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Crítica | Ghostbusters: Mais Além é uma reverência fanática ao original

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•19 de novembro de 2021•8 Minutes
Crítica | Ghostbusters: Mais Além é uma reverência fanática ao original
Sony
Crítica | Ghostbusters: Mais Além é uma reverência fanática ao original
Sony

Vivemos em tempos desesperados por mitologias estabelecidas. Em Hollywood, a escassez de ideias originais no cinema é tão grande que basta qualquer franquia do século passado com um nome reconhecido para ser aprovada uma continuação ou reboot. Há incontáveis exemplos nos anos recentes, desde os sucessos mais óbvios como Star Wars, Halloween e Jurassic Park, e outras surpresas como os novos Jumanji e Bad Boys. Nesse miolo, também encontramos a curiosa jornada dos Caça-Fantasmas.

Uma comédia sobrenatural que fez muito sucesso em 1984, e rendeu uma geração de fãs, uma continuação pouco lembrada e um reboot feminino que rendeu uma patética dose de controvérsia em seu lançamento. Tentando entender o que fazer com a franquia após o filme de 2016, a Sony Pictures toma uma grande dose de nostalgia e recruta Jason Reitman, filho do diretor Ivan Reitman, para re-engatar a história com este Ghostbusters: Mais Além, um filme cheio de boas intenções, mas com impacto reduzido.

A trama contemporânea nos apresenta à família composta por Callie (Carrie Coon) e seus dois filhos, a inteligentíssima Phoebe (McKenna Grace) e o desajustado Trevor (Finn Wolfhard), que herdam a propriedade isolada de seu recluso avô em uma cidadezinha afastada. Não demora para que a jovem Phoebe, ao explorar o local e seus arredores, descubra que seu avô era um dos membros originais dos Caça-Fantasmas, e que uma nova ameaça está prestes a ser libertada mais uma vez.

Ghostbusters de volta ao jogo

Não existe forma melhor de definir este novo Caça-Fantasmas: é O Despertar da Força. Igualzinho. No sentido do roteiro de Reitman pai e filho olharem para a mesmíssima estrutura do filme original que inicia a franquia e replicá-la de forma moderna e com novos personagens que, passo a passo, vão aprendendo sobre as “lendas” do passado e encontrando versões envelhecidas das figuras clássicas. É uma fórmula que dá certo comercialmente e também para os fãs de primeira viagem, mas que definitivamente pode se mostrar pouco original – como acontece aqui em Mais Além.

Trocando o foco para personagens mais jovens, infelizmente nenhum deles tem tanto charme ou carisma, apesar do bom trabalho de seu elenco. É algo que pode ser fruto do trabalho do próprio Jason Reitman, especializado em dramas adultos como Amor Sem Escalas, Obrigado por Fumar e Tully (onde a exceção vem com Juno, que é sobre uma faixa etária mais velha), mas que aqui se revela um tanto sem tato para abordar a dinâmica infantil. O longa claramente quer replicar o sucesso de Stranger Things, Conta Comigo ou o recente It: A Coisa, mas o humor investido nunca é natural, raramente rende uma piada genuína ou provoca uma empatia tão grande.

São mais de 2 horas dedicadas a esses personagens que não dizem bem a que vieram, e que no papel têm conflitos promissores graças à relação disfuncional com o avô. Infelizmente, nenhum deles alcança todo o potencial dramático (algo que Jason Reitman poderia fazer com gosto), correndo até um clímax que descaradamente repete todos os passos do filme de 1984. Claro, é um bom fan service para os fãs devotos da franquia, mas realmente não chega a impressionar narrativamente – tampouco no que diz respeito às habilidades de Reitman como diretor de grande orçamento.

Ainda bem que o elenco de Ghostbusters consegue carregar os fiapos de personagens. A começar pela cada vez mais onipresente McKenna Grace, que já havia se mostrado uma excelente atriz em obras como Annabelle 3: De Volta para Casa e até mesmo sua participação ligeira no recente Maligno, e aqui literalmente domina o filme todo. Desde sua caracterização inspirada no visual do falecido Harold Ramis até suas interações com o divertido Logan Kim, Grace é o grande coração do projeto. O segundo grande destaque fica com Paul Rudd, que interpreta um professor de colegial fã dos Caça-Fantasmas originais, e é responsável por alguns dos momentos mais leves e carismáticos da projeção – algo que o ator faz com extrema naturalidade.

Já Finn Wolfhard e Carrie Coon não têm a mesma sorte. Ainda que sejam ambos ótimos intérpretes, nenhum dos personagens é capaz de gerar tanta empatia, com Wolfhard limitado a uma subtrama de atração amorosa que nunca convence e Coon jogada em uma personalidade revoltada e apática – que só garante um certo tipo de catarse no final, por motivos que definitivamente não estão ligados com o filme e esses personagens. E falando nisso, claramente os fãs podem esperar algumas participações especiais no filme, mas… Pessoalmente as achei extremamente frustrantes.

Sob o comando de um filme de orçamento mais elevado pela primeira vez em sua carreira, Jason Reitman faz um trabalho eficiente. Ao lado do diretor de fotografia Eric Steelberg, Reitman cria um filme visualmente deslumbrante, estilizado, mas que captura o estilo “Amblin” tão presente na filmografia de Steven Spielberg, por exemplo – e que a trilha sonora calorosa de Rob Simonsen definitivamente é bem-sucedida nessa criação de atmosfera.

Se não é capaz de criar tanta profundidade nos momentos mais intimistas, Reitman se sai surpreendentemente bem ao lidar com momentos mais agitados, seja pela antecipação de Phoebe ao usar um dos equipamentos de seu avô pela primeira vez ou uma agitada perseguição envolvendo o ECTO-1 dos Caça-Fantasmas pelo centro da cidade.

O novo Ghostbusters: Mais Além é um filme competente e que certamente vai agradar os fãs mais devotos dos clássicos Caça-Fantasmas. Infelizmente, acaba preso demais na reverência e se esquece de criar algo novo, e também de encontrar um tom próprio de aventura e comédia. 

Ghostbusters: Mais Além (Ghostbusters: Afterlife, EUA – 2021)

Direção: Jason Reitman
Roteiro: Jason Reitman e Ivan Reitman
Elenco: McKenna Grace, Carrie Coon, Finn Wolfhard, Paul Rudd, Bookeem Woodbine, Logan Kim, Bill Murray, Dan Aykroyd, Ernie Hudson, Annie Potts, Sigourney Weaver
Gênero: Aventura
Duração: 124 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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