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Crítica | Instinto Selvagem

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•20 de março de 2017•6 Minutes

Após os créditos iniciais de Instinto Selvagem, vemos um casal fazendo sexo. Ele está com os braços amarrados e a sua companheira – uma loira de corpo escultural – está por cima, se preparando para o orgasmo. Durante o movimento, ela pega um picador de gelo e o mata a punhaladas. A cena descrita acima serve para mostrar o espectador como será o filme. O diretor Paul Verhoeven, não está a fim de criar uma história de mistério, mas sim um jogo de manipulação em que a principal arma é a luxúria.

O mistério é bem simples: após o assassinado citado acima, o detetive Nick Curran (Michael Douglas) fica responsável pelo caso. A vítima era um músico de rock aposentado que estava tendo relações sexuais com Catherine Tramell (Sharon Stone), uma escritora de suspenses. Catherine se torna a principal suspeita após descobrirem que em um dos seus livros ocorre um assassinato que é descrito da mesma maneira, com um homem sendo morto por uma mulher com um picador de gelo. Mesmo sem provas concretas, Nick começa a se envolver com a suspeita e entra em um jogo muito perigoso.

O primeiro ponto que deve ser comentado sobre o roteiro– assinado por Joe Eszterhas (Showgirls) – é que o mistério em si é bobo. Ele é óbvio, e o filme tenta enganar em certos momentos e quando o faz vai deixando vários furos na trama. Isso quando não tenta forçar relações entre os personagens para chegar a resolução do mistério. Mas como disse no primeiro parágrafo, o que vale no longa é o jogo de caça e caçador entre Nick e Catherine. Na verdade, não se sabe quais são os papéis.

Não se sabe se ele ou ela está no controle da situação. Quanto mais se desenvolve, mais fica a impressão que ela manipula não apenas o detetive, mas todos com quem interafe por conta de sua beleza. Não é apenas a personagem que é bem escrita, mas é por conta da ótima atuação de Sharon Stone que cria uma pessoa que é quente em certos momentos e fria em outros. Isso faz que o espectador tema as ações de Catherine, por ela ser imprevisível. Até quando se mostra amorosa com Nick, percebe-se que tem algo por trás.

Aliás, o quente e o frio são os grandes contrastes do longa. Se perceber as maiorias das cores que aparecem durante o longa são branco, azul e laranja. Se perceber a maioria dos cenários há essas três cores no mesmo lugar. Uma cor quente (laranja), fria (azul) e uma que pode ir para qualquer lado (branco). É mais uma brincadeira de Verhoeven para provocar o público. Todas as cenas do longa são muito provocantes, soando como se o diretor quisesse que o expectador fosse parte do jogo. As cenas de sexo e nudez são explicitas, mas não são gratuitas. Se notarem, nenhum sexo do filme é movido por amor. Mas por luxúria, quase como se o instinto básico (daí o nome original do longa) do ser humano. Todos os elementos em cena só provocam o espectador, o ápice é a famosa cruzada de pernas de Sharon Stone. Que é a cena que mostra o poder de sedução da personagem, pois após a cruzada ele corta para as reações dos homens na sala que estão enlouquecidos com a beleza daquela mulher.

Outro fator que aumenta o suspense do filme é a excelente trilha sonora de Jerry Goldsmith que cria uma atmosfera em que todos os elementos são perigosos. A melhor parte é que se trata de uma trilha contida que não chama a atenção para si mesma e só acelera nas cenas de perseguição, aumentando a tensão. O jeito que ela está sincronizada com o que está em tela também ajuda a construir o suspense. É mais um trabalho primoroso de um grande músico como Goldsmith.

Instinto Selvagem não foi reconhecido na época como um grande filme. Se deve a violência e sexo, que se tornaram marcas da obra de Paul Verhoeven. Pra que gosta de um bom suspense, juro que não vai se decepcionar. Deixe que a possível psicopatia e a sexualidade de Catherine Tramel te leve para um mundo movido pela luxúria.

Instinto Selvagem (Basic Instinct, EUA – 1992)
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Joe Eszterhas
Elenco: Sharon Stone, Michael Douglas, George Dzunda
Gênero: Drama, Suspense
Duração: 127 minutos.

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Redação Bastidores

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