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Crítica | Imperdoável - Reencontrando o Passado

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•9 de fevereiro de 2022•5 Minutes

Quando Sandra Bullock surgiu para o estrelato e fez sucesso nos cinemas nos anos 90, trabalhando em clássicos como O Demolidor (1993) e Velocidade Máxima (1994), ficou claro que Hollywood ganhava uma atriz que poderia transitar entre vários gêneros, indo da ação à comédia, com habilidade de se destacar em papéis dramáticos, como pode ser vista em Imperdoável.

No longa da Netflix, Bullock interpreta Ruth Slater, uma mulher que sai da prisão após cumprir sentença por cometer um crime violento e tenta retornar sua vida em sociedade. Porém, questões envolvendo o seu passado começam a lhe perseguir, isso, além dela buscar reencontrar sua irmã mais nova que acabou sendo adotada quando criança depois que Ruth foi presa.

Obviamente que por se tratar de um filme carregado de teor dramático fica nítido que o roteiro em alguns momentos força a mão para que o espectador chore ou se emocione, e nisso o trio de roteiristas conseguiu transformar Imperdoável em uma produção que lembra uma novela mexicana ou algo parecido. Não que isso seja algo ruim, é mais uma questão de escolha do caminho trilhado da jornada que a protagonista irá percorrer e que irá fazer o público acompanhar a decidir se gosta ou não do que está vendo.

O grande problema do roteiro é que ele utiliza de uma carga dramática exagerada na narrativa. Há alguns momentos que não precisava dessa dose novelesca no roteiro que foi empregada, até porque algumas cenas por si só já se revelavam dramáticas, mas  mesmo assim a diretora Nora Fingscheidt acabou por utilizar desse artificio.

Os roteiristas alcançaram esse objetivo dramático de emocionar o público utilizando elementos clássicos da narrativa, como, por exemplo, o que ocorreu no passado da personagem que fez de Ruth uma criminosa, que vem com um plot até que bem encaixado no ato final, além da busca pelo reencontro com sua irmã que prende a atenção do espectador e que dura grande parte do longa. Consequentemente a essas questões secundárias que vão se desenrolando enquanto a trama vai se desenvolvendo, ocorrem as várias tentativas de se reconciliar com a sociedade novamente, uma tarefa que não é nada simples para ninguém que abandona a prisão, e que pode ser ainda pior para uma mulher em muitas circunstâncias.

Nora Fingscheidt é uma diretora fiel aos acontecimentos apresentados na história e se mantém dentro do roteiro. A cineasta já havia dirigido o ótimo Transtorno Explosivo (2019), e sabe como ninguém tratar os traumas particulares dos personagens e suas angústias, muito diferente do que se vê em outras produções do gênero em que as tramas acabam se perdendo no caminho e assim o teor dramático se torna ineficaz durante a trajetória dos personagens. A diretoria mantém o interesse do público na trama principalmente com a busca de Ruth por sua irmã e ao tentar desvendar o seu passado, se Ruth cometeu ou não o crime em seu passado.

Sandra Bullock se sai bem no papel de uma mulher sofrida e que precisa se readaptar à sociedade, personagem diferente do que vem interpretado na carreira ultimamente. A grande questão é que mesmo sendo uma excelente atriz, acabam vindo à tona alguns vícios dramáticos de atuação, como um tom caricato e trejeitos vindos das comédias em que Bullock trabalha, não que isso atrapalhe o andamento da narrativa, mas ficam evidentes em alguns momentos.

Imperdoável é a saga brutal de como o sistema penitenciário pode mudar alguém e como a vida de uma pessoa pode também ser alterada do dia para a noite em questão de minutos. É um drama que poderia ser mais ambicioso, mas que não deixa de ser um trabalho que vai além do que muitos vistos no gênero. É uma produção claramente feita e pensada para atingir a um grupo específico, e que a diretora Nora Fingscheidt acerta no tom utilizado, justamente alcançando o objetivo que queria.

Imperdoável (The Unforgivable, UK, EUA, Alemanha – 2021)

Direção: Nora Fingscheidt
Roteiro: Peter Craig, Hillary Seitz, Courtenay Miles
Elenco: Sandra Bullock, Viola Davis, Vincent D’Onofrio, Jon Bernthal, Richard Thomas, Linda Emond, Aisling Franciosi, Emma Nelson, Will Pullen, Tom Guiry
Gênero: Policial, Drama
Duração: 112 min

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Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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