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Pesquisa inédita da Abragames revela que Brasil tem mais de mil estúdios de desenvolvimento de games na atualidade

Quem é gamer sabe que o mercado brasileiro se destaca muito nas vendas de jogos diversos, mas agora parece que a ávidez dos consumidores também inspirou muita gente a empreender no desenvolvimento de jogos.

Segundo a Pesquina Nacional da Indústria de Games, na primeira edição realizada pela Abragames (Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais), nos últimos quatro anos o Brasil passou de 375 estúdios de desenvolvimento de games para 1.009, um aumento de 169% que reflete o excelente momento do setor no país.

Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira, em painel promovido pela Abragames no BIG Festival, maior festival de games, criação, networking, e negócios da América Latina, que acontece esta semana no São Paulo Expo, em São Paulo.

“O estudo traz um mapeamento inédito da indústria brasileira de desenvolvimento de games e apresenta dados que colocam o país como um importante hub do setor na América Latina, além de um celeiro de talentos para o mercado global de jogos eletrônicos”, diz Rodrigo Terra, presidente da Abragames.

“O aumento significativo na quantidade de estúdios, de 2018 para 2022, tem muito a ver com o amadurecimento da nossa indústria e hoje temos quase 20% dessas empresas em atividade por um período entre 10 e 15 anos”, completou.

Metodologia da pesquisa

Um outro dado muito interessante da Pesquisa Nacional da Indústria de Games que chama a atenção é a distribuição geográfica dos estúdios por todo o Brasil.

Apesar do ambiente de produção cada vez mais digitalizado e da presença de estúdios em todos as regiões do país, o Sudeste ainda concentra mais da metade dos desenvolvedores (57%), seguido do Sul (21%), Nordeste (14%), Centro-Oeste (6%) e Norte (3%).

“Temos um cenário cada vez maior e mais rico no Brasil, e o levantamento nos ajuda a compreender quem são esses estúdios, onde estão, o que estão fazendo e o que precisam para se desenvolver. Portanto, é mais uma ferramenta para que a Abragames possa apoiá-los da melhor forma possível a fim de gerar desenvolvimento como empresas, negócios e cases de sucesso”, explica Eliana Russi, diretora da Abragames.

Fora isso, a pesquisa também revela quais países que mais consumem o conteúdo criado nas nossas terras: Estados Unidos e América Latina, que, respectivamente, fizeram negócios com 55% e 53% dos estúdios brasileiros. Em seguida estão Europa Ocidental (49%), Canadá (49%), países de língua portuguesa (41%), Japão (37%) e China (24%).

Para criarem os games, os desenvolvedores nacionais usam diverses motores gráficos para trabalhar. Os dados incluem 83% da amostragem utiliza o motor gráfico Unity em seus projetos. Em segundo lugar, aparece a utilização da Unreal Engine, da Epic Games, com 23%, seguida de Blender Engine (13%), Construct (11%) e Game Market (7%).

Por fim, a pesquisa também traz os dados dos tipos de jogos que desenvolvemos por aqui.

Entre os respondentes, destacaram-se: jogos de entretenimento (76%), jogos educacionais (12%), advergames (6%), treinamento corporativo (4%) e simuladores com uso de hardware específico (1%).

Já as plataformas visadas para reproduzirem os games são os dispositivos mobile (38%), seguido dos PCs (20%), consoles (17%), web (13%), realidade virtual/ realidade aumentada (9%) e redes sociais (0,4%).

Games brasileiros começam a ganhar cada vez mais espaço no Brasil e no mundo. Recentemente, Fobia: Saint Difna Hotel lançou em diversas plataformas e conquistou altas avaliações na imprensa especializada.

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Publicado por Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

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