Os bastidores da produção cinematográfica têm evoluído consideravelmente com o tempo, e a digitalização desempenhou um papel significativo nessa transformação. No entanto, para alguns veteranos da atuação, como Patrick Stewart, a transição para métodos mais modernos, especialmente em filmes de grande orçamento como “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura“, não é isenta de desafios e decepções.
Em uma entrevista com o jornalista Josh Horowitz, o renomado ator inglês compartilhou suas experiências recentes no set. Stewart, conhecido por seu papel como Professor Xavier, revelou que a cena em que seu personagem morre foi filmada de maneira peculiar. Cada ator participou das filmagens de suas participações especiais individualmente, em frente a uma tela azul, para depois serem digitalmente reunidos na versão final exibida nas telonas.
“Eu estava sozinho. Acredito que todos os atores daquela grande cena tiveram a mesma experiência, de gravarem tudo sozinhos. Foi frustrante e decepcionante, mas é assim que tem sido. Os últimos anos foram desafiadores”, desabafou Stewart.
A prática de filmar cenas separadamente e posteriormente combiná-las digitalmente não é exclusiva de “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” e reflete uma tendência crescente no cinema moderno. A dependência da computação gráfica se estende mesmo a interações simples entre personagens.
Não é a primeira vez que atores veteranos expressam descontentamento com esse método. Ian McKellen, amigo próximo de Stewart e seu colega nos filmes dos X-Men, já havia compartilhado experiências similares ao atuar sozinho nas produções de “O Hobbit”.
Apesar dos desafios, não parece haver indícios de que grandes estúdios, incluindo a Marvel Studios, estejam dispostos a abandonar práticas digitais tão cedo. Para aqueles interessados em conferir o resultado final, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” está disponível no catálogo do Disney+.