Daniel Tanan
O uso da Inteligência Artificial tem se tornado cada vez mais comum nos últimos anos, especialmente quando se trata de moldar rostos e vozes por meio dessa tecnologia. Nesse contexto, o renomado ator Tom Hanks compartilhou suas opiniões sobre as possibilidades e consequências desse avanço.
Durante uma conversa no podcast The Adam Buxton, Hanks comentou que a Inteligência Artificial poderá permitir que atores e atrizes sejam “congelados no tempo”, independentemente de suas idades.
Ele afirmou:
“Nós vimos isso chegando. Sabíamos que haveria essa capacidade de pegar os zeros e uns de dentro de um computador e transformá-los em um rosto e um personagem. Isso cresceu exponencialmente desde então […] Agora, uma possibilidade real é que, se eu quiser, posso lançar uma série de sete filmes nos quais eu tenho 32 anos a partir de agora até o infinito. Qualquer um pode se recriar em qualquer idade por meio da IA ou da tecnologia deep fake. Eu posso ser atropelado por um ônibus amanhã e seria o fim, mas as atuações podem continuar.”
No entanto, o ator reconhece que o uso da Inteligência Artificial também traz desafios artísticos e legais, especialmente quando se trata da exploração da identidade dos artistas, até mesmo em filmes em que eles podem não ter escolhido participar.
“Posso dizer que discussões estão acontecendo em todos os sindicatos, agências e escritórios de advocacia para chegar às implicações legais do meu rosto, minha voz e de todos os outros como nossa propriedade intelectual […] Sem dúvida, as pessoas poderão dizer [que é IA], mas a questão é se elas se importarão.”
Os trabalhos mais recentes de Tom Hanks incluem os filmes “Asteroid City”, “Elvis”, “O Pior Vizinho do Mundo” e “Pinóquio”. O ator traz uma perspectiva intrigante sobre o futuro da tecnologia no cinema e as implicações que isso pode ter para os artistas e para a própria arte.
