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Lista | Filmes para conhecer Peter Bogdanovich

Cineasta, comediante, jornalista, crítico, um puro apaixonado por cinema, Peter Bogdanovich, se não tão conhecido quanto seus contemporâneos Martin Scorsese, Steven Spielberg, Brian De Palma e Francis Ford Coppola que reformularam o cinema moderno americano, será para sempre lembrado pela sua paixão incandescente por cinema.

Um entusiasta completo que dissertou sobre o cinema clássico com um conhecimento que poucos compartilham, traduziu isso em forma de expressão cinematográfica quando se aventurou na cadeira de direção e se tornou um dos melhores no ramo. E mesmo tendo arrecadado sucessos e criado clássicos por debaixo de sua assinatura, com sua marca classicista pura em essência, seus momentos memoráveis se estenderam na forma como que fez declarações à grandeza de diretores como John Ford, Howard Hawks, Orson Welles entre outros, que ele revelou a grandeza e importância à história do cinema, e o mesmo se tornando um pedaço fundamental do mesmo!

E para conhecer, relembrar e homenagear tamanho pedaço da história que ele incorporou, eis aqui alguns de seus melhores trabalhos que merecem ser vistos pelo menos uma vez na vida à todos os apaixonados pela arte que Bogdanovich tanto se dedicou de corpo e alma. Sua falta será muito sentida mestre, e sua paixão pelo cinema para sempre contagiante!

Um Amor a Cada Esquina (2014)

De forma simples e direta, não se fazem mais filmes assim, pois também não há público para isso. Bogdanovich apenas deu a cara ao tapa com o coração em mãos e fez o filme que quis e com sua paixão e respeito clássico incansável ainda presente na forma com que ele reformula um genero já tão batido como a comédia romântica, de maneira fresca e saudosista. Uma comédia de costumes com um charme rebelde, uma aura que não se prende a uma chata realidade, que se mostra iventiva e criativa em suas formas tão carismáticas, doces e românticas e que te atrái com um charme incansável. Um filme que precisa de uma segunda chance!

Lua de Papel (1973)

Ryan O’Neal e sua filha Tatum O’Neal interpretam também pai e filha numa viagem incansável pela América pós-depressão, parando de lugar em lugar aplicando pequenos golpes como sua forma de sustento, se envolvendo em situações de risco tensas e outras apenas absurdamente  hilárias. Um não suporta o outro, e você nem por um momento quer sequer imaginar vê-los separados. Um road-movie dos mais belos e tocantes sem se afundar em moralismos ou pieguices, na verdade muitas vezes ácido e áspero como a paisagem que os cerca, mas conservados por uma beleza tocante e irretocável, apenas se mantendo ancorado por performances tão verdadeiras e genuínas. Apenas um dos filmes mais maravilhosos que você vai ver vagando por aí!

Essa Pequena é uma Parada (1972)

De Duck Jones à Howard Hawks, as referências são latentes em seu humor descomedido em caos orquestrado, e comédias screwballs não ficam melhor que isso! Mesmo que não atraia os risos esperados, é  um filme que conquista pela sua imensa ingenuindade apaixonada pelo que está sendo realizado na tela e o quão cativante os atores se mostram em uma cinergia absolutamente perfeita, e com uma Barbra Streisand em seu ápice em todos os sentidos de seu talento. Do tempo em que comédias eram obras-primas imortalizadas do cinema!

Na Mira da Morte (1968)

Do horror de monstros em castelos fantasmagóricos, à assassinos matando pessoas à sangue frio em plena luz do dia, a era dos estresses pós-traumáticos vindos do Vietnã, e um diretor novato e faminto por cinema realiza um exercício de linguagem, suja em seu visual, afiada e inspirada em sua narrativa, encarando a violência através da lente cinematográfica de forma crua e vil, e surpreendentemente hilário na mesma medida insana. De bônus entregando um Boris Karloff SOBERBO roubando cenas como essa entidade do cinema antigo encarando de frente o cinema novo, marcando a transição da velha Hollywood de braços abertos e transgressores para uma era de liberdades criativas insanas, e Bogdanovich foi parte dessa insanidade em bela forma já imediatamente representada em sua primeira obra-prima aqui!

A Última Sessão de Cinema (1971)

A adolescência interminável da alma ainda presa a algum lugar, à memórias que trazem um respingo de felicidade, à feridas jamais curadas, as traições que para sempre marcarão o coração; uma retratação quase documental da vida de cidade pequena em todo seu marasmo banal quase poético; o escape da dor e da ausência de algo através do próprio cinema; A Última Sessão de Cinema é de tudo um pouco na verdade, uma possível autobiografia, uma reflexão da vida, um pedacinho da americana dos anos 50 que o mundo se esqueceu de mostrar, uma obra-prima completa!

Directed by John Ford (1971)

Feito como uma carta de amor das mais completas em uma homenagem ponderada e absoluta sobre a figura em questão, como também uma aula para que nunca se interessou muito sobre o mesmo e aqueles que desejam em conhecer. Apenas um dos vários trabalhos, tanto no cinema quanto literários, que Bogdanovich realizou expressando seu conhecimento sobre as figuras que o inspiraram e que devem ser conhecidos por todos os entusiastas por cinema, tal como ele foi!

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Publicado por Raphael Klopper

Estudante de Jornalismo e amante de filmes desde o berço, que evoluiu ao longo dos anos para ser também um possível nerd amante de quadrinhos, games, livros, de todos os gêneros e tipos possíveis. E devido a isso, não tem um gosto particular, apenas busca apreciar todas as grandes qualidades que as obras que tanto admira.

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