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Crítica | Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio - A Descoberta de um cineasta

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•29 de outubro de 2017•7 Minutes

Possessão demoníaca, elementos sobrenaturais e muito gore. Esses foram os elementos que combinados resultaram em um dos filmes de terror mais icônicos da história do cinema. Em ritmo de Halloween, vamos conhecer um pouco mais sobre a obra-prima do cinema trash Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio.

Em 1978, dois amigos, Sam Raimi e Bruce Campbell, filmaram um curta-metragem chamado Within the Woods, com $1.600 dólares de orçamento. Raimi dirigia enquanto Campbell fazia o papel principal. A ideia era fazer o filme como uma estratégia para expor suas habilidades como cineasta e buscar patrocínio para um projeto maior. E deu certo. Investidores se impressionaram com o conceito criado por Raimi, oferecendo (aproximadamente) $350.000 dólares para filmar o que viria a se tornar um dos maiores clássicos do gênero no futuro.

Raimi usou toda a criatividade possível para fazer o filme. O som, iluminação e sombras, elementos visuais como fumaça, fogo, espelhos e objetos sinistros como relógios, machados, espingardas, serras elétricas, gravações macabras e livros de ocultismo. Ah, e sangue, muito sangue! Já na cena inicial, vemos uma prova da criatividade do jovem Raimi – na época com 22 anos -, que o faria superar qualquer orçamento reduzido. A câmera subjetiva percorre por entre as árvores, como se fosse um predador que fareja sua caça. As vítimas? Cinco jovens felizes e cantantes em um carro, querendo passar um tempo em uma cabine isolada da civilização, sem imaginar o perigo que os aguarda pela frente.

O som bizarro que acompanha a câmera era uma mistura de barulho do vento, com o som ambiente da cabana e a própria voz de Raimi, simulando grunhidos de uma criatura maligna. Apesar de ser extremamente simples, sua efetividade foi tanta que outros filmes de terror passaram a usar o mesmo efeito posteriormente. A Morte do Demônio impactou as plateias da época, que sofriam junto com os pobres personagens perseguidos pela morte iminente. A floresta que os acerca está viva e não há escapatória. Perdidos neste labirinto, sua única chance é sobreviverem até o amanhecer.

A produção levou anos para ser terminada por falta de dinheiro, e enquanto os atores se dedicavam a outros projetos, o próprio Raimi, seu irmão Ted e vários outros membros da equipe atuaram como dublês de corpo, em cenas onde só apareciam os pés e mãos dos atores, por exemplo. De maneira inteligente, Raimi usou a clássica estratégia que muitos outros filmes baratos também passariam a usar, tentar contar toda a história em apenas um local.

Falando nisso, a cabana no Tennessee, onde o filme foi gravado, não tinha porão. Eles cavaram um buraco no chão, simulando uma descida, até conseguirem filmar as cenas do porão em outra casa, meses depois. Quem assiste ao filme sem saber disso, não percebe. A Morte do Demônio é um dos melhores exemplos para cineastas com pouca experiência e dinheiro, mas muita criatividade. Uma verdadeira aula de truques que podem ser usados para fazerem o filme funcionar. A magia do cinema.

Mesmo simples, o roteiro é um tanto atrapalhado. Alguns personagens são parentes, outros namoram, mas o filme nunca se preocupa em estabelecer com o espectador algum tipo de conexão emocional. Raimi não parece interessado nisso. Desde o início, fica claro que a intenção do diretor é proporcionar uma experiência visceral, alucinante e escatológica. E acreditem, não é papo de quem é fã incondicional da obra, mas entendendo esta proposta, o filme tem total capacidade de envolver o espectador por completo.

Raimi convidou a montadora Edna Paul para editar o longa. Seu assistente na época era um tal de Joel Coen, que ficou responsável por fazer algumas montagens mais ágeis, como closes em objetos, trazendo dinamismo, energia e um estilo inconfundível para o filme. Após ter sido exibido em um festival, o mestre do terror Stephen King declarou que adorou o filme e ajudou a conseguir distribuição para ele. A Morte do Demônio arrecadou $2,4 milhões de dólares apenas nos EUA, e alçou o jovem diretor rumo ao estrelato.

O personagem Ash, interpretado por Bruce Campbell, se tornaria um dos grandes ícones de sua época, e posteriormente participaria de crossovers em diversas mídias, como videogames e HQs. Atualmente, Campbell está de volta com o personagem na série Ash vs Evil Dead. A Morte do Demônio teve uma continuação/remake em 1987 e encerrou sua trilogia em 1992, se passando na Idade Média. Graças ao uso de efeitos especiais práticos “baratos” – ou seja, criados no set – e sua estética que foi sendo considerada cada vez mais de filme “B” com o passar do tempo, a franquia passou a se levar menos a sério e apostar mais no humor.

Embora hoje o filme pareça muito mais cômico do que assustador, se tornando um dos ícones do cinema trash de terror, mesmo após quase 40 anos é inegável que há uma genuína atmosfera macabra emanando de A Morte do Demônio. Prova disso, é sua brava resistência ao teste do tempo e o status cult que alcançou. Um clássico imprescindível a qualquer fã do gênero, especialmente, em época de Halloween.

Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio (Evil Dead, EUA – 1981)

Direção: Sam Raimi
Roteiro: Sam Raimi
Elenco: Bruce Campbell, Ellen Sandweiss, Richard DeManincor
Gênero: Terror
Duração: 85 min

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Redação Bastidores

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