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5 Motivos Para Assistir A Vigilante do Amanhã – Ghost in the Shell

A equipe do Bastidores esteve hoje, dia 9 de Março, no evento promovido pela Paramount Studios, em São Paulo, que apresentou para a imprensa os primeiros 15 minutos do filme A Vigilante do Amanhã-Ghost in the Shell, adaptação hollywoodiana do anime de 1995 dirigido por Rupert Sanders (Branca de Neve e o Caçador).

Entre incríveis cenas de ação e uma promissora história de origem, destacamos as 5 coisas mais impressionantes que pudemos ver nesses breves minutos do novo filme:

1 – A origem de Motoko Kusanagi

O filme tem a missão de contar a origem de Motoko Kusanagi, a protagonista do filme interpretada por Scarlet Johansson. A primeira cena apresentada na sessão mostrava a construção do corpo da ciborgue (ou uma humana ciberneticamente melhorada com próteses sintéticas). Ao contrário do original, Motoko é apresentada como uma humana vítima de um ataque terrorista. Gravemente ferida, seu cérebro é transferido a um corpo artificial, em uma sequência incrivelmente detalhada em computação gráfica que detalha cada fase da construção de seu novo corpo, do esqueleto metálico até o molde feito de uma resina branca. O nível de detalhes em CG é minucioso  e impressiona.

A construção do corpo de Motoko é feita de forma bela e quase melancólica, enaltecida pela trilha do compositor Clint Mansell (Pi, Réquiem para um Sonho, Cisne Negro). Uma cena que acaba lembrando a abertura de Westworld e seus androides sintéticos.

Aqui temos também um pouco de contexto do motivo de Motoko ingressar na Section 9, o órgão de inteligência encarregado de operações especiais. Após a cirurgia, a líder da pesquisa de aperfeiçoamento robótico, interpretada pela francesa Juliette Binoche, discute com um agente do governo sobre o uso da ciborgue para usos militares. O agente explica que Motoko será extremamente importante como uma arma para o combate ao crime do departamento de inteligência devido a suas capacidades amplificadas pela cirurgia.

2 – Não é apenas uma réplica do original

Pelo primeiro item já dá pra ter uma noção, mas em todas as cenas mostradas cada vez mais fica a impressão que o filme irá conter elementos e sequências visuais tiradas da animação colocados em contextos diferentes do original. Uma das partes mais impressionantes e evidentes desse elemento fica para a cena da missão de resgate do chefe da Henka Robotics, a desenvolvedora de robôs com Inteligência Artificial.

Em contato com o chefe da Section 9, Daisuke Aramaki (interpretado pelo icônico ator e diretor japonês Takeshi Kitano), Motoko aguarda o comando de agir do topo do edifício, enquanto Batou e o resto da equipe esperam dentro de veículos na rua ao lado. Quando os terroristas avançam no hall de entrada, sacando metralhadoras de suas malas, Motoko ignora a ordem de espera de Daisuke e parte para resgatar o líder da empresa.

Com seu traje de camuflagem ativado e disparando balas que estilhaçam a janela do local, Motoko troca tiros com os terroristas em uma sequência com muito slow motion e movimentos acrobáticos a lá Matrix, que impressionam pelos efeitos 3D. Ela atira em umas das robôs gueixas que estava usando o presidente para adquirir dados da empresa, sobrando apenas a mensagem de que Motoko não deve confiar na Hanka Robotics e que sua vida está em jogo. Claramente abalada pelo recado, ela sai do local transtornada e ignora Batou (que aliás não apresenta os icônicos olhos robóticos do filme original, mas que em cenas futuras aparece com eles. Provavelmente uma dica de seu arco como personagem no filme e a equipe de resgate, se questionando sobre sua origem e papel como ciborgue.

3 – O (visualmente) incrível mundo de Ghost in the Shell

Na sequência do ataque terrorista também temos um vislumbre da cidade futurista do filme, em um plano sequência em que a câmera sobrevoa a cidade. Dá para notar a ênfase da produção em dar uma identidade visual única para a película, com elementos enraizados no cyberpunk. A cidade, com propagandas e outdoors holográficos, destacam algumas características da sociedade no ano de 2029. Algumas delas mostram as vantagens de se ter próteses robóticas, que amplificam a capacidade do ser humano e oferecem vantagens no dia a dia.

O trabalho de Jess Hall, o diretor de fotografia do filme, em dar uma identidade visual para o universo do filme é evidente quando se vê a vista da cidade. Viva, pulsante, e ao mesmo tempo familiar. Com os arranha-céus de uma cidade moderna, a impressão de como o futuro visto no filme pode não estar tão longe de nós é palpável. Um local onde a tecnologia supera o homem.

Outro elemento visual incrível fica logo depois dessa cena, onde as gueixas robóticas aparecem. Criado pela Weta Digital, os robôs foram desenvolvidos misturando efeitos práticos com CG. Em um determinado momento, uma das gueixas pega de refém o líder da Hanka Robotics e se desvencilha dos tiros no local usando os braços e pernas para se movimentar pela sala e subir nas paredes. As belas gueixas se transformam em criaturas parecidas com aranhas cibernéticas, algo fascinante e ao mesmo tempo ameaçador.

4 – Uma nova franquia

Apesar da polêmica acerca do título criado em português, há uma boa justificativa para a Paramount ter posto “A Vigilante do Amanhã” à frente do nome original.

De acordo com Cesar Silva, diretor da Paramount Brasil, a ideia é introduzir o público a uma nova franquia. “A Vigilante do Amanhã” é mais palatável para o público nacional, que pouco reconhece a obra original. Além da diferença de idade (o original é de 1995), é uma franquia menos conhecida em comparação com outras adaptações cinematográficas de títulos já bem estabelecidos no mercado, como Warcraft e Assassin’s Creed, que mantiveram o título original quando chegaram aqui devido ao sucesso dos games de origem.

Há uma preocupação em demonstrar que Motoko será o carro-chefe desta nova franquia. A intenção é que, caso o filme tenha o sucesso esperado, sequências sejam produzidas explorando ainda mais Motoko e o universo de Ghost in the Shell.

5 – E a história, promete?

Com um visual fascinante e uma história que promete agradar tanto os fãs da animação original como introduzir o universo da Vigilante do Amanhã para um novo público, as questões que ficaram após os minutos apresentados é se o filme terá tempo para passar a mesma mensagem de existencialismo e dualismo entre corpo e alma que a obra original tratava.

Há algumas dicas de que isso ocorrerá no filme, como o diálogo de Batou e Motoko após a cena do ataque terrorista, ficando claro que há conflito de identidade e existencialismo por parte de Motoko. Em uma sociedade onde aperfeiçoamento robótico é uma questão recorrente, seria muito interessante se o filme não deixasse de lado a “alma” da obra original e explorasse os temas tão fascinantes do mangá e filme original, não se tornando apenas uma adaptação visualmente fascinante.

A Vigilante do Amanhã – Ghost in the Shell tem data de lançamento marcada para o dia 30 de Março nos cinemas brasileiros.

Redação Bastidores

Publicado por Redação Bastidores

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