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Crítica | A Última Ressaca do Ano – Uma festa insana

Já presenciamos muitos tipos de festas de arromba no cinema. Desde a mostrada em “Superbad – é hoje” em que jovens queriam perder a virgindade ou a apresentada em “Projeto X” em que é levada ao pé da letra a idéia de se celebrar até as últimas conseqüências.

No filme “A Última Ressaca do Ano” que estréia nessa quinta-feira podemos assistir a uma festa de grandes proporções realizada não em uma casa com adolescentes histéricos, muito menos em um colégio ou faculdade. Dessa vez presenciamos uma festa de natal feita em uma empresa, um local em que todos deveriam manter a pose e evitar constrangimentos, até porque o chefe está nesta festa. Deveria, não é isso o que acontece.

Na história Jennifer Aniston é Carol e T. J. Miller é Clay. Eles são irmãos e vivem uma queda de braço para mostrar qual é o melhor dos filhos do então finado pai. Há também no elenco Jason Bateman que faz o papel de Josh o braço direito do chefe e que mantém a empresa em pé.

Clay e Josh são grandes amigos e como é tradição no natal estão organizando uma festa que será dada dentro da empresa. É aí que aparece Carol, séria e muito profissional além de grande empresária e que ao se reunir com a equipe descobre os planos de festejar o natal na empresa decide por cancelar o tão esperado evento.

Carol administra as contas e as finanças de todas as sedes da empresa herdada pelos irmãos.  Em seu balanço descobre que a empresa de seu irmão não está dando o lucro necessário e terá que demitir alguns funcionários ou até fechar a sede que seu irmão controla caso os números não melhorem.

Então Clay parte para uma reunião para apresentar um projeto à um empresário importante vivido pelo ótimo Courtney Vance. Caso o empresário compre a idéia muita grana entrará na empresa e então e seus funcionários e sua sede estarão a salvos e Clay se sairá vitorioso sobre sua irmã.

Porém, o projeto não é aprovado e então eles decidem chamá-lo para a festa de natal que havia sido cancelada e essa é a virada da história. Eles terão que organizar uma festa em cinco horas para poder fazer com que o empresário feche negócio com eles. A ideia é mostrar a união entre os funcionários e fazer não uma simples festa, mas um espetáculo.

Como podemos imaginar a festa que era para impressionar a festa acaba por sair do controle e o que presenciamos no desenvolvimento do filme é o uso abusivo de álcool, sexo, nudez e muita, mas muita destruição. Imaginem dois andares de uma empresa completamente destruídos. Uma mistura de “O Lobo de Wall Street” com “Projeto X”.

Nesse filme dirigido pela dupla Josh Gordon e Will Speck tenta trazer outra visão sobre um tema já mostrado em outras produções. Ele pode ser visto como uma produção sobre uma festa que saí do controle, mas também pode ser vista como uma crítica aos empresários que fazem festas sem graça e com aquela visão de que ninguém pode sair da etiqueta social corporativa.

Tanto que eles colocaram a personagem do RH que a todo o momento aparece para lembrar aos funcionários sobre o código de etiqueta dentro da empresa. “Não usar decote”, “Não fazer sexo dentro da empresa”. Pode ser uma história que já vimos, mas pelo menos se esforça em trazer outra visão. Outro fato que condiz com esse ponto de vista é a personagem de Jennifer Aniston que é o espelho do mundo empresarial. Ela é carrancuda, não dá risada e as vezes é chata.

Última Ressaca é uma comédia que até se sai bem nos momentos que precisa, há cenas divertidas e bem feitas, mas algumas cenas são desnecessárias e a direção força bastante para fazer o telespectador rir. Outro fato foi que tentaram impressionar demais mostrando a baderna feita e as loucuras feitas pelos personagens e deixaram de lado a história

O ponto alto de A Última Ressaca é o elenco. Jennifer Aniston e Jason Bateman já haviam trabalhado juntos anteriormente em outros filmes como “Coincidências do Amor” e “Quero Matar Meu Chefe”. Em coincidências foram dirigidos por Speck e Gordon. O elenco ainda traz a atriz Kate McKinnon dos caça-fantasmas e Olivia Munn. Essa mescla de profissionais rodados e que já atuaram juntos é o principal motivo para ir ao cinema assistir a ele.

A única ressalva é para a personagem de Aniston ela é séria demais, sua personagem é uma mulher poderosa e isso atrapalha seu desenvolvimento. O papel de empresária chata impõe um certo limite em fazer piada ou participar de cenas engraçadas, algo essencial em uma comédia. Mas ela não está nesse personagem a toa. Jennifer Aniston é uma mulher poderosa, assim como sua personagem ela é decidida e focada no que quer e isso é algo que joga a favor do filme. Só é uma pena que a aproveitaram pouco na produção. Ela merecia maior destaque.

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Publicado por Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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