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Cine Vinil #01 | Lado A: Por que Amei Power Rangers

O Conceito

Dia vs Noite, TWD vs GOT, DC vs Marvel, BvS vs Guerra Civil, Xbox vs Playstation, Flamengo vs Fluminense, Android vs iOS, McDonalds vs Burger King, Nerd vs Nerd, Fanboy vs Fanboy.

O multiverso nerd é pautado por discussões intermináveis e, geralmente, extremamente redundantes. Mas com toda a certeza a gente adora aquela treta cósmica para provar que um lado é melhor que o outro – mesmo que o único convencido na discussão seja você mesmo. Analisando essa treta tão peculiar, decidimos trazer um pouco desse espírito “saudável” de discussão para o nosso site.

Sejam bem-vindos ao Cine Vinil! Calma, antes de soltar os cães nos comentários, entenda nossa proposta. Os discos de vinil foram um dos itens mais amados para reprodução de arquivos sonoros. Sua grande peculiaridade eram os lados A e B. O lado A era utilizado para gravar os hits comerciais das bandas, músicas mais populares. Enquanto o Lado B era mais voltado para canções experimentais ou mais autorais.

No caso, nos inspiramos pelos lados opostos do mesmo “disco” – de uma mesma obra. O primeiro filme a receber esse formato é Power Rangers que conseguiu dividir a opinião da equipe do site gerando a tempestade perfeita para testarmos o formato. Serão dois artigos: o Lado A, que contém a opinião positiva, e o Lado B, com a versão negativa. Os autores, obviamente, serão distintos, e escolherão 5 pontos específicos da obra para justificar seus argumentos.

Explicado o conceito, nós lhes desejamos aquela ótima discussão para defender o seu lado favorito! Quem ganhou? Lado A ou Lado B? Que a treta perfeita comece!

LADO A

por Lucas Nascimento

O Elenco

É certamente o ponto alto de toda a produção. O time formado por Dacre Montgomery, Naomi Scott, RJ Cyler, Ludi Lin e Becky G é o elemento que mantém nosso interesse no filme, e o elenco formado por atores e atrizes relativamente desconhecidos surpreende por sua química genuína e diferente carisma que cada um tem, com Montgomery assumindo com respeito a postura de líder de grupo, enquanto Cyler faz do Ranger Azul um alívio cômico divertido e memorável e Naomi Scott traz um potencial de estrela ao fazer da Ranger Rosa uma figura interessante e com dramas pessoais consistentes. E mesmo que tenham menos tempo de cena, Lin e Becky G conseguem trazer força ao Ranger Preto e à Ranger Amarela, seja através dos dramas eficientes (e relevantes) de seus personagens quanto pelo carisma de suas performances. Realmente quero ver aonde esse grupo pode ir.

A História de Origem

Geralmente é o ponto que mais queremos pular num filme de super-heróis, mas surpreendentemente é a porção do filme mais bem sucedida. Graças ao ótimo trabalho do elenco, estamos investidos nos personagens, e o roteiro de John Gatins faz uma boa apresentação do universo de cada um e é bem sucedido ao estabelecer seus núcleos. É quase uma mistura entre a dinâmica de Clube dos Cinco (pelo fato dos personagens se conhecerem numa detenção de sábado) com o realismo e diversão da descoberta do universo fantástico de Poder Sem Limites.

O Design

Com a escola Christopher Nolan de realismo sombrio e sujo, todo o universo de Power Rangers parece um pouco mais palpável, ainda que mantenha um pé na fantasia sem se contradizer. O design de produção das naves e dos Zords adota uma influência nítida de O Homem de Aço, com um aspecto quase Gigeriano e puxado para um sci-fi orgânico, vide o efeito de morfar que parece uma digitalização da armadura e a própria textura da parede com o rosto gigante de Zordon, aparentemente formado por inúmeros cilindros em movimento. E, claro, temos os uniformes, que ganham uma atualização incrível e certamente trazem uma imponência e abraçam o aspecto alienígena do grupo.

Rita Repulsa

Olha, Rita Repulsa é uma vilã dos Power Rangers, e Elizabeth Banks claramente não nos deixa esquecer com sua performance exagerada e divertidamente camp. E admito que seu visual gótico e sórdido em suas primeiras aparições é inesperadamente sinistro e eficaz em torná-la ameaçadora, rendendo também um excelente trabalho de maquiagem ao exacerbar a estrutura óssea da atriz. Quando a personagem abraça o carnavalesco, Banks segue divertindo e cria uma figura que imediatamente atrai nossos olhares, e a atriz a faz valer mesmo que seu plano maléfico seja pífio e pouco grandioso.

A Nostalgia

O mero fato de termos um filme dos Power Rangers no cinema já é o bastante para estimular a criança interior, mas o filme de Dean Israelite é bem competente e agradável nas homenagens. Desde as frases de efeito, a presença dos Zords, o fantástico momento em que o Megazord é formado e até o uso certeiro do famoso tema da série Mighty Morphin’ Power Rangers, o fã da série se sente à vontade e atingido pelo raio da infância. Isso sem falar nas cameos surpresa de Jason David Frank e Amy Jo Johnson, ícones da série original, e da cena pós-créditos que prepara o terreno para a chegada de Tommy Oliver, o Ranger Verde.

Clique AQUI para ler o LADO B.

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Publicado por Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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