A A24 tem se estabelecido como um selo de qualidade incontentável. De dramas existenciais emocionantes até peças de gênero mais comerciais, é realmente impressionante o que a produtora/distribuidora americana tem feito na última década, e o terror acabou sendo um de seus pontos mais notáveis ao longo da jornada.

Claramente inspirando-se no impacto do Pânico original de Wes Craven, a cineasta holandesa Halina Rejn tenta fazer de Morte, Morte, Morte o grande slasher da geração Z. Porém, o resultado acaba pendendo mais para o irritante do que o assustador, ou até mesmo o divertido.

Na trama, a jovem Bee (Maria Bakalova), acompanha a namorada Sophie (Amandla Stenberg), em uma reunião de amigos do colégio para verem juntos a passagem de um furacão. Trancafiados dentro de uma luxuosa mansão, o grupo resolve brincar de “Bodies Bodies Bodies”, que consiste basicamente em uma variação macabra do famoso jogo do detetive. Mas a situação fica estranha quando alguns dos amigos realmente começam a morrer.

Por mais que Morte, Morte, Morte apresente uma premissa que geralmente costuma funcionar, a do whodunit, todo o processo é prejudicado por seus personagens. Assumindo um caráter satírico de todos os estereótipos e problemas típicos da geração Z, o longa apresenta um leque de personagens que beira o insuportável, impossibilitando qualquer conexão destes com o público. Mesmo que a reviravolta final seja interessante, a ligação com seus tapados protagonistas é nula.

Confira a análise completa no canal de YouTube do Lucas Filmes.

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