Um final de semana só com clássicos no Netflix! Comece com ação e o peso das atuações de dois gigantes do cinema americano; revisite ou conheça o filme que influencia até hoje comédias românticas e sitcoms; e termine com um sensível drama europeu.
Sexta-feira: Fogo Contra Fogo
Que tal começar o final de semana vendo ou revendo aquele que é provavelmente o melhor filme policial de todos os tempos? Exagero? Qual outra produção poderia ter se dado ao luxo de reunir Al Pacino e Robert De Niro no auge da forma e da carreira, em dois papéis antagônicos e excepcionalmente construídos? A premissa é simples: Pacino é “mocinho”, De Niro é “vilão”. Ambos são homens contraditórios e obstinados: o primeiro quer prender o segundo. O segundo quer uma nova vida. O espetáculo é tão bem filmado, a encenação é tão poética, que o filme mereceu tributo até de Christopher Nolan. Nolan acha Michael Mann um mestre do cinema. Um crítico brasileiro bem famoso certa vez disse que Mann “não sabia filmar”. Confira quem é que está com a razão.
Sábado: Bonequinha de Luxo
Você nunca viu este filme? Está falando sério? Esta é uma encantadora comédia de costumes baseada na obra do prestigiado escritor Truman Capote. Audrey Hepburn interpreta uma garota sonhadora de passado misterioso que se envolve com um vizinho. Tudo no filme é delicado, elegante, mas ao mesmo tempo há uma doce melancolia que costura a trama do início ao fim. Se um alienígena pousasse na Terra e quisesse entender o que significa a expressão “magia do cinema”, talvez bastasse mostrar a ele a cena em que Hepburn canta “Moon River” na varanda de seu apartamento. Ele iria entender imediatamente.
Domingo: Paris, Texas
Houve uma época em que Wim Wenders era considerado um cineasta no nível dos maiores diretores europeus da história. Esse entusiasmo passou com o tempo, mas alguns bons filmes de Wenders conservam seu encanto. Este drama familiar é um deles e apresenta aquele “olhar estrangeiro” sobre a América que tantas vezes tem sido visto como “novidade” em produções mais recentes. Este título é para quem realmente curte o jeito mais europeu de filmar e editar: é um pouco lento, um pouco alongado, a trama é aberta demais, mas a poesia está ali – basta abrir os olhos e enxergar.