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Análise | Jotun

Em 2015 os jogos indies estavam a todo vapor. Para quem não sabe grandes títulos como Axion Verge, Soma e até mesmo o próprio Undertale estavam saindo do forno para a mãos dos diversos jogadores em busca de novos desafios e histórias para serem apreciadas. Com isso, em setembro, Jotun chegou para entrar no time de elite dos melhores jogos indies de todos os tempos.

Jotun foi lançado em 29 de setembro de 2015 pela desenvolvedora Thunder Lotus Games. Em Jotun nos controlamos a viking Thora, na qual obteve uma morta inglória. Para recuperar sua honra, Thora deve impressionar os deuses vencendo os colossais Jotuns e assim conseguindo seu mérito para subir até Valhalla.

Ao começar a jogar Jotun, podemos notar a vasta rica história presente em cada passo que damos, cada cenário é uma lição da mitologia nórdica, fazendo até mesmo jogadores mais curiosos pesquisarem a respeito dos locais que Thora está. O purgatório no qual é chamado de Ginnungagap, o verdadeiro significado da palavra Jotun e a explicação de Jotunheimen, a criação de Niflheim e Muspelheim e outras informações mais interessantes completam a própria história dos Jotuns e dos motivos de estarem naqueles respectivos ambientes.

Falando um pouco mais dos Jotuns, existem ao todo 6 Jotuns no qual devemos enfrentar, cada um com sua forma de combate e poderes únicos que devem ser analisados para ter um maior sucesso em combate. Talvez essa seja a parte mais empolgante do jogo, já que enfrentar esses gigantescos inimigos se torna uma verdadeira prova de paciência e estratégia para cada um deles. Alguns Jotuns conseguem ser mais rápidos e desafiadores que os outros contendo 3 etapas de combate conforme suas vidas vão diminuindo, assim, obrigando o jogador a saber o momento exato de bater e esquivar dos golpes dos gigantes. Aqui, igual aos clássicos jogos da série Souls, ser mesquinho em seus golpes podem fazer o jogador a perder a batalha e ter que recomeçar uma extensa batalha novamente.

Para chegar até esses colossais inimigos, Thora deve obter as runas de Odin que estão presentes nas respectivas “fases” desses Jotuns. A exploração é um ponto crucial nesse momento do jogo, onde as recompensas fazem Thora ficar mais forte ao decorrer do jogo. Na exploração é possível achar a arvore de Ithunn e as estatuas em homenagem aos deuses, no qual melhora a vida e dão poderes de combate a Thora. Quanto mais o jogador obter esses coletáveis mais fácil será o progresso.

Cada fase consegue surpreender o jogador do início ao fim, a bela arte feita a mão pela produtora é um dos pontos mais incríveis de se observar criando uma obra de arte única em um mundo incrível no qual o jogador viaja. Existem acontecimentos nessas fases, aonde algumas delas requer a interação com certos objetos como se esconder em paredes, utilizar plantas medicinais, ou desvendar puzzles para abrir novas localizações de avanço.

Falando mais da personagem principal, Thora consegue ser totalmente um personagem de peso no jogo, conforme o jogador derrota os Jotuns Thora conta um pouco de sua gloriosa história desde seu nascimento até sua busca a surpreender os deuses e subir para Valhalla. A belíssima língua islandesa faz a narração ser excelente dando um toque perfeito para a personagem principal, as emoções de Thora são bem atrativas graças ao complemento da trilha sonora que consegue expandir melhor seus sentimentos.

E que trilha sonora. Talvez uma das trilhas mais incríveis e bem-feitas que pude escutar em um jogo indie, cada combate com Jotun, cada fase, cada momento de conquista tem uma trilha única perfeita e épica, o artista Max LL conquistou seu pódio graças a obra do jogo. A trilha mais lembrada seja a do Jotun do trovão no qual envolve uma trilha instrumental mais forte e impactante para o combate.

Infelizmente, Jotun é um jogo muito rápido, tendo um tempo médio de 3 horas de jogatina. Mesmo com a opção de BossRush e suas conquistas mais complicadas, o jogo não deve se estender exageradamente por um longo tempo, dando a verdadeira sensação de querer mais e não poder fazer nada a respeito.

Por fim, Jotun é um excelente jogo que deve ser apreciado devagar, sua história, arte, trilha, combate, todos esses detalhes no qual fazem o jogador explorar e explorar se tornam únicos para um game com um tempo tão rápido, mas um carinho e respeito enorme pelos fãs do jogo, e então “preparado para Impressionar os deuses? ”

Jotun

Desenvolvedora: Thunder Lotus Games
Plataforma: PS4, PC, Xbox One, Wii U
Gênero: indie, exploração

Redação Bastidores

Publicado por Redação Bastidores

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