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Crítica | Anna: O Perigo Tem Nome - Nikita versão moderna

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•10 de setembro de 2019•7 Minutes

Luc Besson é um apaixonado por personagens femininas com força de expressão e decisão que não se vê muito nos filmes de ação. Suas protagonistas são atraentes e sensuais, mas não é algo que dita as histórias de seus longas, é apenas um atrativo a mais para dar aquela impressão de femme fatale de que por trás daquele jeito meigo e delicado há uma mulher explosiva e digna de matar todos que estão em seu caminho.

Em Nikita – Criada Para Matar (1990) o diretor criou o seu clássico, e que provavelmente ditou os rumos de suas futuras tramas. Deu tanto certo que Luc Besson ficou marcado pela produção que trazia uma mulher sem saída para cometer os crimes, com Nikita sendo designada a praticar assassinatos por ordens de uma agência secreta. Em Anna – O Perigo Tem Nome, o caminho percorrido por Anna é muito parecido com o de Nikita, com até mesmo o fim da personagem seguindo quase que a mesma trajetória da personagem do filme de 1990.

O jeito com que a narrativa é criada é feita para dar um ar de originalidade e de novidade para quem assiste, algo difícil de conseguir em um meio em que os filmes de ação e de espionagem seguem uma estrutura de roteiro muito parecida. A ideia é a de fazer com que o telespectador entenda toda a situação que é apresentada no longa e Anna consegue isso, pois o filme tem uma história de fácil assimilação.

Há alguns problemas no jeito com que toda a trama é montada, com idas e vindas da história que mais atrapalham que ajudam a contar os acontecimentos. O roteiro, que também foi escrito por Luc Besson, segue a jovem Anna Poliatova que é levada a Paris a fim de se tornar modelo, mas ela não é bem a garota inocente que todos acreditavam ser, e a mulher se transforma uma assassina cruel com o passar do tempo. A história caminha bem, até as idas e vindas começarem a atrapalhar o andamento do longa. Luc Besson não segue um caminho linear para a protagonista. Apresenta uma falsa origem de Anna e depois volta no tempo para contar algo a mais sobre sua vida. Isso acontece várias vezes e atrapalha bastante o jeito pelo qual o filme vai apresentando os fatos, o deixando confuso, cansativo e repetitivo.

Um elogio ao roteiro é em relação ao jeito detalhado que a narrativa acaba sendo mostrada. Por ter várias idas e vindas o longa direciona o telespectador para um final, mas na realidade, os dois plot twist finais são bem orquestrados ao ponto de enganar a todos como um truque de mágica bem feito. Algo que também é muito bem construído, e deixa a trama mais charmosa, fica em relação ao jogo de poderes que remete a Guerra Fria, com a agente Anna jogando para os dois lados, tanto dos americanos quanto dos russos.

As cenas de ação são o ponto forte de Anna – O Perigo Tem Nome, apesar de ser em uma freqüência menor do que o esperado, com apenas uma sequência de pancadaria interessante, tais cenas seguram o público até certo ponto. A falta de intensidade na ação é algo que acaba tornando frustrante algumas situações que poderiam ser mais interessantes do que realmente foram. A luta inicial, em um restaurante, é muito bem coreografada, mas é muito pouco para um filme que foi vendido como sendo de ação ao estilo Atômica (David Leitch).

A direção de Besson é genérica em alguns aspectos, principalmente nas cenas de ação, tendo apenas o já mencionado momento lúcido do restaurante, de resto é bastante simples o jeito com que constrói as cenas. Porém, as decisões tomadas para levar a protagonista adiante com sua missão e sua motivação são interessantes e ajudam a ditar o ritmo da trama. Não é um filme lento como Nikita e Lucy foram. Há uma melhora no jeito com que o diretor dita o ritmo do longa.

Para protagonizar Anna, o diretor escolheu a modelo Sasha Luss, na qual já havia trabalhado com Luc Besson em Valerian e a Cidade dos Mil Planetas. A escolha é acertada pelo fato da atriz russa ter o estilo certo para interpretar sua femme fatale. Sasha Luss é uma mulher sensual, mas tem em seu semblante algo enigmático e misterioso, que é transportado para a personagem e que ajuda a dar vida a Anna. Sua interpretação não é tudo isso, mas não é algo que atrapalhe a produção e também não é algo que fique tão visível em um primeiro momento.

Anna – O Perigo tem Nome cumpre sua missão como entretenimento. Não há como esperar algo a mais de um longa no qual o próprio diretor já utilizou o formato em outras produções anteriores, e até mesmo se surpreender se torna algo cansativo e mais complicado. Luc Besson é um ótimo diretor, e sua visão para o cinema é algo que ajuda bastante ao contar a história de Anna, e seus fracassos recentes como diretor o fizeram reviver histórias que geralmente dão certo no cinema, pois e difícil não curtir um longa em que uma mulher linda sai batendo em todos os marmanjos que encontra pelo caminho.

Anna – O Perigo tem Nome (Anna, 2019)

Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson
Elenco: Sasha Luss, Helen Mirren, Luke Evans, Cillian Murphy, Lera Abova, Alexander Petrov
Gênero: Ação, Thriller
Duração: 120 min.

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Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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