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Blade Runner 2049 | Filme originalmente seria um épico de quatro horas de duração

Blade Runner 2049 dificilmente chegará à marca de 100 milhões de dólares em sua bilheteria doméstica, mas tem grandes chances de se tornar um clássico cult graças à incrível aceitação da crítica e dos fãs. Uma das razões pelo fracasso de arrecadação é a sua duração: o longa-metragem é um dos maiores blockbusters da recente memória, com 163 minutos de transmissão, e só pode ser passado em uma quantidade limitada por dia. Entretanto, essa duração não é nada comparada ao primeiro corte do filme que o editor Joe Walker havia feito.

Em entrevista ao Provideo Coaliton, Walker revelou que o primeiro corte de 2049 chegou às quatro horas de running time. Essa versão tornou-se tão longa que ele decidiu dividir o filme em duas partes – ele e o diretor Denis Villeneuve, cuja ideia para distribuição seria separá-los com subtítulos diferentes.

“Essa divisão revelaria algo diferente sobre a história – e seria em duas partes. Teríamos K descobrindo seu passado e quase ‘perdendo sua virgindade’. Na manhã seguinte, teríamos outra história, sobre seu encontro com o criador e seu sacrifício – ‘morrer é a coisa mais humana que fazemos’. Estranhamente, as duas metades começariam com um frame de um olho se abrindo. Há um olho gigantesco se abrindo no começo do filme, e o segundo é quando Mariette acorda e vasculha pelo apartamento de K”, Walker declarou. “Brincamos sobre como daríamos títulos diferentes, mas logo deixamos essa ideia de lado e resolvemos deixar o filme bem menor”.

Desde o primeiro corte, o qual provou-se obviamente muito longo para o lançamento nos cinemas, grande parte do processo de montagem se deu com as decisões de Walker e Villeneuve sobre o que tirar e o que manter para manter o ritmo narrativo do jeito que queriam. O plot se move “peça a peça”, como o próprio montador o descreve, o que torna esse processo mais complicado, visto que “remover qualquer parte substancial faz o edifício ruir”.

2049 é a sequência do filme de 1982 dirigido por Ridley ScottBlade Runner – O Caçador de Androides. A história traz Ryan Gosling como o agente especial K e Harrison Ford reprisando seu papel como o ex-blade runner Rick Deckard, trinta anos depois dos eventos originais. O longa está atualmente em cartaz em diversos cinemas brasileiros.

Confira nossa crítica aqui.

 

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Publicado por Thiago Nolla

Thiago Nolla faz um pouco de tudo: é ator, escritor, dançarino e faz audiovisual por ter uma paixão indescritível pela arte. É um inveterado fã de contos de fadas e histórias de suspense e tem como maiores inspirações a estética expressionista de Fritz Lang e a narrativa dinâmica de Aaron Sorkin. Um de seus maiores sonhos é interpretar o Gênio da Lâmpada de Aladdin no musical da Broadway.

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