, não só pelos filmes de Frankenstein de Whale, como todos os filmes de monstro que a Universal produziu em sua era de ouro. E que de forma alguma os desrespeita aqui e sim os idolatra na forma com que constroem o inteligentíssimo roteiro que não só reconstrói a história original de forma leal e mantendo sua própria visão autoral da mesma, e implementa o rico e satírico humor sem se desfazer ou prejudicar os elementos de terror e mistério tão classicistas que Brooks invoca na narrativa e em sua direção, onde ele move sua câmera aqui como se estivesse filmando um filme de arte macabro, trabalhando em conjunto e em perfeita sintonia técnica com a ESTONTEANTE fotografia preto-e-branca de Gerald Hirschfeld que printa de forma quase perfeita a saturação e profundidade de campo de um filme expressionista Alemão, que nem os bons e velhos clássicos filmes de monstros fizeram de forma tão brilhante.

Mas claro, o sucesso do filme não seria o mesmo sem a sempre ilustre e soberba performance de Wilder com seu charme usual e tamanha convicção no papel que é capaz de te fazer rir quando você menos espera e de forma instantânea. E ele ainda é acompanhado no elenco junto de um HILÁRIO Marty Feldman como o rouba-cenas Eygor e seu refinado humor britânico brilhando nos seus olhos esbugalhados assustadores, mas sempre arranca uma risada a qualquer momento que está em cena. E claro, Peter Boyle entregando sua própria versão do monstro de Frankenstein, intimidador, doce e bem safadinho. Ah, e por favor não esquecer de uma cameo GENIAL de Gene Hackman como o camponês cego, personagem tirado de uma das cenas mais tocantes de A Noiva de Frankenstein, que aqui recebe um tratamento absurdamente hilário.

Detalhe especial dessa cena é como ela consegue ser uma representação perfeita de todo humor que podemos encontrar no filme, tanto na narrativa de diálogos e tiradas certeiras, como também o rico humor visual que mistura adereços e situações tragicômicas de forma perfeita. Que quase relembram os bons tempos de Abott e Costello e a época que eles também se desventuraram a cruzar com as icônicas criaturas em sua série de filmes, assim como Wilder e Brooks o fazem aqui de certa forma.

No final, essa é aquela rara comédia feita com um esmero e dedicação que quase não mais são feitas hoje, tanto técnicas quanto criativas, refletidas em um inspiradíssimo roteiro e nada menos que excelente direção juntos de um elenco que garantem altas e genuínas risadas do início ao fim de forma engajante e inesquecível!

O Jovem Frankenstein (Young Frankenstein, EUA – 1974)

Direção: Mel Brooks
Roteiro: Gene Wilder, Mel Brooks
Elenco: Gene Wilder, Peter Boyle, Marty Feldman, Madeline Kahn, Cloris Leachman, Teri Garr, Kenneth Mars
Gênero: Comédia
Duração: 106 minutos

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Raphael Klopper

Estudante de Jornalismo e amante de filmes desde o berço, que evoluiu ao longo dos anos para ser também um possível nerd amante de quadrinhos, games, livros, de todos os gêneros e tipos possíveis. E devido a isso, não tem um gosto particular, apenas busca apreciar todas as grandes qualidades que as obras que tanto admira.

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