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Crítica | Em Um Bairro de Nova York - Vivendo um Sonho

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•20 de junho de 2021•7 Minutes

Criado pelo compositor Lin-Manuel Miranda, In the Heights, logo se tornou um grande sucesso na Broadway, e logo lançou seu segundo espetáculo igualmente vencedor, que foi Hamilton. É natural que uma produção tão interessante como In The Heights logo ganhasse as telonas, algo que demorou para acontecer devido a problemas para o produzir, mas que agora é lançado com o nome no Brasil de Em Um Bairro de Nova York.

O longa, como o próprio nome já diz, tem sua trama apresentada a partir de um bairro de Nova York, no caso Washington Heights, e é interessante ver como a proposta de criar um musical com base em uma região com tanta história acaba se desenvolvendo. O diretor escolhido para tocar essa proposta foi Jon M. Chu (Podres de Ricos) que consegue obter um resultado agradável em relação ao que se quer apresentar.

Para que o longa ganhasse um ritmo e um desenvolvimento que não o fizesse se tornar chato, houve um trabalho por parte do roteiro em criar subtramas que foram preenchidas com a história de diversos personagens, fazendo assim com que não apenas o protagonista, que é interpretado por Anthony Ramos, tivesse força para segurar a narrativa, mas tbm que o elenco secundário tivesse força para isso. É um artifício que dá certo, pois os vários personagens mostrados são explorados à fundo com base nas músicas cantadas.

Homenagem e Sonhos

In the Heights (nome em inglês) já de início estabelece qual será a premissa a ser seguida pelo roteiro ao falar sobre o significado de Sueñito, ou do sonho particular do protagonista em voltar para sua terra natal, a República Dominicana. Isso é algo que o roteiro acaba seguindo por toda a trama, o sonho dos vários personagens que vão surgindo, cada um sonhando com algo específico, como o green card, com o amor não correspondido e até mesmo o de ficar milionário. Portanto, o roteiro todo é tocado sob a ideia do sonho, mas também há espaço para falar de outros temas, até por isso a produção é tão longa.

Pode-se interpretar a ideia de se fazer um filme com personagens que vivem em um mesmo bairro como uma homenagem também, não à cidade de Nova York, mas nas várias pessoas que vivem em Washington Heights, com suas culturas variadas e originárias de vários países latinos. Isso fica bem claro em algumas canções, como Carnaval Del Barrio. É uma ideia interessante essa de criar uma narrativa focando nos sonhos que os imigrantes tem quando vão para os EUA, isso sem esquecer suas raízes e o sonho de também poder retornar algum dia para seu país de origem.

O roteiro também foca no romance dos intérpretes, cada um apaixonado a sua maneira, alguns são correspondidos outros nem tanto. Algumas das canções são feitas para falar sobre o amor e essa escolha foi feita para retratar os romances e para não deixar o longa cansativo ou sem um arco principal a ser desenvolvido pela história. Funciona em alguns momentos, mas depois de um tempo se torna cansativo o amor entre Usnavi (Anthony Ramos) e Vanessa (Melissa Barrera)

Usnavi e Vanessa tem a química perfeita como casal e funcionam como um par apaixonado. O casal tem carisma, muito se deve a ótima interpretação de Anthony e Melissa, dois atores que até então não tiveram a chance de mostrar seus talentos musicais. Quando é pedido os dois estão lá para segurar a ponta, até porque os personagens secundários não tem tanta força para fazer o público interagir.

Musical de Primeira

O ponto alto de Em Um Bairro de Nova York está nos ótimos números musicais e nas canções, como Paciencia Y Fe, 96,000 e principalmente In The Heights. Tudo é muito bem coreografado e impressionam de tão perfeita sincronia que é vista entre as danças.

O longa sofre de alguns problemas estruturais, como a sua falta de ritmo, o que é estranho já que é um musical e o ritmo deveria ser seu principal atrativo. A falta de ritmo pode ser sentida justamente quando alguma canção termina e entram os diálogos de algum personagem para falar sobre sonhos ou amores. Na realidade, a trama é chata, esse é o principal problema da produção, não é um filme que provavelmente será visto mais de uma vez por alguém que não curta o gênero.

Em Um Bairro de Nova York funciona em alguns momentos e em outros soa como um disco arranhado, mas não é um filme ruim, pelo contrário, ele é muito bem dirigido, coreografado e com um elenco que segura as pontas. Mesmo sendo cansativo há um trabalho para criar uma narrativa atraente e que segure o espectador, e Lin-Manuel Miranda tem grande papel nisso, já que o compositor é ótimo em criar tramas fortes e com grande potencial.

Em Um Bairro de Nova York (In the Heights, EUA – 2021)

Direção: Jon M. Chu
Roteiro: Quiara Alegría Hudes, Lin-Manuel Miranda
Elenco: Anthony Ramos, Melissa Barrera, Leslie Grace, Corey Hawkins, Olga Merediz, Jimmy Smits, Gregory Diaz IV, Daphne Rubin-Vega, Stephanie Beatriz
Gênero: Drama, Musical
Duração: 143 min.

Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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