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Crítica | Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal - Zac Efron em uma de suas melhores performances

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•30 de julho de 2019•8 Minutes

Por algum motivo os seriais killers quase sempre são alvos dos diretores que levaram suas histórias para o cinema e para a TV ao abordar suas histórias sangrentas de assassinatos e ao mostrar como os criminosos faziam para buscar seus alvos. Produções como Seven – Os Sete Crimes Capitais e O Silêncio dos Inocentes levaram este tema a outro patamar. O primeiro filme é clássico por abordar a vida de um policial que tenta descobrir uma série de assassinatos, e o segundo por focar na protagonista policial que investiga crimes e precisa da ajuda de um famoso assassino canibal para solucionar a investigação de uma série de crimes.

Em Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal, Joe Berlinger volta a tratar do assassino em série Ted Bundy que matou com requintes de crueldade, na década de 70, mais de 30 mulheres nos EUA e que já havia sido alvo do diretor na série documental da Netflix Conversando com um serial killer: Ted Bundy, em que Joe Berlinger faz uma análise da perversidade de um dos primeiros assassinos em série dos Estados Unidos, época em que nem se usava ainda no país o nome para denominar um serial killer.

A grande questão em Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal está em relação ao porquê de se fazer outro longa sobre o criminoso em ta pouco tempo, logo depois da série da Netflix ter sido disponibilizada para os telespectadores, sendo que a série já havia trabalhado tantos elementos e preenchido tantas lacunas sobre os crimes que é difícil de imaginar sobre o que o filme iria tratar o assunto. Para dar um ar de originalidade para a produção Joe Berlinger utilizou uma ideia interessante, a de pegar um livro e adaptá-lo. No caso, o livro usado foi The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy, escrito por Elizabeth Kendall, a namorada de Ted Bundy que é interpretada por Lily Collins no filme.

Foi uma ideia interessante e que dá outra direcionada para a trama que continua abordando a vida do serial killer, mas não apenas mostrando a visão de Ted Bundy dentro da cadeia, mas também o ponto de vista a partir do olhar de Elizabeth Kendall, a namorada do criminoso e que foi parcialmente citada na série documental da netflix. Os dois lados são apresentados, o de Elizabeth como uma jovem mulher que se relacionou com um homem que ela fica na dúvida se é criminoso ou se é inocente e a questão de Ted Bundy dentro da cadeia se relacionar com Elizabeth e com Carole Ann Boone (Kaya Scodelario).

Algo de novo visto no longa e que é bastante interessante, além de seus relacionamentos e seus planos de defesa, é o fato do diretor apresentar de forma mais detalhada como Ted Bundy faz para tirar o corpo fora e se mostrar inocente perante o júri. Há dois caminhos que a narrativa segue o de tom acusatório, feito pelos promotores para tentar incriminá-lo, apresentando as provas no julgamento, e o de Ted Bundy se mostrando inocente e que é alvo de perseguição pela polícia.  

Há algumas mudanças feitas no roteiro em relação ao documentário, isso para deixar o longa mais cinematográfico em alguns momentos que contam o que aconteceu na vida real e que não funcionariam no filme. O roteiro em Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal é montado para que a história seja contada resumida de forma e para que as situações sejam mais ágeis. Por ser uma produção que copia, em tese, algumas passagens da série é natural que isso seja feito, até porque quem assistiu a produção da Netflix não irá perder o tempo assistindo a um filme que seja igual ao documentário. Esse jeito de contar a trama de forma resumida funciona e serve para dar novos caminhos para questões não muito debatidas na série.

O grande destaque da produção fica por conta da atuação de Zac Efron, uma das melhores de sua carreira e que faz com que o longa não caia no marasmo por conta de seu carisma e de ser um ator com bastante presença de tela. Sua interpretação, além de ter uma caracterização ótima de Ted Bundy, também tem o ar de ousadia que o serial killer passava no tribunal e que pode ser vista na série da Netflix. Ted Bundy tirou onda no julgamento, foi inteligente em usar caminhos não esperados pela defesa e soube como ninguém enrolar todo o sistema judiciário ao evitar sua morte inúmeras vezes. Todo esse atrevimento pode ser presenciado na expressão de Zac Efron, que cada vez mais cresce como ator e faz com que o público esqueça de vez o garoto de Hith School Musical.

Quem não assistiu ao documentário da Netflix não terá problemas em entender o filme, até porque o longa vai ao mesmo sentido da série, mas apenas inserindo novos elementos. Quem quiser algo mais aprofundado a produção da Netflix é um prato cheio, até mesmo para entender questões não muito discutidas no filme, como o poder da beleza de Ted Bundy, fato que chamava bastante a atenção da mídia e de muitas mulheres na época, que não acreditavam ser ele o assassino das jovens. Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal é um filme de serial killer diferente do que estamos habituados a assistir, sem sangue jorrando e apenas mostrando como era a vida do criminoso no período dos crimes dentro e fora da prisão, além de ser um estudo de imersão à mente de um dos assassinos mais sádicos que já existiu.

Irresistível Face do Mal (Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile, EUA – 2019)

Direção: Joe Berlinger
Roteiro: Elizabeth Kendall (Livro The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy), Michael Werwie
Elenco: Lily Collins, Zac Efron, Angela Sarafyan, Sydney Vollmer, Haley Joel Osment, Kaya Scodelario, Dylan Baker, John Malkovich, Jim Parsons
Gênero: Biografia, Crime, Drama
Duração: 110 min

Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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