Estúdio de Dying Light acredita no potencial de jogos mais curtos: 'The Beast é assim'
Dying Light: The Beast é o mais recente exemplo de uma tendência emergente na indústria dos games: o desenvolvimento de títulos AA, que preenchem o espaço entre os grandes lançamentos AAA e as experiências mais curtas, muitas vezes com durações de apenas uma hora. Segundo Tymon Smektała, diretor da franquia Dying Light na Techland, essas experiências AA podem representar "o futuro dos jogos".
Em uma entrevista à GamesIndustry, Smektała discutiu a decisão de transformar o DLC de Dying Light 2 em um jogo autônomo, com duração estimada em mais de 18 horas. Ele destacou que The Beast foi projetado para ser "mais compacto" do que um título AAA tradicional. Segundo ele, o jogo pode não ter o mesmo tamanho de um lançamento AAA típico, mas foca em conteúdo mais relevante e significativo. Embora a Techland ainda tenha planos para jogos maiores, como Dying Light 3, The Beast oferece uma alternativa mais condensada e poderosa.
A mudança na percepção dos jogadores
Smektała apontou uma mudança no comportamento dos jogadores, que estão cada vez mais atentos ao número de horas que um jogo oferece. Ele mencionou que, à medida que os jogadores envelhecem e a vida se torna mais ocupada, pode ser difícil encontrar tempo para se comprometer com jogos que exigem entre 50 e 100 horas para serem completados. Como exemplo, ele citou Assassin's Creed Odyssey, um RPG de ação de mundo aberto conhecido por sua extensão. Smektała reconheceu a dificuldade de dedicar tantas horas a um único jogo, especialmente quando a vida real interfere.
Ele destacou que jogos menores, como Dying Light: The Beast, oferecem uma solução para esse dilema. Eles proporcionam uma experiência satisfatória para os jogadores, ao mesmo tempo que permitem aos desenvolvedores trabalhar com ciclos de desenvolvimento mais razoáveis. Sem a necessidade de grandes equipes e orçamentos exorbitantes, esses jogos também podem se arriscar mais criativamente e experimentar novas ideias.
O futuro dos jogos AA
Smektała acredita que lançamentos menores, como Marvel's Spider-Man: Miles Morales e Assassin's Creed: Mirage, representam uma tendência que veremos mais no futuro. Para ele, esses títulos oferecem uma maneira diferente de entregar entretenimento interativo significativo aos jogadores. Ele enxerga essa abordagem como uma parte importante do futuro da indústria de jogos.
A ideia de que jogos menores podem ser benéficos para os estúdios não é nova. Josh Sawyer, veterano da Obsidian, fez comentários semelhantes no ano passado, sugerindo que esses projetos podem ajudar a evitar o esgotamento, melhorar a retenção de funcionários e estimular a criatividade. Sawyer mencionou os títulos Pentiment e Grounded como exemplos de como jogos menores influenciaram o pensamento da Obsidian sobre projetos futuros.
Em suma, Dying Light: The Beast é um exemplo claro de como a indústria de games está se adaptando para atender às necessidades dos jogadores e dos desenvolvedores. Enquanto os grandes lançamentos AAA continuam a ter seu espaço, os jogos AA estão se mostrando uma alternativa viável e importante para o futuro do entretenimento interativo.
Alien: Romulus se tornou um sucesso na China
Alien: Romulus continua a impressionar nas bilheterias da China continental, tornando-se o segundo maior filme de Hollywood do ano no país após uma sólida retenção no segundo fim de semana. O filme arrecadou RMB 140 milhões (cerca de US$ 19,7 milhões) entre sexta-feira e domingo, segundo dados da consultoria Artisan Gateway. Este desempenho manteve-se próximo aos números do fim de semana de estreia, que alcançaram US$ 26,2 milhões, e elevou o total acumulado para RMB 523 milhões (aproximadamente US$ 73,7 milhões) desde o lançamento em 16 de agosto.
Entre os filmes de Hollywood lançados na China em 2024, Alien: Romulus fica atrás apenas de Godzilla v Kong, que arrecadou US$ 134 milhões. Em menos de duas semanas, Alien superou outros títulos de grandes franquias de Hollywood que não conseguiram ultrapassar a marca de US$ 50 milhões nas bilheterias chinesas, como Kung Fu Panda 4 (US$ 52 milhões), Meu Malvado Favorito 4 (US$ 56 milhões) e Dune 2 (US$ 49,7 milhões).
As exibições em Imax também contribuíram significativamente para o sucesso de Alien: Romulus na China. O filme arrecadou US$ 2,75 milhões nas telas Imax no segundo fim de semana, somando um total de US$ 11,6 milhões em dez dias, representando cerca de 16% da bilheteria total do filme no país.
Enquanto isso, o drama leve chinês The Hedgehog, dirigido por Gu Changwei, estreou em segundo lugar nas bilheterias, com uma arrecadação de RMB 74,4 milhões (US$ 105 milhões). O filme conta a história de amizade entre um adolescente rebelde e gago e seu tio com deficiência mental, e traz no elenco o popular ator Ge You e Karry Wang, membro da boy band TFBoys.
Logo em seguida, o filme chinês Intocável, um drama policial dirigido por Wang Daqing e estrelado por Shen Teng, Zhang Yuqi e Jack Kao, estreou em terceiro lugar, arrecadando RMB 73,4 milhões (US$ 10,3 milhões).
O filme de ação policial chinês Go for Broke caiu para a quarta posição em seu segundo fim de semana, com uma arrecadação de US$ 7,1 milhões, totalizando US$ 33,4 milhões em dez dias de exibição.
A animação japonesa Detective Conan: The Million Dollar Pentagram também continuou a ter um bom desempenho em seu segundo fim de semana na China, arrecadando US$ 4,8 milhões e somando um total de US$ 29,2 milhões em dez dias.
Com esses números, o total de bilheteria na China no último fim de semana foi de US$ 70,8 milhões, elevando o acumulado do ano até agora para US$ 4,62 bilhões. No entanto, esse valor ainda é 21% menor em comparação com o mesmo período de 2023.
The Last of Us inspirou Alien: Romulus
Fede Alvarez, diretor de Alien: Romulus, revelou que a personagem interpretada por Isabela Merced no filme foi inspirada em The Last of Us Part 2. O cineasta afirmou que estava jogando o jogo enquanto escrevia o roteiro do novo filme da franquia Alien, e a história de Dina, uma personagem grávida no jogo, influenciou a criação da personagem Kay, que também está grávida no longa.
Alvarez compartilhou essa curiosidade no Twitter, destacando a coincidência de ter escalado Isabela Merced para interpretar Kay antes mesmo de ela ser escolhida para o papel de Dina na segunda temporada da série da HBO, baseada em The Last of Us. Ele escreveu: “Curiosidade: eu estava jogando The Last of Us 2 enquanto escrevia Alien: Romulus. A história de uma Dina grávida me fez pensar em ter a personagem Kay grávida também. Então, escalei Isabela Merced para interpretar Kay... Um ano depois, ela foi escalada para interpretar Dina na série da HBO... História real.”
A coincidência foi apontada por Alvarez em resposta a um fã que comentou sobre as semelhanças entre os personagens de Alien: Romulus e o estilo visual de The Last of Us, observando que Cailee Spaeny, uma das protagonistas do filme, se parecia com Ellie, a personagem principal do jogo.
Merced foi anunciada no início de 2024 como intérprete de Dina na série da HBO, uma personagem fundamental para a vida adulta de Ellie. Embora a gravidez de Dina seja um elemento importante na narrativa de The Last of Us Part 2, a situação de sua personagem em Alien: Romulus promete explorar esse tema em um contexto bem diferente, com a tensão característica do universo da franquia Alien.
Alien: Romulus está em cartaz nos cinemas enquanto a 2ª temporada de The Last of Us chega em 2025 na HBO.
Star Wars Outlaws terá modos com 30, 40 e 60fps nos consoles
Estamos a poucos dias do lançamento de Star Wars Outlaws, o primeiro jogo de mundo aberto da franquia Star Wars, desenvolvido pela Ubisoft. Embora as análises completas ainda não tenham sido divulgadas, surgiram algumas informações preliminares que indicam a presença de três modos gráficos nos consoles: 30, 40 e 60 quadros por segundo (fps).
Esses modos foram revelados por jogadores que tiveram acesso antecipado ao jogo e compartilharam suas impressões em fóruns como Resetera. A Ubisoft, no entanto, ainda não anunciou oficialmente essas opções. De acordo com os relatos, os modos seriam:
- Qualidade: rodando a 30fps;
- Prioriza Qualidade: rodando a 40fps;
- Desempenho: rodando a 60fps.
Essa estratégia não é inédita. A Massive Entertainment, responsável por Star Wars Outlaws, adotou abordagem semelhante em Avatar: Frontiers of Pandora, que também oferece diferentes modos gráficos nos consoles. Inicialmente, Avatar foi lançado com modos de qualidade e desempenho a 30fps e 60fps, respectivamente, com uma atualização posterior introduzindo a opção intermediária de 40fps para quem possui monitores de 120Hz.
Comparações técnicas com Avatar
Dado que Avatar: Frontiers of Pandora e Star Wars Outlaws compartilham a mesma desenvolvedora, é provável que os dois jogos possuam características técnicas semelhantes. Avatar impressionou por seus gráficos e por sua capacidade de escalar bem em diferentes configurações, algo que pode se repetir em Star Wars Outlaws.
Requisitos para PC
A Ubisoft já revelou os requisitos mínimos e recomendados para a versão de PC de Star Wars Outlaws, proporcionando uma visão do que esperar em termos de desempenho:
- Requisitos mínimos:
- SO: Windows 10 com DirectX12
- Processador: AMD Ryzen 5 3600, Intel Core i7-8700k
- Memória: 16 GB (dual-channel mode)
- Placa de vídeo: AMD Radeon RX 5600 XT (6 GB), NVIDIA GeForce GTX 1660 (6 GB), Intel Arc A750 (8 GB)
- Armazenamento: 65 GB SSD
- Outras observações: 1080p / 30fps / Preset Baixo com upscaling em modo Qualidade
- Requisitos recomendados:
- SO: Windows 10 com DirectX12
- Processador: AMD Ryzen 5 5600x, Intel Core i5-10400
- Memória: 16 GB (dual-channel mode)
- Placa de vídeo: AMD RX 6700XT (12GB), NVIDIA GeForce RTX 3060TI (8 GB)
- Armazenamento: 65 GB SSD
- Outras observações: 1080p / 60fps / Preset Alto com upscaling em Qualidade
Além disso, Star Wars Outlaws chega com suporte ao NVIDIA DLSS 3.5, uma tecnologia que promete melhorar ainda mais o desempenho gráfico para os usuários de placas compatíveis.
Indiana Jones and the Great Circle não é um FPS: 'herói não é um pistoleiro'
A Machine Games, conhecida pela intensa ação de Wolfenstein, está preparando algo bem diferente para Indiana Jones and the Great Circle. Segundo os desenvolvedores em entrevista ao PC Gamer, o novo jogo não focará em tiroteios, o que é coerente com o personagem. Indiana Jones, afinal, nunca foi um pistoleiro, mas sim um arqueólogo que, em suas aventuras, recorre à luta corpo a corpo e a objetos improvisados, como seu famoso chicote.
Foco no combate corpo a corpo
Andersson, diretor de design do jogo, enfatizou que, ao contrário dos jogos tradicionais da Machine Games, ele não será um jogo de tiro. Isso porque Indy “não entra em situações atirando” e, portanto, o combate corpo a corpo é uma escolha natural para o gameplay. Essa abordagem visa replicar a natureza improvável e um tanto desastrada do personagem, que frequentemente se vê em situações perigosas, mas que não é, de fato, um lutador treinado.
Para trazer essa sensação à jogabilidade, os desenvolvedores se inspiraram em elementos semi-caóticos, onde o jogador poderá usar o ambiente ao seu redor para improvisar em combate. O diretor Jens Andersson destaca que será possível utilizar uma variedade de objetos encontrados no cenário, como panelas, frigideiras e até banjos, para derrotar os inimigos. O humor e a imprevisibilidade, característicos das aventuras de Indiana Jones, estarão presentes nessas interações.
Experiência em combate em Indiana Jones
O diretor de design do jogo tem experiência prévia nesse tipo de combate em primeira pessoa. Andersson trabalhou em The Chronicles of Riddick: Escape from Butcher Bay, um jogo lançado em 2004, que já explorava o combate corpo a corpo com punhos. No entanto, ele afirma que Indiana Jones and the Great Circle será ainda mais complexo, com o jogador tendo a possibilidade de pegar objetos do cenário para se defender e atacar.
Indiana Jones and the Great Circle está programado para ser lançado em dezembro de 2024 para PC e Xbox, com acesso ao Game Pass. Já os jogadores de PlayStation 5 terão que esperar um pouco mais, com o lançamento previsto para o segundo trimestre de 2025.
Estúdio explica motivo de Silent Hill 2 ser o primeiro remake da saga
O remake de Silent Hill 2, um dos lançamentos mais esperados do ano, está prestes a ser lançado. Em uma entrevista recente, o diretor criativo do jogo, Mateusz Lenart, explicou por que o Bloober Team optou por refazer o segundo título da série em vez do primeiro. Segundo Lenart, o jogo alinha-se melhor com o estilo e os interesses do estúdio.
Escolha do segundo jogo
Lenart explicou que a decisão de focar no 2º jogo não se deve apenas a preferências pessoais, mas também à natureza do jogo. O diretor afirmou que a narrativa emocional e pessoal do segundo título se encaixa melhor com o "DNA" do Bloober Team. “É muito mais emocional, uma história muito mais pessoal do que, por exemplo, o primeiro jogo ou o terceiro jogo”, comentou Lenart ao RockPaperShotgun em um evento da Konami.
O Bloober Team é conhecido por criar jogos que exploram emoções e experiências pessoais, como evidenciado em títulos anteriores como Layers of Fear. Segundo o diretor, enquanto o primeiro Silent Hill aborda temas de ocultismo e rituais sobrenaturais, Silent Hill 2 se concentra em uma jornada introspectiva e pessoal, que é mais compatível com a abordagem do estúdio.
Maciej Glomb, produtor do jogo, acrescentou que a escolha do jogo também reflete a influência duradoura que o título teve sobre o estúdio. “Mesmo em nossos jogos anteriores, fomos muito inspirados por Silent Hill 2 em aspectos mais específicos,” disse Glomb. Ele destacou que o estúdio procurou capturar a essência do jogo original em seus próprios projetos, como Layers of Fear.
Perspectivas futuras
Embora o Bloober Team tenha priorizado Silent Hill 2 para o remake, a decisão final foi influenciada pelos planos da Konami, detentora da franquia. “A franquia está atrelada aos planos da Konami,” observou Glomb. Portanto, enquanto o remake de Silent Hill 2 está programado para ser lançado em 8 de outubro para PC e PlayStation 5, o futuro da série e de possíveis remakes de outros títulos permanece nas mãos da Konami.
Mod de Black Myth: Wukong adiciona mapas - e isso é muito necessário
"Black Myth: Wukong" é um RPG de ação altamente aguardado que mistura elementos tradicionais de jogos soulslike, como combate desafiador, exploração detalhada e uma narrativa baseada em mitologia chinesa. Apesar de ser frequentemente comparado aos jogos no estilo soulslike, como "Dark Souls" e "Sekiro: Shadows Die Twice", "Black Myth: Wukong" possui características que o diferenciam, incluindo um design de mapas mais amplo e alguns elementos lineares. No entanto, a ausência de um mapa nativo no jogo traz à tona a importância da exploração cuidadosa, o que levou ao desenvolvimento de mods que ajudam os jogadores a navegarem melhor pelos cenários.
Mod de mapa aéreo facilita a exploração em "Black Myth: Wukong"
Um dos mods que está ganhando popularidade entre a comunidade de jogadores é o "Single Map", disponível no Nexus Mods. Este mod não só oferece um mapa tradicional 2D, mas sim uma visão aérea 3D, similar à perspectiva de um drone. Ele proporciona uma visão clara dos diferentes caminhos, baús e outros pontos de interesse, o que pode ser uma ajuda valiosa para aqueles que desejam explorar todos os segredos que os mapas do jogo oferecem.
O funcionamento é simples: no PC, os jogadores podem abrir o mapa com a tecla “M” e navegar pelos cenários com o mouse, enquanto no controle, o mapa é ativado pressionando L3+R3. Além disso, o mod permite marcar locais no mapa, o que facilita a exploração futura. No entanto, os criadores alertam para não abrir o menu principal do jogo enquanto o mapa está ativado, pois isso pode causar problemas visuais.
Comunidade de mods ativa
Além do mod de mapa, a comunidade de "Black Myth: Wukong" já lançou várias modificações que alteram a experiência de jogo. Desde ajustes cosméticos, como o uso de um sabre de luz duplo, até melhorias técnicas, como o mod que aprimora as sombras para quem não está utilizando o ray tracing, os jogadores têm à disposição várias opções para personalizar sua experiência.
Embora "Black Myth: Wukong" tenha sido lançado para PC e PlayStation 5, a versão para Xbox Series X|S ainda enfrenta problemas técnicos, sem uma data de lançamento definida. Isso torna o suporte da comunidade de mods ainda mais relevante para os jogadores de outras plataformas, que podem ajustar o jogo às suas preferências e necessidades.
Considerações finais
Se "Black Myth: Wukong" é ou não um soulslike clássico pode ser discutido, mas o jogo claramente adota muitos dos princípios do gênero, enquanto adiciona sua própria identidade. A ausência de um mapa no jogo original reforça o desafio e a necessidade de exploração detalhada, mas para aqueles que preferem uma abordagem mais guiada, mods como o "Single Map" tornam a jornada pelo mundo do jogo muito mais acessível e dinâmica.
Capcom deve reviver franquias clássicas após Dead Rising
A Capcom está preparando o lançamento de "Dead Rising Deluxe Remaster", previsto para 18 de setembro de 2024, como parte de uma iniciativa para revitalizar algumas de suas franquias clássicas. O retorno de "Dead Rising" faz parte de um esforço mais amplo da desenvolvedora japonesa para trazer de volta séries que marcaram sua trajetória, mas que, nos últimos anos, haviam sido deixadas de lado.
Em entrevista à IGN norte-americana, a equipe responsável pelo projeto comentou que a Capcom está interessada em reintroduzir várias de suas propriedades intelectuais, embora não tenha fornecido detalhes específicos sobre quais títulos poderiam passar por esse processo de remasterização ou remake, nem sobre os cronogramas de lançamentos futuros.
A franquia "Dead Rising" ainda tem um futuro incerto
Apesar da empolgação com o remaster, a equipe de desenvolvimento foi cautelosa ao falar sobre a possibilidade de novos capítulos da série "Dead Rising". Eles destacaram que, no momento, o foco está em promover o projeto já anunciado, e que qualquer planejamento futuro dependerá do retorno que o "Deluxe Remaster" receberá do público.
Com essa abordagem, a Capcom parece estar testando a receptividade dos fãs antes de investir em novos conteúdos para suas franquias mais antigas. O futuro de "Dead Rising" e de outras séries pode depender diretamente desse resultado, o que indica uma estratégia mais conservadora por parte da empresa.
Capcom tem várias franquias "esquecidas"
A Capcom tem um extenso catálogo de franquias que estão, de certa forma, "adormecidas". Enquanto "Dino Crisis" é frequentemente lembrado pelos fãs, outros títulos importantes também permanecem há anos sem novas edições. "Breath of Fire", um RPG de sucesso que começou no Super Nintendo e teve seus últimos capítulos no PlayStation, é um exemplo de uma série que foi deixada de lado, exceto por uma tentativa fracassada de retorno no mercado mobile.
Outro exemplo notável é "Mega Man", uma franquia que, embora ainda exista, recebe novos capítulos com pouca frequência. Além disso, séries como "Strider", "Viewtiful Joe" e "Onimusha" também estão no radar dos fãs, mas não têm novidades há muitos anos.
Por outro lado, a Capcom tem demonstrado mais atenção aos jogos de luta. Recentemente, a empresa anunciou uma nova coletânea com os principais capítulos da série "Versus", reforçando seu compromisso com esse gênero que tem um público cativo.
Com a reintrodução de "Dead Rising" e o interesse em revitalizar outras franquias, a Capcom parece disposta a explorar seu legado, mas com cautela, observando a reação do público antes de avançar com novos projetos.
Review | Star Wars Outlaws consegue trazer riqueza da franquia de volta aos games
Por anos se sabia que a Ubisoft e a Massive Entertainment estavam trabalhando na franquia Star Wars. Sabiamente, o projeto que ganhou o nome de Star Wars Outlaws só foi revelado no ano passado, cravando uma data certeira de lançamento agora em agosto de 2024. Comprovando mais uma vez a competência do estúdio, o jogo realmente chegou na data prevista, mas ainda assim cercado por polêmicas.
Com o objetivo principal de trazer maior diversidade aos games da franquia, sempre muito focados nos duelos céleres de sabres de luz entre jedi e sith, Star Wars Outlaws apresenta Kay Vess, uma pretensiosa caçadora de recompensas que acaba obrigada a fugir pela galáxia após adquirir uma Marca de Morte ordenada por um dos figurões mais ricos da Orla Exterior. Ao seu lado, há apenas o parceiro Nix, o alien pet fofinho que a ajuda a executar diversas tramoias ao melhor estilo Aladdin e Abu.
https://www.youtube.com/watch?v=HlfuN4yj3yg
No mundo do crime - mas para crianças e adolescentes
É bem justo afirmar que Star Wars, com exceção de O Império Contra-Ataca e Rogue One, nunca foi uma grande franquia por trazer narrativas complexas ou surpreendentes, mas um fato concreto era que George Lucas nunca temeu explorar mais a fundo a mitologia que criou, além de sempre ter sido um entusiasta corajoso nos games - The Force Unleashed e a caçada intensa aos jedi é prova disso.
Entretanto, desde o início da era Disney, nota-se uma sanitização profunda na saga, principalmente em relação aos games. A Respawn sabe o quanto batalhou para conseguir adicionar mutilação e temáticas mais adultas em Jedi: Survivor e a Massive, pelo jeito, também sofreu com as possíveis inúmeras diretrizes do estúdio - basta ver o quão comportada e maçante é a narrativa de Avatar: Frontiers of Pandora - game anterior do estúdio lançado em dezembro de 2023.
Portanto, já sabendo que se trata, acima de tudo, um produto da Disney, admito que não estava muito esperançoso com a narrativa de Outlaws e, de fato, ela guarda apenas uma boa reviravolta e nada mais, apesar de tatear temas um pouco mais adultos que nunca são desenvolvidos por completo.
A história principal, como dita pelos próprios desenvolvedores, é a estrutura mais importante do jogo. Morando em Canto Bight, Kay Vess aprendeu a se virar nas ruas, vivendo de pequenos golpes e furtos acompanhada de seu bichinho simpático Nix. Entretanto, seu maior sonho é se tornar uma temida caçadora de recompensas. Ao surgir uma oportunidade de um assalto ao ricaço Sliro, Kay se une a outros golpistas.
Conseguindo infiltrar na mansão do figurão com sucesso, Kay descobre que ela própria caiu em um golpe e foi abandonada à própria sorte. Conseguindo escapar por pouco, ela rouba a lendária Trailblazer, nave de Sliro, e inicia sua jornada pela galáxia, tentando se livrar da Marca de Morte que recebeu, sendo caçada por diversos mercenários. Para isso, ela precisará criar sua reputação entre os sindicatos criminosos e também fazer alguns aliados no meio do caminho, como o estoico droide ND-5 que tem seus próprios propósitos e interesses em Kay.
Dada a dimensão do jogo, é surpreendente o quão curta é a história de Star Wars Outlaws. Jogando casualmente, sem pressa alguma, finalizei a aventura em questão de menos de 14 horas. Para um jogo alardeado como “o primeiro Star Wars de mundo aberto já criado” (o que não é verdade), custando o preço que custa, a surpresa de sua curta duração causa um desconforto em notar que o marketing do jogo mais uma vez induz ao erro - há umas semanas, o diretor criativo tinha afirmado que a aventura duraria até 30 horas. Uma pena notar a Ubisoft se valer mais uma vez de uma polêmica tão desnecessária que manchou a marca desde Watch Dogs.
Apesar da história ser boa e, no mínimo, interessante, ela leva um bom tempo para pegar ritmo, por volta de quatro horas, por obrigar o jogador a realizar algumas atividades de mecânicas importantes em Toshara, primeiro mundo que Kay visita. Com um excesso de fetch quests e missões stealth de fracasso instantâneo se flagrada em cenários de level design precário, é muito fácil ficar irritado com o game.
Neste ponto, as interações de Kay se valem com NPCs relativamente genéricos de cada sindicato e sofre com a ausência de personagens interessantes, além da própria protagonista não ter outro objetivo além de se tornar mais confiante nos seus serviços de mercenária. Nos traços de personalidade, felizmente não se trata de uma protagonista insuportável ou convencida como a franquia tem se acostumado a apresentar.
É fácil sentir empatia por Kay e, aos poucos, uma construção melhor delineada do seu passado e relações familiares, exibe os traumas dela em relação ao abandono e o fato de ser usada e traída. Uma pena, porém, que o tema por ser denso, acaba muito limitado e pouco explorado por conta da questão que apontei acima: a Disney tem dedo nisso aqui. Ao menos, um acerto da Disney é o carisma de Nix. O pequeno alien é bem fofo com seu design nitidamente inspirado no Stitch e em Banguela, ambos desenhados por Chris Sanders.
Após o longo período de teste de paciência, o jogador começa a ser recompensado ao poder visitar outros planetas como Tatooine, Kijimi e Akiva, além da introdução de ND-5, droide de comando BX super estiloso sobrevivente das Guerras Crônicas - além de usar um sobretudo estiloso. O personagem é o ponto alto da história, possuindo um conflito genuinamente mais interessante do jogo inteiro, além de ter o arco melhor trabalhado chegando até mesmo a possuir algumas missões paralelas que envolvem seu passado - o trabalho é tão bom que chega a remeter K-2SO de Rogue One.
Então logo a narrativa se transforma e passa a focar em Kay buscar novos integrantes para a sua equipe. Infelizmente, a maioria deles, tirando a engraçada Ank, são pouco interessantes, mas conseguem expandir um pouco a mitologia da saga. Aliás, um dos pontos mais legais do jogo é a diversidade de raças alienígenas dos personagens que surgem na aventura. Uma pena, porém, que os comparsas não recebem missões extras com mais detalhes de suas histórias - como ocorre em Mass Effect, por exemplo.
Como de costume nos games da Ubisoft, o antagonista Sliro é fraco e pouco presente, delegando a caçada para outra mercenária chamada Veil. Uma escolha fraca que apaga a presença do vilão. Todo o arco envolvendo Veil e Sliro é bastante previsível, excetuando uma surpresa guardada para o final do jogo.
A Massive também faz algo, aí sim, pioneiro em Outlaws, ao delegar a árvore de habilidades de Kay a certos especialistas que o jogador pode encontrar nos quatro mundos disponíveis. Sendo 8 no total, ao menos sete trazem missões próprias com historinhas que conseguem entreter, embora nenhuma seja particularmente notável. Após desbloquear o especialista, o jogador precisa realizar alguns desafios para destravar a habilidade - o que contribui para inflar o tempo de jogo. Entretanto, destaco que terminei a aventura só com cinco especialistas destravados e não encontrei dificuldades para tal, o que revela que as habilidades não são tão essenciais quanto se imaginava.
Dilemas de interesse
Apesar da história principal ser boa e até trazer uma relação interessante de Kay com a Aliança Rebelde, é difícil dizer o mesmo para as missões paralelas. Seja as de especialista ou as criadas pelos sindicatos do crime, é um pouco mais difícil se sentir motivado a explorar mais das narrativas do jogo. Como afirmei, nada é verdadeiramente ruim, mas há um sentimento incômodo de histórias pouco inspiradas e previsíveis ao máximo, além de ser o terreno onde as políticas “modernas” acabam surgindo com personagens não-binários, etc.
Há sim muito conteúdo secundário para o jogador investir muitas horas, mas qualquer outro que seja mais versado no assunto ou tenha maior repertório narrativo, dificilmente terá a atenção retida por muito tempo. O que é uma pena, honestamente, já que muitas chances parecem ter sido desperdiçadas.
Um dos elementos que eu acreditava que estava presente, não existe no jogo: a possibilidade de estreitar relações com o Império Galático. Na verdade, existem somente quatro facções no jogo, sem a opção de Kay trabalhar para os Rebeldes ou para o Império. Sendo uma história situada entre o longo hiato temporal de O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi, muitos personagens de legado poderiam interagir com a personagem em histórias diferentes e aventuras inéditas. Nem mesmo os mercenários enviados para capturar Han Solo chegam a aparecer aqui. Uma verdadeira pena.
Os fãs podem ter maior interesse em trabalhar para os Hutt, uma das facções, pelo fato de Jabba e seu palácio estarem no jogo. Os outros sindicatos como os Pyke, Aurora Escarlate e o Clã Ashiga completam o rol e possuem suas próprias narrativas. Aliás, uma das mecânicas mais interessantes do jogo é justamente o sistema de reputação de Kay. Ao ajudar um sindicato, invariavelmente você vai acabar prejudicando outro, então é importante saber fazer escolhas corretas e equilibrar a frequência de missões para não se tornar uma inimiga declarada.
A Massive criou um bom sistema no qual quanto melhor a relação, mais benefícios Kay possui com os criminosos, enquanto no pior possível, passa a ser ativamente caçada por eles, além de bloquear oportunidades de novas missões específicas a um sindicato. O sistema funciona bem e é uma lástima que o Nemesis - criado para Shadow of Mordor, seja patenteado, pois aqui seria algo muito bem aplicado, adicionando mais imersão ao jogo.
Com esses dilemas que Kay enfrenta, há desdobramentos de escolhas, mas nenhuma delas chega a alterar a narrativa principal ou o final do jogo - o que também é uma pena. Na galáxia, é possível encontrar negociadores de serviços nas cantinas de cada planeta, trazendo coisas novas sempre, além de algumas oportunidades de serviço serem descobertas através da exploração ou ocorrendo como um evento orgânico dentro do mapa.
Star Wars Outlaws é grande, mas não enorme
A Massive dedicou ao menos quatro anos inteiros na produção de Star Wars Outlaws e pretendia realizar um dos maiores projetos da própria existência. Criar mundos abertos não é uma tarefa fácil e aqui, há a tentativa de criar quatro deles. De fato, três mapas são relativamente grandes, com áreas exploráveis de montão em Akiva, Toshara e Tatooine, mas, ao mesmo tempo, todos transparecem ser diminutos já que os pontos de interesse, ainda que espalhados, não conseguem emplacar a dimensão de algo realmente enorme.
Sempre caprichosa, é inegável que todos os locais possuem forte design artístico, arrancando cenários muito bonitos conforme Kay explora desertos, selvas exuberantes ou prados tranquilos com montanhas no horizonte. Com cada planeta possuindo até mesmo um sistema próprio de clima e ciclo de dia e noite, é possível ver a protagonista empoeirada, repleta de neve ou toda molhada pela chuva, além da arquitetura, flora e fauna sempre ser muito distinta em cada um deles - tudo isso reagindo às intempéries do clima como ventanias e tempestades.
O acerto em capturar o design icônico de Tatooine e de naves imperiais não pode ser ignorado. A Massive realmente se empenhou ao máximo para propiciar um alto nível de imersão visual na franquia e, no que ela cria, casa perfeitamente com os mundos monotemáticos já idealizados por George Lucas. É mesmo muito bem feito e, com exceção de Toshara que sofre com level design péssimo para missões stealth, todos os outros níveis são caprichados - só há um excesso nítido de passagens envolvendo dutos para Kay se transportar nos níveis.
Há sim uma repetição de quebra-cabeças em trechos de exploração em plataforma, mas não é nada que chegue a prejudicar o jogo. Principalmente porque os minigames envolvendo mecânicas de hacking e lockpick são bem divertidos e possuem também opções de acessibilidade bem-vindas.
Outro acerto do estúdio é a densidade populacional dos mundos que são vivos e repletos de atividades secundárias como corridas, cavernas, bases secretas, jogos de sabbac, comidas de rua, lojas diversas para compra de cosméticos e peças, entre outros. Então, de fato, não existem microtransações no jogo no momento, com as roupas para Kay e Nix disponíveis em missões ou lojas - algumas tem atributos passivos e alguns extras se forem usadas em conjunto completo (há também transmogrifação).
Tão importante quanto a imersão no mundo, estão as mecânicas de jogo que, felizmente, são funcionais. Todas as que envolvem Nix são bem implementadas e devem ser usadas pelo jogador com frequência - ele pode furtar, destravar portas, pegar armas e itens, além de distrair ou atacar inimigos em patrulha.
O tiroteio é funcional e chega a copiar a mecânica de congelar o tempo para eliminar inimigos marcados de uma só vez (de Red Dead Redemption), mas não há muita profundidade nele. É prazeroso e funcional, apenas. Kay infelizmente não pode possuir nenhuma arma além do blaster em seu coldre, então, apesar da variedade de rifles, snipers, lança-granadas e outras armas, todas possuem uma quantia limitada de munição e só podem ser usadas após alguns inimigos as derrubarem. Também não é possível transportá-las para onde quiser, já que Kay precisa subir escadas e se enfiar em dutos diversas vezes.
Logo, a variedade dos três tipos de munição para a blaster é o que traz de mais complexo para o jogo. Mais um ponto polêmico e um tanto sem sentido é o fato de Kay não poder pilotar nenhuma outra speeder além da própria - por sinal, os controles dos veículos são bons. Ela possui também progressão de aprimoramentos para ter turbo, saltos e mais velocidades, mas não poder usar a icônica speeder imperial é frustrante e quebra a imersão.
Aliás, o mundo aberto pode ter sim muitos quilômetros quadrados, mas não é um verdadeiro sandbox. Não é possível machucar civis e tocar o terror, sendo um mundo aberto muito mais semelhante aos de Assassin’s Creed do que um GTA propriamente dito. Outro ponto importante é a nave Trailblazer.
O jogador só a controla nos territórios espaciais já que a decolagem e aterrissagem são feitas de forma automática em cinemáticas de carregamento que são “imperceptíveis” por não ter uma tela de loading. Logo, é possível ver sim a Trailblazer sair do espaço e adentrar a atmosfera dos planetas, mas o jogador não terá controle da nave nessas partes - ainda assim, já é uma exploração espacial mais interessante que a vista em Starfield, com certeza.
Os mapas espaciais permitem exploração e combate trazendo também algumas missões mais elaboradas, mas a maior parte desse conteúdo é opcional e bastante arcade. Ou seja, não espere nenhum sistema complexo para a nave além de uma cadeia de progressões óbvias como novos armamentos, mais munição, saúde, etc. Como de costume, as batalhas espaciais são um gosto adquirido e vejo com facilidade muita gente detestando pelos controles que só são aprimorados através das habilidades por especialistas.
É importante mencionar também o sistema de “procurado”. Em geral, ele não funciona muito bem ainda, com as perseguições sendo um tanto desconexas, mas é uma adição interessante até para limpar o nome de Kay - basta fugir do sistema solar que está ou matar uma trupe de Death Troopers.
Bonito de longe, nem tanto de perto
Ao jogar Star Wars Outlaws, é inegável que tive momentos de apreciar a beleza dos biomas e bases imperiais que a Massive construiu, mas ao mesmo tempo, é nítido que o jogo tem muitos momentos visuais rudimentares. Sim, o downgrade visual é claro, escancarado, ao comparar os gráficos do jogo com os apresentados no longo trailer de revelação de 2023.
A iluminação não é tão boa como a apresentada, a atmosfera dos locais que Kay visita idem, além de efeitos de fumaça e partículas terem sido simplificados. Felizmente, as animações físicas de Kay e Nix não foram comprometidas, mas é muito triste notar como as animações faciais são uma verdadeira porcaria - ainda piores que as vistas em Mirage no ano passado.
Sendo um jogo tão focado na narrativa, muito me espanta em notar a falta de capricho ou total limitação técnica da Snowdrop em conseguir entregar qualquer semblante que seja meramente humano para os personagens, principalmente para Kay que parece uma boneca borrachuda inchada destruída pelo botox feito no Brás em São Paulo - o que fizeram com o rosto da personagem é mesmo imperdoável. Aliás, há uma falta de cuidado nas texturas faciais de todos os personagens humanos, em geral - o mesmo com texturas de baixa qualidade nos centros populosos de Toshara.
O trabalho dos animadores faciais felizmente não chega a destruir a ótima dublagem dos atores originais, mas prejudica bastante o senso de imersão do jogador nas cenas de diálogo renderizadas no motor gráfico de Star Wars Outlaws. É um problema tão notório que até o time de desenvolvimento nota ao trazer sequências pré-renderizadas em um CGI um tantinho melhor animado.
O que me leva a pensar que talvez a adição de tantos alienígenas tenha sido proposital para evitar animar mais faces humanas de personagens de destaque do jogo, já que todos eles nunca exibiram um semblante diferente na saga. Para piorar, o jogo está com uma falha perceptível de sincronia labial e animação dos lábios, criando um efeito bizarro de dublagem de novela mexicana, uma estranheza tensa e, pelas notas dos desenvolvedores, isso não será corrigido no patch do primeiro dia, já que nem chega a ser mencionado.
Jogando no PC, munido de uma 4090, eu não esperava ver muitos problemas de performance, mas infelizmente eles existem e é bom ter cautela caso tenha uma máquina menos potente. Em algumas cidades, principalmente no centro de Toshara, há flutuações pesadas na taxa de quadros por segundo. Ao longo do período que joguei, não pude testar o DLSS 3.5 ou FSR 3 sob orientação da própria Ubisoft, mas é esperado que o recurso esteja disponível no lançamento. Talvez, com isso, as flutuações sejam menos perceptíveis em áreas mais densas de NPCs.
Ainda assim, sendo um jogo que sim, é bonito, mas ao mesmo tempo não se trata da obra mais linda já feita na geração, é um tanto preocupante que exija tanto do hardware - ainda mais levando em conta a otimização exemplar de Black Myth: Wukong. Imagino que haja espaço para otimização. Mas em geral, o game roda bem, não possui bugs notórios que prejudiquem o progresso das missões e também não crasha. Logo, para o PC, está perfeitamente jogável - desde que faça concessões nos sliders de configurações gráficas.
O jogo possui efeitos em ray tracing que realmente se fazem perceptíveis ao trazer sombras muito suaves, oclusão ambiental de ponta de linha e iluminação colorida em tempo real. Os reflexos já são mais complicados. Todos os que envolvem água são muito bonitos, mas os reflexos dos pisos lustrosos de complexos imperiais deixam bastante a desejar, virando uma confusão difusa de artefatos visuais cinzas.
Como todo Star Wars, Outlaws também visa caprichar no departamento sonoro e musical. Em questão de efeitos sonoros, é tudo perfeito e fiel à saga, enquanto a trilha original mais acerta do que erra. O tema principal é majestoso e planetas como Tatooine e Akiva possuem faixas muito atmosféricas, mas as composições de Toshara, principalmente do centro, não combinam muito bem com o estilo musical que John Williams definiu para a franquia como um todo.
Star Wars Outlaws é uma experiência bem-vinda
Em geral, Star Wars Outlaws é uma experiência agradável e certamente bem-vinda por tirar o bendito foco dos games em histórias sobre jedis e siths. Ainda que seja uma aventura simples e irrelevante em termos canônicos, é uma boa história que expande mais a mitologia da saga de modo satisfatório. É um jogo que tem sua parcela de problemas, principalmente a curta duração da história principal e as animações faciais, mas os acertos compensam as falhas.
A paixão da Massive pelo jogo é perceptível sem dificuldades. Espero que, com os ajustes necessários, o game consiga ser suficiente para trazer mais história de Kay, Nix e ND-15, afinal o mais difícil foi feito: criar protagonistas carismáticos em uma franquia que, atualmente, só tem despertado antipatia dos próprios fãs.
Agradecemos a Ubisoft pela cópia gentilmente cedida para a realização desta análise
Os melhores games de Star Wars
Entre os maiores acertos de George Lucas em apostar na sua propriedade intelectual mais famosa da História do Cinema, com certeza houve o pioneirismo em explorar ao máximo o potencial dos games para retratar ou popularizar ainda mais suas histórias intergalácticas com Star Wars.
Agora com a chegada do novo game Star Wars Outlaws pelas mãos da Ubisoft, o ânimo para revisitar ou conhecer novos conteúdos da franquia está mais aquecido que nunca. Justamente por isso, é uma boa vasculhar o extenso catálogo de games já criados pela saudosa LucasArts e se aventurar em uma galáxia muito, muito distante....
https://www.youtube.com/watch?v=n49TsZAwFEs
10. Lego Star Wars: The Skywalker Saga
Uma combinação já antiga e de sucesso: Star Wars e Lego. Apostando nas marcas da Lucasfilm para começar a ganhar espaço no campo dos jogos virtuais, a LEGO acertou em cheio com a coletânea Lego Star Wars: The Skywalker Saga reunindo todos os nove episódios da saga principal em diversos capítulos divertidos contando com uma infinidade de personagens e veículos, além de apresentar diversos mundos abertos exploráveis. O clima casual e o foco na exploração das fases para achar colecionáveis diversos foi um dos maiores destaques do jogo, além da adaptação bem-humorada de toda a história da saga com minifigures LEGO contando com diálogos impagáveis.
https://www.youtube.com/watch?v=1Zko_8h8qzc
9. Star Wars: Battlefront II
Em 2005, a LucasArts elevaria o parâmetro dos jogos multiplayer de Star Wars para sempre. Possibilitando os jogadores a escolherem os dois lados de uma guerra sem fim, pudemos participar das batalhas mais icônicas da saga em um estilo único de gameplay extremamente viciante e eficiente, recompensando o rendimento do jogador com a possibilidade de controlar os personagens mais famosos da franquia. Até mesmo o modo singleplayer possuía uma boa dose de história original ao incorporar as memórias de um clone durante as Guerras Clônicas.
Uma pena, porém, que a franquia não evoluiu tão bem quanto nós esperávamos, afundando a nova iteração em polêmicas desnecessárias.
https://www.youtube.com/watch?v=rEhYnI1MqxI
8. Knights of the Old Republic II: The Sith Lords
KOTOR II conta com uma conturbada história de produção. O lançamento do jogo foi apressado e a Obsidian não conseguiu termina-lo apropriadamente, portanto, o que ganhamos é um game incompleto, com muitos detalhes da história deixados de fora - uma pena, pois justamente por isso ele não ocupa o primeiro lugar dessa lista.
O primeiro Knights of the Old Republic é uma aventura nos moldes da trilogia original de Star Wars, mas sua continuação expande esse conceito e nos entrega uma trama sombria, envolvente, repleta de questionamentos que fogem do clássico Luz x Sombras. Trata-se de um dos poucos materiais da franquia que abandona o maniqueísmo presente nesse universo, dando espaço para questões mais pertinentes, enquanto os personagens centrais são magistralmente desenvolvidos.
Além disso, todas as mecânicas foram melhoradas, tornando esse um jogo consideravelmente mais fluido. Mas, como já foi dito, é um jogo incompleto. Felizmente, para resolver isso, os fãs fizeram um mod, The Sith Lords Restored Content Mod (TSLRCM), que torna a experiência mais próxima do que a Obsidian almejava criar.
https://www.youtube.com/watch?v=0GLbwkfhYZk
7. Star Wars Jedi: Fallen Order
A apresentação de Cal Kestis é uma das melhores de todos os personagens da saga Star Wars. Arriscando alto ao explorar um gênero intocado, a Respawn fez um trabalho magnífico ao unir mecânicas de jogos soulslike com RPGs mais clássicos da franquia. Já trazendo bastante da nova lore da era Disney ao apresentar os caçadores de Jedi com os Inquisidores, a história consegue prender por oferecer uma ótima antagonista na trágica Segunda Irmã e nas relações que Cal vai desenvolvendo com seus comparsas ao longo da aventura. Misturando muitos gêneros e com foco em exploração plataforma e combate excelente, o jogo é uma excelente pedida para ser apresentado à saga pela primeira vez.
https://www.youtube.com/watch?v=Pb8M5P1QKX8
6. The Old Republic
Quando todos esperavam Knights of the Old Republic III, a Bioware anunciou The Old Republic, um MMO ambientado na Velha República do universo Star Wars. Gerando muitas polêmicas iniciais, o game passou por inúmeras mudanças ao longo dos anos, tanto na sua progressão, quanto nas próprias mecânicas, fazendo dele, hoje, uma obra totalmente diferente daquela que conhecemos originalmente. Atualmente free to play - com limitações severas, portanto recomendo que paguem, ao menos, um mês para jogarem - o jogo se tornou o verdadeiro sucessor de KOTOR 2, com uma história envolvente, digna da Bioware, e uma jogabilidade viciante, capaz de nos manter presos por horas e horas!
https://www.youtube.com/watch?v=HlfuN4yj3yg
5. Star Wars Outlaws
O lançamento mais recente saga Star Wars já consegue figurar na lista de melhores games da franquia. Criado pela sempre excelente Massive Entertainment, Outlaws consegue se livrar de diversas amarras criativas da Ubisoft para apresentar diversos planetas com mundos abertos repletos de atividades para realizar. Também traz uma boa aventura principal que consegue emplacar o carisma de seus personagens principais: Kay Vess, Nix e ND-15. A aventura mostra mais do universo sob o domínio do Império Galáctico, além de trazer um refresco bem-vindo em variar a jogabilidade, sendo uma aventura de tiroteios, fugindo dos moldes de RPG em terceira pessoa que são frequentes na saga.
https://www.youtube.com/watch?v=pLqVIw_Qz8A
4. Star Wars Jedi Knight II: Jedi Outcast
Algumas sequências chegam para abalar as fundações dos originais. Um exemplo disso é o clássico Jedi Knight II: Jedi Outcast, um dos melhores games focados em narrativa single-player de toda a franquia. Focado na história de Kyle Katarn, aluno de Luke Skywalker, vemos o herói abandonar a Academia Jedi para se tornar um mercenário nos tempos áureos da Nova República. Porém, ao falhar em uma missão e ver uma amiga sucumbir, Kyle se vê obrigado a vinga-la, novamente utilizando a Força para impedir a ascensão de novas forças do mal.
Focado em combate de tiro e também com sabre de luz, Jedi Knight II foi um dos primeiros games a focar na progressão natural de conquista de poderes, tanto Jedi quanto Sith. Apesar da jogabilidade ter envelhecido mal, ainda é um dos games favoritos de muitos fãs da saga.
https://www.youtube.com/watch?v=gNO5VdAjqfw
3. Star Wars Rogue Squadron II: Rogue Leader
De fato, o melhor jogo de naves de Star Wars até hoje. Clássico exclusivo do GameCube, Rogue Leader trazia gráficos de ponta e jogabilidade rápida. Na história, controlamos Luke Skywalker e Wedge Antilles, dois grandes pilotos da Aliança Rebelde, ao longo das maiores batalhas galácticas da trilogia original, podendo controlar veículos icônicos da saga. Já neste game, a LucasArts impunha diferentes características para os veículos alternando armas e velocidade, além de habilidades únicas. Elogiado ao máximo na época de seu lançamento, somente foi lamentada a ausência de um modo multiplayer para estender a vida útil do jogo.
https://www.youtube.com/watch?v=VRaobDJjiec&t=2s
2. Star Wars Jedi: Survivor
Corrigindo praticamente tudo o que havia para consertar, a Respawn Entertainment consegue trazer uma aventura ainda mais épica para Cal Kestis ao mesmo tempo que amadurece o personagem em uma história que, apesar de sofrer com problemas de ritmo, entrega ótimas surpresas e momentos verdadeiramente emocionantes, sendo uma das melhores narrativas da saga sob a tutela da Disney. Mais planetas estão disponíveis, assim como outros poderes da Força, além de apresentar um mapa bastante extenso que chega a ser um pequenino mundo aberto. Há uma infinidade de atividades para realizar aqui sendo um dos games mais obrigatórios da franquia.
https://www.youtube.com/watch?v=p82vauAdgv8
1. Knights of the Old Republic
Chegamos, então, ao game que todos já esperavam ver no topo dessa lista. Knights of the Old Republic é um divisor de águas na franquia. É o game que tornou o universo expandido tão ou até mais atraente que as histórias ligadas aos Skywalker - não por acaso Darth Revan, um dos personagens centrais do game, se tornou tão popular ao longo dos anos.
Temos aqui o primeiro bem-sucedido RPG de Star Wars, com mecânicas que perfeitamente se sustentam até hoje. Trata-se de uma história que se equipara à trilogia original, com personagens inesquecíveis e locais memoráveis. Atualmente disponível para computadores e dispositivos móveis, essa é uma aventura obrigatória para qualquer fã da franquia.