Cine Vinil #02 | Lado A: Por que Amei A Vigilante do Amanhã - Ghost in the Shell
O CONCEITO
Dia vs Noite, TWD vs GOT, DC vs Marvel, BvS vs Guerra Civil, Xbox vs Playstation, Flamengo vs Fluminense, Android vs iOS, McDonalds vs Burger King, Nerd vs Nerd, Fanboy vs Fanboy.
O multiverso nerd é pautado por discussões intermináveis e, geralmente, extremamente redundantes. Mas com toda a certeza a gente adora aquela treta cósmica para provar que um lado é melhor que o outro – mesmo que o único convencido na discussão seja você mesmo. Analisando essa treta tão peculiar, decidimos trazer um pouco desse espírito “saudável” de discussão para o nosso site.
Sejam bem-vindos ao Cine Vinil! Calma, antes de soltar os cães nos comentários, entenda nossa proposta. Os discos de vinil foram um dos itens mais amados para reprodução de arquivos sonoros. Sua grande peculiaridade eram os lados A e B. O lado A era utilizado para gravar os hits comerciais das bandas, músicas mais populares. Enquanto o Lado B era mais voltado para canções experimentais ou mais autorais.
No caso, nos inspiramos pelos lados opostos do mesmo “disco” – de uma mesma obra. O primeiro filme a receber esse formato é Power Rangers que conseguiu dividir a opinião da equipe do site gerando a tempestade perfeita para testarmos o formato. Serão dois artigos: o Lado A, que contém a opinião positiva, e o Lado B, com a versão negativa. Os autores, obviamente, serão distintos, e escolherão 5 pontos específicos da obra para justificar seus argumentos.
Explicado o conceito, nós lhes desejamos aquela ótima discussão para defender o seu lado favorito! Quem ganhou? Lado A ou Lado B? Que a treta perfeita comece!
LADO A
Por Daniel Taran
Uma história de origem
Esse novo filme conta a história de origem da Major, algo que nem o mangá, nem os filmes de Mamoru Oshii se preocuparam com as raízes da Major, exceto a série animada que aqui é tratada como uma origem de super herói. Tivemos mais tempo para conhecer a personagem da major como nenhum dos filmes teve até então. Essa abordagem certamente foi a escolha certa para começar uma nova franquia no cinema.
Ghost in the Shell é uma franquia enorme
A maior reclamação que eu vejo das pessoas é que “Ah, mas o filme de 1995...” Ghost in the Shell tem muito mais que só o primeiro filme, temos o mangá original de 1989, um segundo filme, também do Oshii de 2004 e as sérias animadas Stand Alone Complex e Arise, cada uma delas com uma abordagem diferente, diretores diferentes, com diferentes visões, com visuais diferentes e histórias diferentes para contar, que não são necessariamente ligadas às outras. Todas elas tiveram sua influência nesse filme e essa é apenas só mais uma adaptação das tantas que a obra de Shirow já teve e, como toda adaptação, também tem as suas divergências.
Filosofia
Outra comparação com o primeiro filme é “Ah, faltou a densa filosofia”. Isso eu concordo, inclusive é uma das minhas reclamações com a série mais recente do anime, Arise, que também sofre do mesmo problema, entretanto, é mais plausível reclamar isso no anime que é mais nichado do que uma super produção hollywoodiana, ou você acha que iam fazer o blockbuster do Jean Luc Godard, hein? O filme tem que vender, vamos ter esperança que o filme faça dinheiro suficiente para garantir uma continuação e que eles explorem um pouco mais desse lado mais reflexivo da franquia (que eu duvido muito que chegue ao nível do primeiro filme) afinal O MESTRE DOS FANTOCHES AINDA NEM APARECEU!
O que eu vejo muito são as pessoas reclamando dos filmes do Oshii exatamente por causa dessa densidade “São difíceis, confusos, não dá pra entender nada...” agora simplificam a coisa e você ainda reclama?
O visual
Esse é com certeza um dos filmes com um dos visuais mais impressionantes que eu vi recentemente, remetendo ao clássico Blade Runner do Ridley Scott, que inclusive foi uma das maiores inspirações do Masamune Shirow para criar Ghost in The Shell, com sua arquitetura bem particular, uma grande megalópole e inacreditáveis edifícios e arranha-céus. O filme captura bem o cyberpunk nesse aspecto, é o mundo de Shirow realizado na tela de cinema, rendendo algo simplesmente espetacular, que fica ainda melhor se puder ser conferido em 3D. Realmente vale a pena.
É uma ótima adaptação
Em 2009 saiu um filme chamado Dragon Ball Evolution, que era simplesmente terrível. Além de péssima adaptação, também era um péssimo filme, o que fez muitos fãs de mangá/anime abominarem qualquer coisa desse gênero que fosse anunciada em Hollywood. Agora podemos dizer que temos uma ótima adaptação de mangá/anime live action fora do Japão, apesar do filme não ser nenhuma obra-prima, está longe de envergonhar o legado da série. Apesar das mudanças eu não senti que nada, nem no menor nível, foi deturpado.
Clique AQUI para ler o LADO B.
Crítica | Ghost in the Shell 2: Innocence (Repost)
Depois do estrondoso sucesso que foi o primeiro filme de 1995, Ghost in the Shell se tornou uma franquia. Com uma série animada em 2002 e logo uma continuação direta ao primeiro sucesso começou a ser feita. Mamoru Oshii foi incumbido de continuar sua obra prima e em 2004 é lançado Ghost in the Shell 2: Innocence.
Ghost in the Shell é uma das minhas franquias favoritas de anime. Toda a temática cyberpunk da série me fascina. As questões do pós-humano estão mais relevantes hoje do que nunca, a tecnologia faz parte da nossa vida e as vezes a nossa vida faz parte da tecnologia, como por exemplo, o celular, não conseguimos mais viver sem ele, pensamos nele o tempo inteiro, é quase como ser um ciborgue. Apesar de eu não concordar 100% com a radicalidade da ideia do pós humano, é inegável que ela produz ótimas obras de ficção científica e, como estamos cada vez mais dependentes da tecnologia, a franquia continua sendo relevante até os dias de hoje.
Foi inspirada por livros como Neuromancer de 1984 e filmes como Blade Runner de 1985 e Akira de 1988 e posteriormente acabou inspirando várias outras obras do gênero como o filme Cidade das Sombras e a extremamente popular trilogia Matrix, dos irmãos Wachowski, sendo uma franquia de extrema importância dentro da cultura pop.
Oshii estava ciente que fazer um filme a altura do clássico de 1995 seria uma tarefa muito difícil e, por isso, decidiu ir por uma abordagem um pouco diferente. O filme é uma adaptação livre de um dos capítulos do mangá original de Masamune Shirow, “Robot Rondo” O orçamento era maior, então investiram em uma nova tecnologia, o CGI.
O visual é belíssimo, tem um equilíbrio quase perfeito entre as tecnologias mais tradicionais de animação e as digitais. O filme teve uma ótima recepção, recebeu o prêmio de Melhor Filme de Ficção Científica no Nihon SF Taisho Awards e foi a primeira animação japonesa a ser indicada pra a Palma de Ouro em Cannes.
Inspirado pelos filmes de Jean Luc Godard, Oshii optou por fazer um filme cheio de citações, entre elas frases de Nikolai Vasilevich Gogol, Ryoku Saitou, Descartes, Confucio e muitos outros. Todas essas citações podem complicar a narrativa para o espectador, mas ela requer um pouco mais de atenção, cada frase do diálogo aqui é importante para o total entendimento do filme.
O filme se passa dois anos após os acontecimentos do primeiro e somos informados por um letreiro que a major Motoko Kusanagi continua desaparecida. O herói da vez é o Batou que precisa, ao lado de seu novo parceiro, Togusa, investigar um caso em que alguns robôs sexuais (não por acaso muito parecidos com a boneca de Hans Belmer) fabricadas pela empresa Locus Solus (referência ao romance de Raymond Roussel) se voltaram contra os seus mestres, matando-os.
O filme estabelece desde o inicio que Batou ainda não superou o desaparecimento da major que está em algum lugar da net (que, aliás, é vasta e infinita) sendo impossível de ser rastreada. Reparem que a maior parte do filme é escura e lembrem-se da cena em que a Motoko sumiu no primeiro filme, o sol está se pondo, por isso nesse filme, para o Batou, sempre é noite.
Assim, um dos temas aqui é o luto. Isso é reforçado por recursos visuais como a boneca que Batou tem pendurada no retrovisor de seu carro, a senha para destrancar o carro, 2501 (número que originalmente era a identificação do mestre dos fantoches), e também pela sua relutância em falar quando a mencionam, o próprio corpo de criança da major aparece em uma das cenas e pode passar despercebido.
Uma das cenas mais importantes é quando Batou e Togusa vão investigar os robôs a polícia local e se encontram com uma mulher chamada Haraway (referência a Donna Haraway, que escreveu o manifesto ciborgue). Aqui recebemos as primeiras explicações sobre os problemas com os robôs, ela explica que os robôs tentam suicidar-se após matarem seus donos por terem quebrado a terceira lei da robótica do Isaac Asimov.
Após isso, o diálgo se aproxima muito do surreal Haraway e Batou começam filosofar sobre como os robôs se sentem, citando Descartes, refletindo sobre as semelhanças de robôs com crianças, o porque dos humanos quererem fazer algo tão semelhante a eles e tudo mais. Todos esses diálogos são importantes para entender a mensagem que Mamoru Oshii quer passar. Togusa, sendo o personagem mais humano da seção 9, tendo como única parte cibernética um implante no cérebro, é o que mais representa o espectador, enquanto Batou e Haraway divagam sobre a natureza dos robôs, ele solta um “Que diabos vocês estão falando?”
Oshii usa todas essas citações pois, segundo ele, elas ajudam o espectador a refletir sobre o tema, remodelando-as para o contexto do filme e não são somente “filosofia pretensiosa barata” como muitos acreditam, é realmente uma ótima sacada, tudo faz sentido, contanto que você esteja disposto a pensar um pouco sobre o filme.
O longa tem um ritmo um pouco mais lento que o do primeiro. Toda a primeira metade é uma investigação comum, com algumas poucas cenas de ação, mas há uma cena específica que é impressionante: quando Batou e Togusa invadem o covil da yakuza e Batou usa suas habilidades de ciborgue de elite para derrotar a máfia, em outra cena, Batou é hackeado e surpreendido por alguém em uma loja de conveniências, mas ele ouve um sussurro em seu “ghost” e é aí que ele fica sabendo que tem um “anjo da guarda” a seu lado.
Quando Batou e Togusa chegam em Etorofu, eles tem um dialogo sobre como um individuo e toda uma sociedade se assemelham, um individuo por si só é um conjunto de informações, seus genes e tudo mais que são passados de geração em geração, sociedade e cultura também não passam de um grande sistema de memória, logo depois temos a cena de uma parada oriental, exemplificando uma manifestação cultural passada de geração em geração, sendo uma alegoria ao diálogo que acabamos de presenciar.
Na sequência em que Batou e Togusa chegam na mansão do Kim há uma estranha cena em que os protagonistas se encontram presos em um labirinto neural - aqui acontece alguns dos diálogos mais interessantes do filme. Kim argumenta que os robôs são muito superiores aos humanos em sua natureza e que juntamente com os animais são as criaturas mais próximas de Deus. Na segunda “volta” pelo labirinto ele começa a argumentar sobre o medo que as pessoas sentem dos robôs e bonecos, é simplesmente porque eles (robôs e bonecos) simplesmente se parecem com humanos e que uma pessoa chamar a si mesma de humana é pura vaidade e começa a argumentar que não há muita diferença entre nós e eles.
Depois há uma bela cena de ação quando Batou invade o navio da Locus Solus e enfrenta as robôs, se reencontrando com a major que carregou parte do seu ghost em uma das bonecas, confirmando que ela realmente estava dando assistência a ele todo esse tempo pela net, os dois logo desvendam o segredo por trás das bonecas assassinas.
Ghost in the Shell 2: Innocence é visualmente bonito, tem ótimas sequencias de ação e pode ser considerado difícil, por suas constantes citações história que em um primeiro momento parece confusa. Mas é uma obra que realmente tenta fazer com que o espectador pense. Eu acredito que para total apreciação desse filme mais de uma assistida é necessária, é simplesmente um clássico da animação japonesa.
Lista | 15 personagens femininas Icônicas dos games
Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, decidimos reforçar que elas também possuem seu espaço no universo dos jogos através de uma lista com as 15 personagens femininas mais marcantes e influentes. Não foi uma tarera fácil, afinal, 15 é um número relativamente baixo e não abrange todas as séries que gostaríamos, mas quem arrisca, não petisca, não é verdade? Eis a lista:
Obs: Esta lista foi feita em conjunto com os colegas Ayrton Magalhães e Leandro T. Konjedic.
Lara Croft (Tomb Raider)
Samus (Metroid)
Você sabe que há algo de especial na personagem quando descobre que sua criação recebeu inspiração da ícone da franquia Alien, Ellen Ripley. Sobrevivente do planeta K-2L, Samus Aran aterrissou nos consoles da Nintendo com a série Metroid em uma das primeiras investidas de protagonistas femininas como protagonistas em um jogo. Por usar uma armadura que se assemelha a um Ciborgue, os jogadores inicialmente pensavam que Samus se tratava de um homem, até a sensacional revelação ao final do primeiro game. Uma entrada triunfal, de fato.
Por: Leandro T. Konjedic
Zelda (The Legend of Zelda)
Constantemente confundida com Link, o protagonista e herói da franquia que parte para o resgate, Zelda, nome dado às mulheres da família real de Hyrule, é a pessoa escolhida pelo destino a ter a triforce da sabedoria. Sequestrada por Ganondorf, vilão que busca as peças da triforce, a personagem já se transformara em Sheik (sobrevivente de uma raça extinta, dos Sheikahs) para tentar fugir em Ocarina of Time e em The Wind Waker, Tetra foi a reencarnação da vez da princesa. Felizmente, seus sequestros geraram algumas das melhores, mais criativas e envolventes jornadas de jogatina da história dos consoles. Ave, Zelda!
Por: Leandro T. Konjedic
Peach (Super Mario Bros.)
Todos com certeza já devem ter ouvido falar da princesa Peach, a famosa princesa do fictício reino dos cogumelos que Mario deve resgatar no jogo Super Mario Bros. Na maioria dos jogos da franquia ela faz o papel da donzela em perigo, pois é sempre raptada ou posta em perigo. Ela já foi uma personagem jogável em alguns jogos da franquia e já demonstrou também que é boa em travar batalhas. Ela é apresentada como sendo uma personagem bem-educada e gentil, bem digna do título de princesa que ela carrega.
Por: Ayrton Magalhães
Chun Li (Street Fighter)
Chun Li foi a primeira personagem feminina a figurar em um jogo de luta e além disso ainda tem um backstory interessante. Seu pai foi assassinado pelo grande vilão da série, M. Bison, quando ela era apenas uma garotinha, desde então ela treina duro para um dia poder vingar o seu pai, se tornou policial e trabalha na Interpol investigando a nefasta organização Shadaloo. Ela é considerada a mulher mais forte do mundo no universo de Street Fighter.
Por: Daniel Tanan
Jill Valentine (Resident Evil)
Jill era uma policial da elite da cidade de Raccoon City, conseguiu sobreviver ao incidente da mansão no primeiro game da série e posteriormente no terceiro game da série ela foi perseguida pelo monstro mais icônico de toda série, o Nemesis, conseguindo matá-lo psteriormente. Mais recentemente na série, ela trabalha na BSAA, combatendo o bioterrorismo. A personagem se firmou como um dos maiores ícones femininos junto a Lara Croft na geração do PS1.
Por: Daniel Tanan
Aloy (Horizon Zero Dawn)
Aloy é a protagonista de Horizon Zero Dwan. Ela é uma guerreira ruiva, forte e inteligente. De acordo com o diretor narrativo John Gonzalez, personagens como Ellen Ripley (Alien) e Lara Croft (Tomb Raider) foram usadas como inspiração para a construção da personagem, além das guerreiras tribais que foram usadas como inspirações para o seu visual. O jogo foi lançado muito recentemente, mas ela vem sendo bastante elogiada por todos que jogaram, e pelos que estão falando ela com certeza merece o seu lugar nesta lista.
Por: Ayrton Magalhães
Ellie (The Last of Us)
Ellie é uma adolescente que cresceu em um mundo pós apocalíptico, por isso é mais madura e sabe se defender melhor que muitas mulheres mais velhas. No decorrer do jogo vemos ela criar um forte vinculo com o outro protagonista do jogo, o Joel, salvando sua pele diversas vezes durante o game, se não fosse por ela, o homem teria morrido em mais de uma ocasião. Ellie é indiscutivelmente uma personagem forte, merecidíssmo seu lugar na lista.
Por: Daniel Tanan
Aeris (Final Fantasy)
Aeris é a alma do grupo no sétimo game da franquia Final Fantasy, é animada e consegue animar a todos em sua volta. Não é a toa que Cloud, o protagonista se apaixona por ela. Crescendo na periferia de Midgar ela adquiriu a capacidade para se cuidar muito bem sozinha. Sua morte é considerada um dos acontecimentos mais tristes de todos os tempos nos games. Dando uma motivação a mais para o Cloud caçar o vilão Sephiroth.
Por: Daniel Tanan
Elizabeth (Bioshock)
Elizabeth é uma das protagonistas do jogo BioShock Infinite. Ela foi presa numa torre na cidade flutuante de Columbia quando era apenas um bebe. Ela passou praticamente toda a sua vida até os 17 anos presa naquele lugar, sem nenhum tipo de contato com o mundo exterior. Seu maior sonho além de sair da torre, era visitar a cidade de Paris na França. Uma de suas características mais marcantes é a falta da ponta do dedo mindinho em sua mão. Ela é doce, gentil e tem um olhar inocente sobre as coisas, realmente uma bela personagem com uma ótima Backstory.
Por: Ayrton Magalhães
Sonia Blade (Mortal Kombat)
Cortana (Halo)
Criada a partir do cérebro clonado da criadora do projeto SPARTAN, a Dra. Catherine Elizabeth Halsey, Cortana, a inteligência artificial que acompanha Master Chief na série Halo e auxilia o jogador hackeando sistemas de computadores alienígenas e transmissões e fornecendo informações táticas possui um dos conceitos e história de relacionamento mais interessantes dos jogos eletrônicos. Representando o norte moral e técnico para Master Chief, vemos a profunda inteligência artificial se tornar cada vez mais humana ao progredirmos na franquia e investirmos em sua relação com o espartano. Não só com suas referências histórias ao ter o nome de uma espada nórdica e o conceito inicial baseado na rainha egípcia Nefertiti, a personagem ainda auxiliou como estímulo para a assistente pessoal inteligente da Microsoft, que por sua vez, você encontra atualmente no Windows 10.
Por: Leandro T. Konjedic
Shepard (Mass Effect)
Obviamente, falaremos aqui da versão feminina do personagem Shepard, a protagonista (o) da série de jogos Mass Effect. Como muitos devem saber o jogo traz a opção de customizar o personagem Shepard, podendo trocar até o seu sexo. Muitos preferem jogar com a versão feminina, alegando que ela é superior a versão masculina, tendo mais agilidade e destreza no jogo. ela é otima em batalhas e sabe liderar muito bem, uma perfeita personagem.
Por: Ayrton Magalhães
Heather Mason (Silent Hill)
Heather não teve uma infância muito fácil, sempre fugindo com seu pai de algo que ela nunca compreendeu, até que Claudia Wolf, vilã do terceiro jogo da série aparece e mata seu pai, assim, ela parte para a sombria cidade de Silent Hill, buscando vingança. Heather tem uma língua afiada e tem um temperamento difícil, mas acaba encontrando dentro de si uma grande força e coragem para superar seus medos, que a auxiliam na sua batalha contra as forças sombrias da cidade.
Por: Daniel Tanan
Faith Connors (Mirror's Edge)
A protagonista do jogo Mirror Edge, ela é apresentada como sendo uma personagem atlética e destemida. Ela é perfeita em combate, não necessitando de armas de fogo em nenhum momento e ainda é ótima escapar de adversários e para desviar de obstáculos. Ela apresenta uma grande tatuagem em seu braço que pode ser considerada como sua característica mais marcante. Ela não recua perante o perigo e não se deixa intimidar durante a maioria do jogo. Uma personagem feminina com certeza bem marcante.
Por: Ayrton Magalhães
Crítica | Doutor Sono
Aviso: A resenha contem spoilers do livro O Iluminado
30 anos depois de o Stephen King lançar uma das suas mais populares obras, O Iluminado, eis que decide resolver uma dúvida antiga dos fãs, afinal, o que aconteceu com o garotinho Danny Torrance? Assim, em 2013, Doutor Sono é publicado.
Quem já está acostumado com a escrita do Stephen King já sabe o que esperar, ótimo desenvolvimento dos personagens e das relações entre eles, narrativa fluida e a cereja do bolo dos romances de horror do Stephen King, um bom elemento sobrenatural. No caso deste livro acho que o ultimo ponto podia ser muito melhor explorado. Vamos ao enredo.
O livro começa pouco depois de onde O Iluminado parou. Danny e sua mãe Wendy Torrance continuam sendo perseguidos pelos fantasmas do Hotel Overlook, o velho ex-cozinheiro do hotel mal assombrado, Dick Haloran ensina a Danny como lidar com os fantasmas.
Segue mostrando os vilões da vez, um grupo de “Vampiros” nômades que viajam em trailers conhecido como o Verdadeiro nó, que suga a essência dos iluminados que eles chamam de “vapor”. Depois vemos um Danny mais velho que apesar dos maus exemplos do seu pai, se tornou um bêbado.
Danny se torna um andarilho até que se estabelece em Teenytown, uma pequena cidade onde ele conhece Billy Freeman, um homem que partilha de um pouco do dom de iluminação de Danny e Casey Kingsley, que apresenta Danny ao AA (Alcoólatras anônimos).
Uma das perguntas que o King se fazia bastante, como ele diz em sua nota do autor era “e se o perturbado Jack Torrance conhecesse o AA?” Ele quis mostrar isso pelo filho dele, Danny. Isso também reflete a mudança do próprio autor que sabe, por experiência própria como é ser um alcoólatra e largar o vício.
Dan arranja emprego em um asilo, onde ele usando sua habilidade de iluminado facilita a passagem dos idosos para a morte, ganhando assim a alcunha Doutor Sono.
Paralelamente, nós conhecemos a outra protagonista desta história, Abra Stone, minha personagem favorita, uma garota iluminada de 13 anos muito poderosa. Um dia Abra encontra um um anuncio de pessoas desaparecidas e vê um garoto que foi morto pelo verdadeiro nó. Ela sabe que foi morto pelos mesmos, porque presenciou a morte do garoto em uma experiência extra corpórea. Assim ela parte novamente com sua projeção astral para espiar os assassinos, o que se revela ser um grande erro, pois revela sua localização. O verdadeiro nó passa a caçá-la.
Abra manda uma mensagem mental a Dan que concorda em ajudá-la. A relação da Abra com ele é muito interessante, a identificação é imediata, Abra faz Dan lembrar a si mesmo quando criança e Abra confia plenamente nele, como se fosse um pai (ou tio como ela o chama).
Alerta de Spoiler
Para mim, o maior problema da história é o elemento sobrenatural, tão bem trabalhado por King em outras obras, mas aqui deixa a desejar. É apresentado muito rapidamente, sem muitas informações, fiquei me perguntando quais eram suas origens, entre outras coisa. Além disso não me passaram medo em momento algum, eles não tem o mesmo “charme” que os fantasmas do Overlook tinham, bem longe disso.
Nem ao menos são vilões que eu aprecie, citando uma frase do próprio livro dita (ou melhor pensada) pelo personagem Dan Torrance : “Que tipo de palhaços são esses caras?”. Já me pegava pensando nisso a partir do meio do livro quando percebi que eles não passavam de indivíduos que só sabem matar crianças covardemente, não sabendo se adaptar muito bem às situações apresentadas, como ter que lidar com adultos. Não é o tipo de vilão que eu gosto de acompanhar.
E há outro elemento que me incomodou bastante, a doença que pegam do “garoto do baseball”. Afinal, eles estão matando crianças e sugando seu vapor a séculos, como é sugerido no livro. Por que eles tinham que pegar essa doença logo agora dessa criança específica?
Além da Abra ser uma testemunha de um assassinato que eles realizaram, ela também é cheia de vapor. Não dá nem pra ser considerado uma conveniência, porque eles já tinham motivo de sobra para capturar a Abra.
Há também o mais que desnecessário plot twist, Dan é realmente tio da Abra, o seu pai, Jack Torrance deu uma escapada em uma festinha e engravidou a avó da Abra, que ele provavelmente nem lembrava o nome. Que diferença isso faz para a história? Nenhuma. No final tudo volta ao normal. O Primeiro Nó foi extinto, bem facilmente até. Abra voltou para a escola e Dan finalmente confessa seu “crime” que estava remoendo em sua cabeça no AA (Alcoólatras Anônimos), que para sua surpresa, o pessoal de lá não se importa.
Fim dos Spoilers
Doutor Sono é sim um bom livro, mas fica muito aquém do Iluminado e de obras passadas de King.
Doutor Sono (Doctor Sleep, EUA – 2013)
Autor: Stephen King
Publicação no Brasil: Suma de Letras (Editora Objetiva)
Tradução: Roberto Grey
Páginas: 475
Crítica | Harry Potter e a Criança Amaldiçoada
O bruxinho está de volta nessa continuação que você talvez até tenha pedido, mas é como diz o ditado, cuidado com o que deseja. Pouco após J.K. Rowling ter terminado a famosa série de livros, ela disse que iria dar um tempo no mundo bruxo e experimentar coisas novas, dessa fase nasce o suspense político “Morte Súbita” e a série de livros policiais das aventuras do detetive Cormoran Strike (O chamado do Cuco, Bicho da Seda, etc.).
Mas essa fase não durou muito, as novas aventuras da Rowling nem chegaram perto do apelo que Harry Potter teve. Ela então não tardou a mudar de ideia e logo retornou ao universo do "menino que sobreviveu". Escreveu o roteiro do filme Animais Fantásticos e Onde Habitam que vai estrear esse ano e autorizou essa peça que não foi escrita por ela e sim por Jack Thorne, premiado dramaturgo britânico.
Mas será que esse retorno ao mundo bruxo valeu a pena? A história começa pouco depois de onde o sétimo livro parou, com Harry, Ginny, Rony e Hermione mandando seus filhos para Hogwarts, seus filhos são os novos protagonistas da história, Albus (Filho do Harry) e Rose (Filha do Rony e Hermione) costumavam ser grandes amigos mas simplesmente por Albus ter sido escolhido para integrar a casa da Sonserina eles param de se falar, assim ele acaba fazendo amizade com Scorpius (filho de Draco Malfoy).
O que é interessante aqui é que Albus tem problemas com o pai. Albus ao contrário do pai dele detesta Hogwarts, seus colegas e até mesmo a sua família acham um absurdo um Potter ter sido escolhido para a Sonserina, isso faz com que Albus se sinta muito só. Harry não parece entender pelo que seu filho está passando, afinal em sua cabeça Hogwarts é o melhor lugar da face da terra, esse pequeno elemento já faz com que os dois se estranhem.
O alívio de Albus é o seu grande amigo Scorpius. Scorpius é com certeza o melhor personagem novo, ele é engraçado, inteligente e os dois personagens (Albus e Scorpius) tem uma ótima química, é um bromance que funciona.
Hermione é ministra da magia e Harry agora é chefe do departamento de execução das leis da magia. Harry confisca um vira-tempo ilegal. Pouco depois de o livro “Harry Potter e a Ordem da Fênix” ter sido lançado, Rowling explicou que destruiu todos os vira-tempos na sala de mistérios porque ela percebeu que mexer com tempo é uma coisa complicada e ela quis descartar de uma vez por todas a possibilidade de usar esse recurso novamente. Assim é bastante engraçado que toda a trama da peça se baseia exatamente nisso que ela procurou evitar, ainda contradizendo regras que você fã de Harry Potter sabe muito bem que foram estabelecidas na mitologia.
Amos Diggory, o pai do finado Cedrico Diggory ficou sabendo que Harry tinha confiscado um vira-tempo e pede a ele para voltar no tempo para salvar o seu filho, já que ele não precisava morrer. Harry obviamente recusa, mas Albus ouve a conversa e num ato de rebeldia contra seu pai resolve ir atrás do tal vira-tempo, assim ele convence Scorpius a ir com ele buscar o vira-tempo.
A partir daqui a história vira uma espécie de “De volta para o futuro 2” que muitos estão cansados de ver. Albus e Scorpius viajam entre realidades alternativas desde uma realidade em que Rony e Hermione nunca ficaram juntos portanto seus filhos nunca nasceram e Hermione é uma professora chata de poções à la Snape para uma em que Harry morre na batalha de Hogwarts e Voldemort reina, onde tudo é muito sombrio.
A história é praticamente só um “E se” da vida e sim, tem um vilão. Um vilão muito óbvio e de longe o pior personagem da história, tem uma das piores motivações que eu já vi, é simplesmente terrível.
Alerta de Spoiler
A história da “Criança amaldiçoada” é a seguinte, há um boato dizendo que Draco e sua esposa Astoria tinham problemas para ter um filho Assim Lucio e Draco, para garantir o futuro dos Malfoy, enviaram Astoria de volta no tempo para ter filho com Voldemort. Esse boato já é absurdo, nós sabemos que nem mesmo Lucio tinha simpatia por Voldemort, ele o obedecia por medo e Draco muito menos, mais fácil seria eles darem a esposa pra qualquer zé-ninguém sem nem mesmo precisar do vira-tempo.
Pois bem, Scorpius também é muito repudiado em Hogwarts e sofre bullying por ser “filho do Voldemort” apesar dele ser a cara do Draco. Há uma cena em que Draco pede para Harry reafirmar que todos os vira-tempos foram destruídos na batalha do departamento de mistérios pois seu filho sofre muito com o boato, o que não custaria nada, mas Harry simplesmente se recusa dizendo que logo vão esquecer isso tudo e que ele mesmo nem acredita nesse boato.
Mas em outra cena quando Harry está procurando seu filho na floresta proibida de Hogwarts, o centauro Bane diz a Harry que tem uma “sombra” sobre o seu filho, Harry associa isso a Scorpius, fica paranoico e proíbe seu filho de andar com ele, contradizendo o que ele diz a Draco e se tornando um completo babaca.
Alguns personagens as vezes não soam como eles mesmos em alguns momentos, por exemplo, no caso de Rony, ele sempre foi um alívio cômico mas era bem mais que isso, ele era um personagem útil, na realidade alternativa sombria ele não consegue nem segurar em uma varinha direito... ele, um bruxo adulto da resistência contra Voldemort segurando a varinha ao contrário é no mínimo ridículo.
Draco, por outro lado é um dos poucos personagens que eu realmente gostei da mudança, você vê que ele realmente evoluiu como pessoa, não é mais aquele garoto covarde e fará qualquer coisa pelo bem de sua família sem hesitar.
Por fim, a criança amaldiçoada não era Scorpius e sim uma garota chamada Delphi, que é filha do Voldemort e da Bellarix Lestrange e indiretamente atiça o Albus a pegar o vira-tempo, pois o plano dela era voltar no dia em que Voldemort matou os pais de Harry para alertá-lo para não tentar matar o menino pois foi aí que ele enfraqueceu, se ele não tivesse feito isso conquistaria o mundo muito mais rápido e ela poderia governar ao seu lado.
Mas depois de derrotada por Harry, Albus e seus amigos ela admite que tudo que ela queria era um pai, uma relação paternal... quando seu pai é Voldemort é melhor ficar sem pai mesmo, preciso nem comentar.
Fim dos spoilers
A minha conclusão depois de ler essa história é que ela não chega nem aos pés de qualquer outro livro de Harry Potter, deveria ter ficado como spin off e não vendida como “A oitava história”. O enredo tem um plot preguiçoso demais e soluções mais preguiçosas ainda. Se for ler, não tente pensar muito porque se fizer isso provavelmente vai detestar tanto ou mais do que eu que li até com certo ceticismo.
Harry Potter e a Criança Amaldiçoada (Harry Potter and the Cursed Child, Estados Unidos – 2016)
Autor: J.K. Rowling, John Tiffany, Jack Thorne
Editora: Rocco
Gênero: Fantasia, Aventura
Páginas: 352
Crítica | Crepúsculo dos Deuses
Um dos filmes mais polêmicos e amados da velha Hollywood, Crepúsculo dos Deuses, dirigido e roteirizado pelo excelente diretor Billy Wilder já mostra a que veio logo no início do filme. Essa obra prima cinematográfica procura criticar o método de Hollywood fazer cinema e tratar seus funcionários. Com uma trilha de arrepiar composta por Franz Waxman eis que somos mostrados a avenida onde ocorreu “um assassinato que você provavelmente ouvirá falar no radio, na televisão ou lerá no jornal pois uma estrela das antigas está envolvida, uma das maiores. ”. Com uma vista panorâmica de toda a rua, vemos carros chegando, detetives e pessoas da imprensa para investigar o que foi que aconteceu.
Pouco depois o filme volta no tempo e somos apresentados ao protagonista, Joe Gyllis, interpretado por William Holden, um roteirista endividado, prestes a perder seu carro, coisa que não pode ocorrer de jeito nenhum pois seria o mesmo que perder as duas pernas. O filme mostra logo depois uma entrevista que o roteirista tem com o produtor, Sheldrake (Fred Clark) muito interessante pois podemos conhecer mais do universo de Hollywood. Aqui conhecemos também Betty Schaefer, que trabalha no departamento de leitura, que não gostou do roteiro apresentado por Gyllis e comenta isso com o produtor com Gyllis ali, sem perceber que ele era autor, isso cria um atrito entre esses dois personagens muito interessante que é muito bem desenvolvido ao longo do filme.
Mas o filme começa mesmo assim que Gyllis fugindo dos cobradores, tem um pneu estourado e tem que achar algum lugar para esconder o carro, ele acha uma garagem aparentemente abandonada, mas na verdade é a garagem da mansão de Norma Desmond (Gloria Swansom) uma atriz que estava muito em alta na época do cinema mudo, mas na nova era do cinema, com diálogos, música e cor ela foi praticamente esquecida.
Swansom dá um show de atuação, acredito que pelo fato de ela estar passando pela mesma situação da personagem (a atriz também era uma personalidade do cinema mudo que desapareceu por um bom tempo) pode ter ajudado a se relacionar. No início ela passa uma sensação de uma pessoa decidida, que sabe o que quer e lutará até o fim para consegui-lo, mas aos poucos se mostra uma pessoa solitária, infeliz e por vezes insegura e que guarda no fundo de sua alma a pior de todas as depressões. Desmond é acompanhada de seu mordomo, Max Von Mayerling (Erich Von Stronheim), que descobrimos ao longo da trama que tem grandes segredos. O ator passa muito bem o quanto o personagem se importa com Norma e faz tudo ao seu alcance para garantir seu bem-estar.
Gyllis é confundido com um funcionário de funéria no inicio, Desmond mostra a ele um macaco, seu bichinho de estimação que ela gostaria de enterrar, essa cena é um simbolismo indicando que Gyllis seria seu novo “bichinho de estimação”. Após Desmond descobrir que Gyllis é um roteirista ela o convence a se hospedar em sua mansão e ajudá-la a reescrever um roteiro que ela planeja há muito tempo chamado Salomé, querendo que Cecil B. Demille dirija. Assim antes que perceba, Gylis está preso naquela mansão, preso a Desmond, como é mostrado simbolicamente em uma cena que Gyllis fica de saco cheio e tenta sair, mas a corrente da roupa fica presa na porta.
Começa um relacionamento entre Gyllis e Norma que se apaixona perdidamente por ele. Logo esse relacionamento se torna um triangulo, ou melhor, dizendo, um quadrado amoroso já que Gyllis conseguindo fugir algumas noites encontra-se com Betty Schaefer que está noiva de Artie Green (Jack Webb), um diretor assistente. Na ausência de Artie, Gyllis e Betty vão se aproximando cada vez mais, num romance que a meu ver está mais para um elemento secundário do filme, mas que funciona muito bem, pois os dois atores têm uma certa química que é impressionante.
Há uma cena em que Norma Desmond diz a icônica frase “Eu sou grande, os filmes é que ficaram pequenos”. Desmond é a maior crítica que esse filme faz a Hollywood em geral, o esquecimento, a depressão que se segue após isso, a vontade e a crença de que voltará a ser amada pelas pessoas é o que a motiva a viver, ela está a todo momento implorando por amor. Em outra cena, ela está no estúdio da Paramount observando a gravação de um filme de Cecill B. Demille (Interpretado por ele mesmo) quando é reconhecida por um dos operadores de luz que a cumprimenta e coloca a luz em direção a ela, as pessoas no set a reconhecem e “a veneram” assim ela tem o seu momento de glória, certamente um dos momentos mais felizes da personagem, cena muito bem construída que deixa bem claro que ela vive uma ilusão.
É interessante perceber que o real tema do filme é o oportunismo, todos os personagens são oportunistas, O protagonista do filme, por exemplo, tem uma moral questionável, se aproveita de Norma Desmond (Ela por sua vez faz o mesmo) e ainda “rouba” a noiva de seu amigo Artie. Pessoas oportunistas estão presentes em todas as linhas de trabalho e não duvido que na indústria cinematográfica se faça presente, pois é um trabalho muito ligado ao orgulho e a vaidade. O filme envelheceu bem, pois os problemas nele apresentados não desapareceram, pelo contrario, só se agravaram.
Billy Wilder que era conhecido por seguir o roteiro sem dar espaço nem para que seus atores improvisem, sentiu-se forçado a cortar uma cena do filme que se passaria em um necrotério, mas essa mudança foi claramente para melhor, pois tivemos a instigante abertura que felizmente foi para o produto final. Talvez algumas pessoas considerem que o único defeito neste filme é a previsibilidade, mas o filme em nenhum momento tem a intenção de esconder qualquer coisa do espectador, tanto é que já começa pelo final já mostrando o destino do personagem principal.
Sem mais delongas o filme tem direção, roteiro, atuações e trilha impecáveis somados ao tema relevante que aborda não merece menos que a nota máxima.