Crítica | Transformers: O Início Indica o caminho que a franquia deve seguir

Transformers One (nome original) não é a primeira incursão da franquia com longas animados. No distante ano de 1986, Transformers: O Filme já havia deixado sua marca
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Paramount

Em 2023, Transformers: O Despertar das Feras foi lançado, trazendo um novo fôlego para uma franquia que vinha enfrentando dificuldades nas bilheterias. Desta vez, algo diferente aconteceu com Transformers: O Início (Josh Cooley), uma animação de ótima qualidade visual que surpreende não apenas pelo nível de detalhes, mas também pelas intensas cenas de ação e pela abordagem mais violenta em relação aos filmes anteriores.

Transformers One (nome original) não é a primeira incursão da franquia com longas animados. No distante ano de 1986, Transformers: O Filme já havia deixado sua marca, embora tenha frustrado muitos fãs com sua história. Diferente da produção de 1986, o novo Transformers não se preocupa em reverenciar o passado, o que certamente irá agradar aos fãs.

Nesta nova versão, fica claro, já pelo próprio título, que se trata de uma história de origem, explorando como começou o conflito entre os Autobots e os Decepticons, um embate que tem sido retratado em diversas produções audiovisuais ao longo dos anos desde que a linha de brinquedos passou a ser vendida.

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Nem todas as histórias de origem são bem-sucedidas nos cinemas, como demonstrado pelos fracassos de bilheteria de Furiosa (2024) e o fraco Han Solo: Uma História Star Wars (2018). Entretanto, há bons exemplos, como a excelente animação As Tartarugas Ninja: Caos Mutante (2023), que possivelmente serviu de inspiração para Josh Cooley criar o longa animado de origem dos Transformers relevante e de alta qualidade.

Sendo um prólogo, a animação não se concentra na já conhecida rivalidade entre Optimus Prime e Megatron. Em vez disso, o filme explora as origens desse conflito, mostrando que, antes de se tornarem inimigos, ambos eram amigos e conhecidos por outros nomes: Orion Pax e D-16.

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Além dos dois personagens principais, somam-se ao elenco Elita-1 (Scarlett Johansson), B-127 (Keegan-Michael Key) e aquele que, no futuro, se tornará o mundialmente conhecido Bumblebee, mas que aqui é chamado de Badassatron. Com o fantástico roteiro de Eric Pearson, Andrew Barrer e Gabriel Ferrari, a trama combina um tom dramático com um leve humor, trazendo uma história de ação focada em dois dos personagens mais icônicos da cultura pop atual.

O ponto alto da narrativa, sem dúvida, é a ação, muito bem elaborada e cuidadosamente pensada, junto à qualidade da animação, que lembra bastante o estilo 3D. E ao falar da qualidade do longa, não me refero apenas aos gráficos, mas também ao design dos Transformers e ao cenário como um todo. Quem é fã de animação precisa conferir Transformers One, até porque a produção entrega tudo que o público espera encontrar em um filme do gênero.

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Se a Pixar é mundialmente reconhecida por seus belíssimos projetos gráficos de animação, era de se esperar que, por ser uma obra da franquia Transformers, o filme focasse apenas em lutas intensas, com uma trama superficial. Entretanto, o resultado visto é o oposto: uma história com diálogos inteligentes e um roteiro que sabe trabalhar de forma envolvente a dinâmica de amor e ódio entre os protagonistas. Sem dúvida, um dos grandes filmes do ano.

Transformers: O Início (Transformers One, EUA – 2024)
Direção: Josh Cooley
Roteiro: Andrew Barrer, Gabriel Ferrari
Elenco: Chris Hemsworth, Brian Tyree Henry, Scarlett Johansson, Keegan-Michael Key, Jon Hamm, Laurence Fishburne, Stee Buscemi, Vanessa Liguori
Gênero: Animação, Ação
Duração: 104 min.

Sobre o autor

Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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