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Análise | Final Fantasy A2: Grimoire of the Rift – A Evolução do Spin-Off

Com o lançamento de Final Fantasy Tactics Advance, muitos fãs do game original para PS1 ficaram insatisfeitos devido à falta de maturidade da história, que não chegava aos pés da profundidade do original e de seu remake, War of the Lions. Cinco anos após o jogo para Game Boy Advance, foi criada a sua continuação, Final Fantasy Tactics A2: Grimoire of the Rift, que também adota um tom mais infantil, porém mais aprofundado que seu antecessor, uma clara estratégia de cativar os fãs dos dois Tactics anteriores.

Novamente controlamos um menino, Luso Clemens, que é transportado a Ivalice graças a um antigo tomo (tal ponto já estava óbvio no próprio subtítulo do game). Como em seu predecessor, nessa terra estranha e repleta de diferentes raças, tomamos controle de um clã. Através deste montamos nossa equipe para completarmos as centenas de sidequests e missões principais do jogo. Com o tempo, Clemens descobre o plano maquiavélico de utilizar o Grimoire of the Rift, um livro capaz de abrir portais para outras dimensões, para trazer temíveis criaturas a Ivalice. 

Apesar de não contar com o elemento da exploração dos games principais de Final Fantasy, Grimoire of the Rift proporciona centenas de horas de jogabilidade através de seus objetivos secundários, ponto que, por si só, já vale o jogo,visto que a estratégia está refinada como nunca e não irá desapontar aos fãs do gênero. Diversas novas melhorias de mecânica e novas adições de tipo de terreno garantem uma grande dinâmica à cada batalha, de fato fazendo com que essa entrada soe como a plena evolução de Tactics.

Somado a isso, os belos gráficos (levando em consideração as limitações do Nintendo DS) permitem uma clara visualização do campo de batalha, além de uma melhor imersão do jogador. O uso das cores e o próprio design dos personagens se encaixa perfeitamente dentro da proposta do game e do próprio mundo de Ivalice, acertando no tom em cheio, ao mesmo tempo que garante a identidade da obra.

Quem jogou Final Fantasy XII também irá se identificar com este game, ao ponto que alguns personagens dele fazem aparições ao longo da trama. Novamente: esta não possui uma trama tão intrincada quanto a de Tactics para PS1 ou de FFXII, mas o uso desses personagens nos faz, efetivamente, sentir como se estivéssemos diante de um game passado no mesmo universo desses outros, uma verdadeira concretização da Ivalice Alliance.

O sistema de leis de seu antecessor foi revisado e agora, ao invés de sermos jogados na prisão por infringir uma regra, nos é negado um privilégio de clã escolhido por nós. Os Jobs, clássico elemento de toda a franquia, introduzidos em Final Fantasy III, novamente estão presentes, permitindo uma grande customização por parte do jogador e, ao mesmo tempo, possibilitando diferentes modos de se jogar e estratégias.

Grimoire of the Rift pode não chegar ao nível de profundidade desejado pelos fãs do primeiro Final Fantasy Tactics, mas ainda assim ele não irá desapontar. Possui ótimas mecânicas, bons gráficos e toneladas de conteúdo que irão ocupar horas e horas de qualquer apreciador do gênero. Além disso, não é necessário que se tenha jogado o primeiro, para Game Boy Advance – qualquer jogador pode pular direto para este.

Final Fantasy Tactics A2: Grimoire of the Rift
Desenvolvedora: Square Enix
Lançamento: 24 de Junho de 2008
Gênero: Rpg Tático
Disponível para: Nintendo DS

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Publicado por Guilherme Coral

Refugiado de uma galáxia muito muito distante, caí neste planeta do setor 2814 por engano. Fui levado, graças à paixão por filmes ao ramo do Cinema e Audiovisual, onde atualmente me aventuro. Mas minha louca obsessão pelo entretenimento desta Terra não se limita à tela grande - literatura, séries, games são todos partes imprescindíveis do itinerário dessa longa viagem.

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