Meryl Streep quase não entra no elenco de O Diabo Veste Prada
Em um episódio recente do podcast Hollywood Gold, a produtora Wendy Finerman compartilhou uma revelação fascinante sobre a icônica interpretação de Meryl Streep como Miranda Priestly em O Diabo Veste Prada. Segundo Finerman, quando Streep foi considerada para o papel, alguns membros da equipe expressaram preocupações sobre sua adequação para o papel, alegando que a atriz não era conhecida por sua habilidade em comédia.
A produtora relatou que, na época, houve resistência à ideia de escalá-la, com alguns contatos chegando a questionar a sanidade da decisão. Segundo eles, Meryl Streep nunca havia demonstrado ser engraçada em sua carreira. No entanto, Finerman defendeu a escolha, argumentando que a atriz tinha o talento e a versatilidade necessários para se destacar no papel desafiador.
"Com a Meryl [Streep], as pessoas pensaram que éramos loucos. Algumas pessoas me ligaram e disseram: ‘Você está louca? Ela nunca foi engraçada na vida’", compartilhou Finerman. No entanto, a produtora afirmou que Streep provou que estavam errados. "Ela foi engraçada, e eles estavam errados. Mas esse claramente era um mundo diferente para ela."
O Diabo Veste Prada, dirigido por David Frankel, estreou em 2006 e rapidamente se tornou um sucesso de crítica e bilheteria. Meryl Streep brilhou como Miranda Priestly, a temida editora da fictícia revista de moda Runway, contracenando com Anne Hathaway, Emily Blunt e Stanley Tucci. A revelação de Finerman destaca a capacidade única de Streep de transcender as expectativas e dominar diversos gêneros cinematográficos, consolidando ainda mais seu status como uma das maiores atrizes de todos os tempos.
Novo Godzilla bate recorde de Demon Slayer e conquista América do Norte
Godzilla Minus One chegou à América do Norte com uma força avassaladora, quebrando recordes e se tornando o live-action japonês de maior bilheteria na região. O filme, que tem sido elogiado por seu enredo e efeitos visuais, superou as expectativas desde sua estreia, conquistando marcas impressionantes.
Logo em seu primeiro final de semana em cartaz, Godzilla Minus One arrecadou incríveis US$ 11,4 milhões, ultrapassando a estreia internacional de Demon Slayer: Para a Vila dos Ferreiros, que detinha o recorde anterior com US$ 10,1 milhões. A conquista já seria notável, mas o Rei dos Monstros não parou por aí.
Ao encerrar sua primeira semana em exibição, o filme atingiu uma arrecadação total de US$ 14,3 milhões, ultrapassando Godzilla 2000 (1999) e As Aventuras de Chatran (1986) para se tornar o live-action japonês de maior bilheteria na América do Norte. Estes filmes haviam registrado bilheterias de US$ 10 milhões e US$ 14,1 milhões, respectivamente.
O sucesso continuou na segunda semana de exibição, com Godzilla Minus One adicionando salas ao circuito e arrecadando impressionantes US$ 25,3 milhões. A estratégia da distribuidora Toho International de expandir a presença do filme nos cinemas provou ser eficaz diante da crescente demanda do público.
Situado no pós-Segunda Guerra Mundial, o filme dirigido por Takashi Yamazaki oferece uma narrativa cativante sobre o surgimento de kaijus em um Japão lidando com as complexidades do pós-guerra. O sucesso arrebatador de Godzilla Minus One na América do Norte é um testemunho não apenas da popularidade duradoura do Rei dos Monstros, mas também da qualidade cinematográfica que o filme oferece aos espectadores. O público brasileiro poderá conferir o aguardado longa a partir de 14 de dezembro, quando Godzilla Minus One estreia nos cinemas do Brasil.
Ator de Red Dead Redemption 2 pede para Coringa do GTA 6 desistir de processo à Rockstar
O ator Roger Clark, conhecido por dar voz a Arthur Morgan em Red Dead Redemption 2 (2018), entrou na polêmica envolvendo a Rockstar Games e Lawrence Sullivan, apelidado de "Coringa da Flórida". A controvérsia surgiu após o lançamento do primeiro trailer de GTA 6, no qual Sullivan percebeu semelhanças entre sua própria imagem e uma figura tatuada que aparece no vídeo.
Lawrence Sullivan alega que a Rockstar utilizou sua imagem de forma indevida e, por isso, recorreu ao TikTok para exigir uma compensação financeira de US$ 2 milhões. O vídeo em que o "Coringa da Flórida" diz "GTA, precisamos conversar" chamou a atenção de Roger Clark, que decidiu se manifestar sobre o assunto.
Em um vídeo de resposta, Roger Clark aconselha Sullivan, afirmando que a Rockstar Games lida com situações legais como essa há décadas, possuindo uma equipe de advogados experientes. Ele sugere que, em vez de tentar processar a desenvolvedora, Lawrence Sullivan poderia capitalizar a notoriedade que obteve de alguma forma, utilizando sua imagem de maneira vantajosa.
O ator ainda brinca sobre a dificuldade de Sullivan conseguir um emprego em uma loja de departamentos com sua aparência marcante. Vale ressaltar que situações semelhantes já ocorreram no passado, como quando a atriz Lindsay Lohan processou a Rockstar em 2014, alegando uso indevido de sua imagem em Grand Theft Auto V (2013). No entanto, o caso foi encerrado dois anos depois com a derrota da atriz nos tribunais. A resposta de Roger Clark acrescenta uma perspectiva humorística à controvérsia em torno da suposta semelhança entre Sullivan e o personagem do novo trailer de GTA 6.
Devs de Call of Duty rebatem crítica de Christopher Judge
Durante o The Game Awards 2023, Christopher Judge, conhecido por dar voz ao personagem Kratos nos jogos recentes da franquia God of War, fez uma alfinetada em relação ao tamanho da campanha de Call of Duty: Modern Warfare 3. O comentário não passou despercebido e gerou reações, especialmente entre alguns desenvolvedores da franquia de jogos de tiro.
A resposta veio por meio das redes sociais, onde alguns desenvolvedores de Call of Duty defenderam o tamanho e impacto da série em comparação com God of War. Um deles destacou que a métrica de que Call of Duty supera todos os jogos God of War, provavelmente combinados, é igualmente ridícula, se não mais.
Outro desenvolvedor comentou que, embora já tenham ouvido críticas piores como membros da equipe de COD, não esperavam esse tipo de comentário de um colega durante um evento que deveria celebrar as conquistas do ano nos jogos, especialmente considerando as informações vazadas sobre o desenvolvimento de God of War.
A cerimônia do The Game Awards 2023, realizada na última quinta-feira (7), premiou os jogos mais marcantes do ano. O RPG da Larian Studios, Baldur’s Gate 3, foi o grande destaque da noite ao conquistar seis prêmios. No entanto, o evento também ficou marcado pela troca de comentários entre Christopher Judge e alguns desenvolvedores de Call of Duty, adicionando uma pitada de controvérsia à celebração das realizações no mundo dos jogos.
Barbie é líder nas indicações ao Globo de Ouro 2024; veja os indicados
A Dick Clark Productions anunciou os indicados para a 81ª edição do Globo de Ouro de 2024, e Barbie e Succession emergem como os grandes destaques. Celebrando o melhor do cinema e da televisão na América do Norte, a premiação promete uma competição acirrada.
No cenário cinematográfico, Barbie faz uma presença quase onipresente ao garantir indicações em diversas categorias de destaque, incluindo Melhor Filme Dramático, Direção, Roteiro, Atriz, Ator Coadjuvante e Canção Original. Além disso, outros filmes notáveis, como Oppenhimer, Assassinos da Lua das Flores e Maestro, também recebem destaque na lista de indicados.
Já no universo televisivo, Succession domina as categorias de atuação em seriados dramáticos e concorre ao cobiçado prêmio de Melhor Série na categoria. Enfrentando uma forte concorrência, especialmente de The Last of Us, que conquistou indicações nas categorias principais, como Melhor Ator e Melhor Atriz, com Pedro Pascal e Bella Ramsey, respectivamente.
Nos seriados de comédia ou musical, a série O Urso, do FX, assume o controle ao concorrer não apenas a Melhor Série, mas também garantindo presença nas categorias de atuação.
A cerimônia do 81º Globo de Ouro está marcada para o dia 7 de janeiro. Enquanto aguardamos ansiosamente pela revelação dos vencedores, a lista completa de indicados está disponível para consulta, prometendo uma celebração repleta de talento e reconhecimento.
Melhor Filme Dramático
- Oppenheimer
- Assassinos da Lua das Flores
- Maestro
- Vidas Passadas
- Zona de Interesse
- Anatomia de Uma Queda
Melhor Filme de Comédia/Musical
- Barbie
- Pobres Criaturas
- American Fiction
- Os Rejeitados
- Segredos de um Escândalo
- Air: A História Por Trás do Logo
Melhor Filme em Língua não inglesa
- Anatomia de Uma Queda
- Folhas de Outono
- Io Capitano
- Vidas Passadas
- A Sociedade da Neve
- Zona de Interesse
Melhor Filme Animado
- The Boy and the Heron
- Elementos
- Homem-Aranha: Através do Aranhaverso
- Super Mario Bros. – O Filme
- Suzume
- Wish – O Poder dos Desejos
Melhor Direção em Filme
- Bradley Cooper (Maestro)
- Greta Gerwig (Barbie)
- Yorgos Lanthimos (Pobres Criaturas)
- Christopher Nolan (Oppenheimer)
- Martin Scorsese (Assassinos da Lua das Flores)
- Celine Song (Vidas Passadas)
Melhor Roteiro em Filme
- Greta Gerwig e Noah Baumbach (Barbie)
- Tony McNamara (Pobres Criaturas)
- Christopher Nolan (Oppenheimer)
- Eric Roth e Martin Scorsese (Assassinos da Lua das Flores)
- Celine Song (Vidas Passadas)
- Justine Triet e Arthur Harari (Anatomia de Uma Queda)
Melhor Atriz em Filme Dramático
- Lily Gladstone (Assassinos da Lua das Flores)
- Carey Mulligan (Maestro)
- Sandra Hüller (Anatomia de Uma Queda)
- Annette Bening (Nyad)
- Greta Lee (Vidas Passadas)
- Cailee Spaeny (Priscilla)
Melhor Atriz em Filme de Comédia/Musical
- Fantasia Barrino (A Cor Púrpura)
- Jennifer Lawrence (Que Horas Eu Te Pego?)
- Natalie Portman (Segredos de um Escândalo)
- Alma Pöysti (Folhas de Outono)
- Margot Robbie (Barbie)
- Emma Stone (Pobres Criaturas)
Melhor Atriz Coadjuvante em Filme
- Emily Blunt (Oppenheimer)
- Danielle Brooks (A Cor Púrpura)
- Jodie Foster (Nyad)
- Julianne Moore (Segredos de um Escândalo)
- Rosamund Pike (Saltburn)
- Da’Vine Joy Randolph (Os Rejeitados)
Melhor Ator em Filme Dramático
- Bradley Cooper (Maestro)
- Cillian Murphy (Oppenheimer)
- Leonardo DiCaprio (Assassinos da Lua das Flores)
- Colman Domingo (Rustin)
- Andrew Scott (All of Us Strangers)
- Barry Keoghan (Saltburn)
Melhor Ator em Filme de Comédia/Musical
- Nicolas Cage (O Homem dos Sonhos)
- Timothée Chalamet (Wonka)
- Matt Damon (Air: A História por trás do Logo)
- Paul Giamatti (Os Rejeitados)
- Joaquin Phoenix (Beau tem Medo)
- Jeffrey Wright (American Fiction)
Melhor Ator Coadjuvante em Filme
- Willem Dafoe (Pobres Criaturas)
- Mark Ruffalo (Pobres Criaturas)
- Robert DeNiro (Assassinos da Lua das Flores)
- Robert Downey Jr. (Oppenheimer)
- Ryan Gosling (Barbie)
- Charles Melton (Segredos de um Escândalo)
Melhor Trilha Sonora Original – Filme
- Ludwig Göransson (Oppenheimer)
- Jerskin Fendrix (Pobres Criaturas)
- Robbie Robertson (Assassinos da Lua das Flores)
- Mica Levi (Zona de Interesse)
- Daniel Pemberton (Homem-Aranha: Através do Aranhaverso)
- Joe Hisaishi (The Boy and the Heron)
Melhor Canção Original – Filme
- “What Was I Made For?”, de Barbie — Billie Eilish e Finneas
- “Dance the Night”, de Barbie — Caroline Ailin, Dua Lipa, Mark Ronson e Andrew Wyatt
- “I’m Just Ken”, de Barbie — Mark Ronson e Andrew Wyatt
- “Addicted to Romance”, de She Came to Me — Bruce Springsteen e Patti Scialfa
- “Peaches”, de Super Mario Bros. – O Filme — Jack Black, Aaron Horvath, Michael Jelenic, Eric Osmond e John Spiker
- “Road to Freedom”, de Rustin — Lenny Kravitz
Melhor Série Dramática
- 1923
- The Crown
- A Diplomata
- The Last of Us
- The Morning Show
- Succession
Melhor Série de Comédia/Musical
- O Urso
- Ted Lasso
- Abbott Elementary
- Na Mira do Júri
- Only Murders in the Building
- Barry
Melhor Minissérie, Antologia ou Filme para a TV
- Treta
- Uma Questão de Química
- Daisy Jones & The Six
- Toda Luz Que Não Podemos Ver
- Companheiros de Viagem
- Fargo
Melhor Atriz em Série Dramática
- Helen Mirren (1923)
- Bella Ramsey (The Last of Us)
- Keri Russell (A Diplomata)
- Sarah Snook (Succession)
- Imelda Staunton (The Crown)
- Emma Stone (The Curse)
Melhor Atriz em Série de Comédia/Musical
- Ayo Edebiri (O Urso)
- Natasha Lyonne (Poker Face)
- Quinta Brunson (Abbott Elementary)
- Rachel Brosnahan (A Maravilhosa Sra. Maisel)
- Selena Gomez (Only Murders in the Building)
- Elle Fanning (The Great)
Melhor Atriz em Minissérie, Antologia ou Filme para a TV
- Riley Keough (Daisy Jones & The Six)
- Brie Larson (Uma Questão de Química)
- Elizabeth Olsen (Amor e Morte)
- Juno Temple (Fargo)
- Rachel Weisz (Gêmeas: Mórbida Semelhança)
- Ali Wong (Treta)
Melhor Atriz Coadjuvante em Série
- Elizabeth Debicki (The Crown)
- Abby Elliott (O Urso)
- Christina Ricci (Yellowjackets)
- J. Smith-Cameron (Succession)
- Meryl Streep (Only Murders in the Building)
- Hannah Waddingham (Ted Lasso)
Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie, Antologia ou Filme para a TV
- Harriet Sloane (Uma Questão de Química)
- Patti Yasutake (Treta)
- Suki Waterhouse (Daisy Jones & The Six)
- Chloe Bailey (Enxame)
- Allison Williams (Companheiros de Viagem)
- Carla Gugino (A Queda da Casa de Usher)
Melhor Ator em Série Dramática
- Pedro Pascal (The Last of Us)
- Kieran Culkin (Succession)
- Jeremy Strong (Succession)
- Brian Cox (Succession)
- Gary Oldman (Slow Horses)
- Dominic West (The Crown)
Melhor Ator em Série de Comédia/Musical
- Bill Hader (Barry)
- Steve Martin (Only Murders in the Building)
- Martin Short (Only Murders in the Building)
- Jason Segel (Falando a Real)
- Jason Sudeikis (Ted Lasso)
- Jeremy Allen White (O Urso)
Melhor Ator em Minissérie, Antologia ou Filme para a TV
- Matt Bomer (Companheiros de Viagem)
- Sam Claflin (Daisy Jones & The Six)
- Jon Hamm (Fargo)
- Woody Harrelson (Os Encanadores da Casa Branca)
- David Oyelowo (Homens da Lei: Bass Reeves)
- Steven Yeun (Treta)
Melhor Ator Coadjuvante em Série
- Billy Crudup (The Morning Show)
- Matthew Macfadyen (Succession)
- Alan Ruck (Succession)
- Alexander Skarsgård (Succession)
- James Marsden (Na Mira do Júri)
- Ebon Moss-Bachrach (O Urso)
Capcom anuncia Monster Hunter Wilds com trailer no TGA 2023
Durante a cerimônia do The Game Awards 2023, a Capcom revelou oficialmente uma de suas aguardadas surpresas, confirmando o desenvolvimento de Monster Hunter Wilds. O jogo representa uma evolução dos conceitos introduzidos no aclamado capítulo World da franquia Monster Hunter.
Embora a notícia tenha gerado grande empolgação entre os fãs, o produtor Ryozo Tsujimoto deixou claro que detalhes mais aprofundados sobre Monster Hunter Wilds serão compartilhados publicamente apenas daqui a um ano. Essa revelação levanta a expectativa de que informações adicionais sobre o jogo serão inicialmente divulgadas por meio de insiders e fontes especializadas nos próximos meses.
O vídeo de estreia de Monster Hunter Wilds exibiu características marcantes, como a abordagem de hordas massivas de monstros, permitindo aos jogadores utilizar montarias para guiá-los em meio a tempestades de raios. As montarias desempenharão um papel crucial não apenas em combate, mas também na navegação por obstáculos e regiões desafiadoras.
https://www.youtube.com/watch?v=O3syM4tV8Xw
O trailer também destacou a importância das montarias ao mostrar suas habilidades, como planar por breves momentos e executar saltos precisos para superar terrenos acidentados. Além disso, foi revelada uma extensa área repleta de criaturas, indicando a amplitude e complexidade do jogo.
Monster Hunter Wilds será lançado para plataformas de última geração, incluindo PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. Notavelmente ausente dessa lista, o Nintendo Switch não receberá esta edição da franquia Monster Hunter. Vale ressaltar que o capítulo anterior, Monster Hunter Rise, lançado em 2021, passou por um lançamento progressivo, inicialmente como exclusivo do Nintendo Switch, seguido por uma versão para PC e, posteriormente, chegando às plataformas PlayStation e Xbox no início de 2023.
Fntastic deleta diversos vídeos de The Day Before de antes do lançamento do jogo
The Day Before, após uma trajetória tumultuada, finalmente chegou ao mercado, mas o lançamento não escapou de mais controvérsias. O estúdio Fntastic, responsável pelo jogo, deletou uma parte significativa dos vídeos relacionados ao título em seu canal no YouTube, o que intensificou as críticas e desconfianças em torno do projeto.
A situação foi destacada por Nick Calandra, ex-editor chefe do The Escapist, que há tempos tem expressado sua convicção de que The Day Before é uma fraude desde o seu anúncio. Calandra sugeriu que a exclusão dos vídeos pode ser uma tentativa de "esconder qualquer evidência do jogo falso que eles promoveram". Em um tweet, ele compara a situação atual do canal com a quantidade de vídeos disponíveis no início do ano.
O jogo, inicialmente apresentado como um MMORPG de mundo aberto pós-apocalíptico, recebeu ampla divulgação do IGN com trailers exclusivos, foi promovido pela NVIDIA, chegou a ser um dos jogos mais desejados no Steam e teve trailers que levantaram suspeitas por apresentarem trechos semelhantes a outros jogos. Calandra questiona se alguém teve a oportunidade de jogar ou testar o título.
https://twitter.com/nickjcal/status/1732886788069306753?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1732886788069306753%7Ctwgr%5E8f17f1464a77812f053dac3e078d30e3ec009c2f%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.adrenaline.com.br%2Fgames%2Fthe-day-before-fntastic-deleta-diversos-videos-de-seu-canal-antes-do-lancamento-do-jogo%2F
Além da controvérsia em torno dos vídeos deletados, The Day Before acumula milhares de avaliações negativas no Steam. Com mais de 11 mil análises de jogadores, o jogo possui uma aprovação de apenas 18%. As críticas incluem problemas de otimização, falta de servidores na América do Sul e alegações de que o jogo não corresponde ao que foi divulgado.
Uma observação feita por Calandra é a ausência de cobertura da imprensa mundial, indicando que o estúdio Fntastic pode não ter enviado chaves do jogo para diferentes canais e sites. The Day Before está disponível no Steam em acesso antecipado, embora o plano inicial fosse um lançamento convencional. No momento, o jogo está disponível por R$ 107,99 na plataforma da Valve.
Jurassic Park Survival é anunciado com belo trailer
A Saber Interactive, desenvolvedora conhecida por títulos como World War Z: Aftermath e Evil Dead: The Game, anunciou durante o The Game Awards 2023 o lançamento de Jurassic Park: Survival. Embora o título possa evocar lembranças, trata-se de um projeto totalmente novo, trazendo de volta o icônico Parque dos Dinossauros para os consoles de nova geração e PC.
O novo jogo apresenta uma trama inédita que se desenrola na Ilha Nublar, explorando uma narrativa envolvente centrada em Maya Joshi, uma pesquisadora da InGen que, após os eventos do primeiro filme da franquia, fica presa na ilha e precisa encontrar uma rota de fuga. Essa proposta resgata o título Jurassic Park: Survival, que originalmente estava vinculado a um projeto cancelado em 2001, mas agora ressurge com uma abordagem completamente nova.
Jurassic Park: Survival permitirá aos jogadores explorar todos os ambientes da ilha, enfrentando não apenas dinossauros, mas também outras ameaças desconhecidas. Elementos clássicos dos filmes, como o centro de visitantes e encontros com dinossauros notáveis, incluindo o temível T-Rex, fazem parte da experiência de jogo.
https://www.youtube.com/watch?v=UinsNBOTNyU
Os encontros com os dinossauros não se limitarão a confrontos tradicionais; em vez disso, os jogadores terão que adotar estratégias sorrateiras, combinando silêncio e inteligência para sobreviver. Cada dinossauro apresentará comportamentos únicos e adaptações à situação, mantendo a fidelidade à rica lore da franquia cinematográfica da Universal Pictures.
O jogo promete oferecer uma experiência intensa e imersiva, onde os jogadores terão que utilizar recursos disponíveis de maneira inteligente para superar desafios e encontrar soluções para sobreviver. Jurassic Park: Survival está programado para ser lançado no PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC, embora ainda não haja uma data específica para o lançamento. Os fãs aguardam ansiosamente para revisitar o mundo fascinante de Jurassic Park de uma perspectiva totalmente nova.
Baldur's Gate 3 é o Jogo do Ano; confira os vencedores do TGA 2023
O The Game Awards 2023 acabou e premiou Baldur's Gate 3 com o maior troféu da noite: de Jogo do Ano. Outro grande destaque foi Alan Wake 2 que recebeu diversos prêmios ao longo da cerimônia.
Apresentada por Geoff Keighley e contando também com trailers de jogos de várias plataformas, tivemos revelações surpreendentes com novos trailers de anúncio de Exodus - um game inspirado em conceitos de Interestelar, a DLC God of War Ragnarok Valhalla (que já será lançada no próximo dia 13), No Rest for the Wicked - do estúdio criador de Ori, Dragon Ball Sparking Zero, Rise of the Ronin, OD (novo jogo de Hideo Kojima), Jurassic Park Survival, Marvel's Blade, entre outros.
Veja todos os vencedores abaixo:
Jogo do Ano (GOTY)
- Alan Wake 2
- Baldur’s Gate 3
- Marvel’s Spider-Man 2
- Resident Evil 4 Remake
- Super Mario Bros. Wonder
- The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom
Melhor Direção de Jogo
- Alan Wake 2
- Baldur’s Gate 3
- Marvel’s Spider-Man 2
- Super Mario Bros. Wonder
- Zelda: Tears of the Kingdom
Melhor Narrativa
- Alan Wake 2
- Baldur’s Gate 3
- Cyberpunk 2077: Phantom Liberty
- Final Fantasy XVI
- Marvel’s Spider-Man 2
Melhor Jogo de Ação
- Armored Core VI
- Dead Island 2
- Ghostrunner 2
- Hi-Fi Rush
- Remnant 2
Melhor Jogo de RPG
- Baldur’s Gate 3
- Final Fantasy XVI
- Lies of P
- Sea of Stars
- Starfield
Melhor Jogo de Ação/Aventura
- Alan Wake 2
- Marvel’s Spider-Man 2
- Resident Evil 4 Remake
- Star Wars Jedi: Survivor
- The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom
Melhor Jogo AR/VR
- Gran Turismo 7
- Horizon Call of the Mountain
- Humanity
- Resident Evil Village VR Mode
- Synapse
Melhor Jogo de Luta
- God of Rock
- Mortal Kombat 1
- Nickelodeon All-Star Brawl 2
- Pocket Bravery
- Street Fighter 6
Melhor Jogo de Esportes ou Corrida
- EA Sports FC 24
- F1 23
- Forza Motorsport
- Hot Wheels Unleashed 2: Turbocharged
- The Crew Motorfest
Melhor Jogo para a Família
- Disney Illusion Island
- Party Animals
- Pikmin 4
- Sonic Superstars
- Super Mario Bros. Wonder
Melhor jogo de Simulação/Estratégia
- Advance Wars 1+2: Re-Boot Camp
- Cities: Skylines II
- Company of Heroes 3
- Fire Emblem Engage
- Pikmin 4
Melhor Estreia de Estúdio Indie
- Cocoon
- Dredge
- Pizza Tower
- Venba
- Viewfinder
Melhor Jogo Independente
- Cocoon
- Dave the Diver
- Dredge
- Sea of Stars
- Viewfinder
Melhor Técnico de e-Sports
- Christine “Potter” Chi
- Danny “Zonic” Sorensen
- Jordan “Gunba” Graham
- Remy “XTQZZZ” Quoniam
- Yoon “Homme” Sung-Young
Melhor Jogo de e-Sports
- DOTA 2
- Counter-Strike 2
- League of Legends
- PUBG Mobile
- Valorant
Melhor Evento de e-Sports
- 2023 League of Legends World Championship
- Blast.tv Paris Major 2023
- EVO 2023
- The Internacional DOTA 2 Championships 2023
- Valorant Champions 2023
Melhor Equipe de e-Sports
- Evil Geniuses
- Fnatic
- Gaimin Gladiatiors
- JD Gaming
- Team Vitality
Melhor Atleta de e-Sports
- Lee “Faker” Sang-Hyeok
- Mathieu “Zywoo” Herbaut
- Max “Demon1” Mazanov
- Paco “Hydra” Ruseiwiez
- Park “Ruler” Jae-Hyuk
- Philip “Imperalhal” Dosen
Melhor Criador de Conteúdo do Ano
- Iron Mouse
- ChrisBratt/People Make Games
- Quakity
- Spreen
- SypherPK
Melhor Suporte de Comunidade
- Baldur’s Gate 3
- Cyberpunk 2077
- Destiny 2
- Final Fantasy XIV
- No Man’s Sky
Melhor Adaptação
- Castlevania: Nocturne
- Gran Turismo
- The Last of Us
- Super Mario Bros: O Filme
- Twisted Metal
Menor Jogo Contínuo
- Apex Legends
- Cyberpunk 2077
- Final Fantasy XIV
- Fortnite
- Genshin Impact
Melhor Trilha Sonora & Música
- Alan Wake 2
- Baldur’s Gate 3
- Final Fantasy XVI
- Hi-Fi Rush
- The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom
Melhor Design de Som
- Alan Wake 2
- Dead Space
- Hi-Fi Rush
- Marvel’s Spider-Man 2
- Resident Evil 4
Melhor Direção de Arte
- Alan Wake 2
- Hi-Fi Rush
- Lies of P
- Super Mario Bros. Wonder
- The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom
Melhor Multiplayer
- Baldur’s Gate 3
- Diablo IV
- Party Animals
- Street Fighter 6
- Super Mario Bros. Wonder
Melhor Atuação
- Ben Starr (Final Fantasy XVI)
- Cameron Monaghan (Star Wars Jedi: Survivor)
- Idris Elba (Cyberpunk 2077: Phantom Liberty)
- Melani Liburd (Alan Wake 2)
- Neil Newbon (Baldur’s Gate 3)
- Yuri Lowenthal (Marvel’s Spider-Man 2)
Prêmio Games for Impact
- A Space for the Unbound
- Chants of Senaar
- Goodbye Volcano High
- Tchia
- Terra Nil
- Venba
Inovação em Acessibilidade
- Diablo IV
- Forza Motorsport
- Hi-Fi Rush
- Marvel’s Spider-Man 2
- Mortal Kombat 1
- Street Fighter 6
Melhor Jogo Mobile
- Final Fantasy VII: Ever Crisis
- Hello Kitty Island Adventure
- Honkai: Star Rail
- Monster Hunter Now
- Terra Nil
Jogo mais Esperado
- Final Fantasy VII Rebirth
- Hades 2
- Like a Dragon: Infinite Wealth
- Star Wars Outlaws
- Tekken 8
Review | Avatar: Frontiers of Pandora traz uma imersão inigualável
James Cameron tinha uma visão e um enorme orçamento ao criar a então inédita franquia Avatar em 2009. Com um longo período de desenvolvimento devido à complexidade de seus efeitos visuais, a saga só veio a receber um novo filme no final de 2022. Logo, sendo um sinônimo de “manjar para os olhos”, não é surpresa alguma que a franquia também viesse a ter seus próprios jogos.
Poucos devem lembrar, mas Avatar fez sua estreia nos games ainda em 2009, em um lançamento simultâneo ao primeiro filme chegando para Xbox 360 e PlayStation 3. Embora o jogo não tenha sido alçado como um dos melhores já feitos, era bastante satisfatório para o hardware da época, além de trazer uma narrativa inédita caso o jogador encarasse a campanha sob o prisma da RDA - a facção humana que explora os recursos naturais de Pandora.
Mais de uma década depois, enfim chega o também anunciado (há dois anos) Avatar: Frontiers of Pandora, totalmente desenvolvido pela Massive Entertainment com o apoio da Ubisoft e supervisão da Lightstorm Entertainment - a própria produtora de James Cameron. A ambição do projeto era sem igual, servindo para expandir tremendamente toda a mitologia da saga, além de cravar sua própria identidade. Felizmente, boa parte do que o time almejou foi conquistado.
Eu sou Na’vi
Avatar: Frontiers of Pandora nos coloca na pele de um na’vi sequestrado ainda criança pela RDA. Os últimos do clã Sarentu foram aprisionados ainda jovens para aprenderem os caminhos dos humanos, história, ciência e cultura, para então conseguirem fazer uma ponte entre os nativos de Pandora e os invasores alienígenas - os homens. Entretanto, ao longo dos 15 anos de cativeiro, os na’vi acabam surpreendidos pela incursão de Jake Sully e Neytiri contra a RDA, destruindo a base onde ficavam.
Libertos pela primeira vez, os já adultos na’vi sarentu terão que aprender a se reconectar com Eywa, além de integrarem à resistência contra a RDA que continua bastante presente em Pandora, subjugando sua fauna e flora aos extremos da perversão em uma exploração predatória. Sob o comando da RDA do fronte oeste, está John Mercer, líder da facção nessa região, e a implacável coronel Angela Harding que possui seus próprios planos de exploração ao bioma da lua.
Em geral, a história de Frontiers of Pandora está no nível dos dois filmes já criados por Cameron, embora careça bastante de carisma para seu rol de personagens - isso inclui o/a protagonista (aliás, recomendo a protagonista feminina já que a atriz original tem um maior empenho no papel do que sua contraparte masculina). Em si, a proposta já é bastante única e original, fazendo total sentido para a elaboração do projeto.
Afinal, assim como a protagonista, o jogador nunca vivenciou Pandora como ocorre aqui. Logo, toda a narrativa é atenta em apresentar mais da lua, da fauna extremamente variada e da flora que preenche em exuberância o massivo mapa de mundo aberto. Nisso, a história segue em três atos distintos, mas todos unidos com o objetivo de derrotar os avanços da RDA e se vingar do massacre do seu povo.
A estrutura é funcional, apresentando novos biomas do mapa, bastante distintos, assim como traz novas tribos para a protagonista interagir. Na vasta Floresta Kinglor, temos os sofisticados Aranahe, amantes de música, arte, culinária e tecidos. Já no Prado Alto, os poderosos Zeswa apresentam a força da guerra em sincronia com seus costumes nômades motivados pelos gigantes dóceis zekru. Por fim, há a Floresta Nebulosa onde vivem os reclusos Kame’tire, curandeiros de extrema habilidade, mas que possuem um vínculo sombrio com os Sarentu.
Cada clã traz consigo diversas missões secundárias. Embora nitidamente haja um esforço em criar narrativas mais interessantes, é triste reconhecer que são histórias relativamente fracas e, quando interessantes, sofrem com uma repetição maçante de design de missões - geralmente, muitas envolvem coletas de frutos ou recursos animais em condições impecáveis e te garanto que ficar esperando chover por algumas horas para então poder colher a bendita fruta que só está “ideal” quando molhada não é nada divertido.
Somente na metade do jogo que os roteiristas começam a empenhar maiores esforços em denotar mais drama e personalidade para os amigos sarentu da protagonista. Teylan se mostra o mais interessante, por ter um vínculo afetivo com a RDA nos moldes de uma síndrome de Estocolmo, enquanto Nor começa a se tornar problemático em generalizar todos os humanos como inimigos. Já Ri’nela ganha mais espaço no terceiro ato, conquistando mais responsabilidades.
Os antagonistas, porém, são bastante fracos, apelando para algumas cenas “chocantes”, mas em si, a interação com o protagonista é bastante rasa e pontual. Um problema crônico dos moldes de narrativa da Ubisoft há tempos - desde Far Cry 4. Em geral, a história satisfaz, mas a maior riqueza de informações está mesmo no compêndio dos jogadores mais interessados em Pandora e nos na’vi como um todo.
Imersão sem igual
Uma das decisões artísticas e de jogabilidade de Avatar: Frontiers of Pandora que realmente me deixou encabulado antes de ter a chance de jogar o game foi o fato do título ser em primeira pessoa, se portando como um FPS. Em geral, a comunidade gamer suspeitou bastante da decisão, afinal a graça é ver o modelo do personagem interagindo com o ambiente, assim como em Hogwarts Legacy, por exemplo.
Injustamente, o game então ganhou um rótulo injusto de Far Cry de ET quando na verdade é um jogo bastante distinto da outra célebre saga da Ubisoft. Embora existam sim mecânicas compartilhadas como de coleta e caça, além do sistema de criação de itens, armas e armaduras, o jogo possui diferenciais para cada uma delas, trazendo até minigames - para coletar frutas, por exemplo, é preciso saber colher através da união de uma direção do analógico e combinação com a sensibilidade dos gatilhos do controle.
Tendo a supervisão da Lightstorm, a Massive teve a oportunidade de criar uma Pandora como nunca vista antes, somente vislumbrada na primeira aventura de Jake Sully. Logo, a prioridade máxima do time é a imersão: tanto visual quanto sonora. O jogo é simplesmente maravilhoso e apresenta de fato o poderio da nova geração com a exuberância insana de elementos de vegetação em tela. São inúmeras árvores massivas, flores, plantas exóticas com insetos e fauna permeando o mapa, além de corpos aquáticos por todos os lugares entre rios e cachoeiras.
Quando tudo orna de modo mágico, existe aquela rara sensação de estar jogando algo especial e isso ocorreu comigo algumas vezes enquanto me maravilhava pelo belíssimo mundo que a Massive conseguiu construir. Um deles, extremamente especial, é a missão que envolve se conectar com a Ikran, o dinossauro alado que já vimos nos filmes.
Já nessa missão que ajuda a melhorar muito a nossa mobilidade pelo mapa imenso, vemos as maiores forças do jogo com seu design artístico muito competente e único, os efeitos de física sensacionais que movimentam todas as plantas conforme o vento fica mais forte, e a exploração vertical dos mapas densos - no caso, nas montanhas flutuantes de Pandora.
Há puzzles ambientais também, mas nada de extremamente complexo. Aqui, também é notável o capricho do time em modelar o personagem por inteiro - podemos ver os adornos da armadura no peitoral, os detalhes das tornozeleiras e tudo mais - além de, obviamente, trazer uma maior distância da câmera do chão pelo fato dos na’vi serem muito altos.
Na verdade, a proposta da imersão é tão radical que o jogo sofre por não trazer um sistema de navegação ideal. Para ver os objetivos que devemos ir, é preciso ativar um “sentido na’vi”, assim como o sentido bruxo de Geralt, para notar uma porção brilhante no horizonte e seguir para lá.
Tudo para não poluir a interface do usuário. Embora seja difícil ficar perdido por causa da mecânica, se torna um hábito frequente para o jogador manter essa visão ligada o tempo inteiro, o que acaba destoando bastante. Logo é uma faca de dois gumes. Em momentos de investigação em que é preciso ligar algumas pistas às outras, torna-se ainda mais complicado, pois mesmo com a visão alternativa ativada, é difícil distinguir todas as pistas na porção do território da missão. Esses problemas de navegação poderiam ser corrigidos com um patch futuro, mas acho bastante improvável.
Já o mapa que podemos colocar indicadores, é bastante detalhado, miniaturizando todo o terreno em 3D. Ele também possui um overlay muito bem-vindo para mostrar onde se encontram determinadas criaturas e plantas essenciais para coletas.
Embora o jogo tenha um bom ritmo, ainda há um hábito muito desagradável do game design da Ubisoft desde Assassin’s Creed Origins, mas no caso, ainda pior. O jogo não oferece experiência em troca das missões e atividades secundárias. O personagem ganha pontos de habilidades como recompensa, mas isso não necessariamente o torna mais poderoso.
Logo, em missões principais, existem saltos brutais em níveis de dificuldade como uma missão de nível 8 ser seguida por uma missão de nível 12. E acredite, esse jogo não é moleza como os Far Cry costumam ser. Caso pegue uma missão muito acima do seu nível, prepare-se para sofrer já que poucos tiros são suficientes para matar o protagonista. Logo, tudo é balanceado através de níveis de poder - assim como em God of War e Hogwarts Legacy.
Para aprimorar esses níveis de poder, é preciso achar melhores equipamentos e explorar significativamente outras mecânicas do jogo. Ainda assim, te garanto que demora bastante para conseguir elevar a sobrevivência do personagem e enfrentar os desafios necessários para progredir. Então, se é um jogador impaciente, é melhor se preparar psicologicamente antes de encarar o game.
As missões secundárias são ótimas para garantir melhor influência nos clãs que as dispõe e, através disso, podemos conseguir itens melhores com os mercadores, além de projetos para a criação de itens únicos. Como as tribos não usam dinheiro, o sistema de trocas é baseado em reputação. É uma mecânica bem inteligente e única para o game que poderia ser transportada para outros jogos.
Todos os biomas apresentados no jogo são riquíssimos e contam com diferenças notórias para tornarem-se distintos. As Florestas Kinglor são basicamente a região próxima a que ocorre o primeiro filme da saga. Aqui, a exuberância de florestas densas escondem cavernas gigantes que trazem atributos únicos. Espalhados por todo o mapa, estão alguns pontos de habilidade consagrados via conexão com os sarentu do passado, em câmaras escondidas, mas apontadas no mapa para exploração.
Os Prados Altos trazem ventanias fortes cuja vegetação se adaptou aos ventos em formações únicas. São planícies imensas e ideais para navegar montado em um equimível. A Floresta Nebulosa também é densa, mas permeada por uma neblina misteriosa que traz uma narrativa por si só. Aqui, os musgos são mais presentes, assim como fungos gigantes, além de trazer criaturas mais perigosas como o Thanator.
Diversidade é o que não falta. A Massive se empenhou ao máximo para realizar um mundo único, extremamente vivo e exuberante com os mapas abertos de Pandora. Por sinal, como já esperado, o ciclo de dia e noite também revela coisas muito pontuais. Por exemplo, o cenário se transforma com a bioluminescência do solo e das plantas, dando um show de cores neon e luzes belíssimas - os efeitos HDR e ray tracing só ajudam a realçar ainda mais o belo trabalho.
Também é notável que cada parte do mapa traga consigo uma geografia peculiar com formações rochosas tão poderosas que se tornam pontos de referência para o jogador se localizar nas jornadas. Entre as atividades secundárias, além da coleta e caça, como já apontadas antes, existem as bases poluídoras da RDA.
Essas, funcionam como campos militares de Far Cry, mas alteram todo o bioma pela poluição. Acinzentado em tons pastéis, o cenário se torna imprestável em recursos, dificultando ainda mais a vida do jogador que enfrentar os desafios de derrotar a RDA na região. Depois, uma cinemática mostra o bioma se recuperando. É algo um efeito bonito.
Para auxiliar nesses combates intensos contra a RDA, o jogo oferece a mecânica de comidas. Sim, assim como em Monster Hunter, diversas receitas estão disponíveis para o jogador descobrir, trazendo efeitos passivos de status que farão muita diferença para derrotar inimigos humanos ou selvagens. Por isso, é importante ao máximo não negligenciar essa função que facilita bastante a vida, além de permitir que o protagonista restaure sua saúde após um tempo sem receber dano - há um indicador de fome sempre presente na interface.
Como também é esperado, após tanto cuidado com o visual do jogo, a trilha musical e trabalho sonoro não ficam atrás. Temos faixas dignas das telonas que tornam alguns dos momentos do jogo bastante intensos e até emocionantes - escutar corais e tambores rufarem enquanto voamos com a ikran pelos céus em uma altitude insana é algo que nunca deixa de ser incrível - por sinal, aqui a câmera, adequadamente se torna em terceira pessoa, facilitando bastante os controles.
As únicas partes técnicas que realmente deixam a desejar estão logo no começo do jogo, com a personalização do seu na’vi e também nas cinemáticas secundárias. Com poucas opções de rostos e customização do corpo, é difícil fazer um personagem realmente único, pouco genérico. Entretanto, como o jogo é em primeira pessoa, esse detalhe acaba tendo pouca importância na totalidade da experiência. Já nas cinemáticas, aquelas que permitem pular os diálogos, é notória a queda da qualidade visual e das animações faciais dos NPCs que interagimos.
As fronteiras de Pandora acabaram de começar
É difícil não ficar impressionado com o trabalho técnico e artístico que a Massive empenhou por tantos anos em Avatar: Frontiers of Pandora. Trata-se sim de um dos melhores jogos do ano - e olha que 2023 foi um ano abençoado de lançamentos para os games. Aqui, fica provado que a paixão de um time pelo material de trabalho se torna um enorme diferencial para o resultado final do projeto.
Cada detalhe do jogo exala essa paixão em enriquecer o universo idealizado por James Cameron, o tornando mais convidativo e imersivo do que nunca. Após umas horas de jogatina, é possível ser um perito em fauna e flora de Pandora, sem ficar atrás dos fãs que consomem outros produtos como guias oficiais e que leram os roteiros dos filmes.
Ainda assim, mesmo divertido e desafiador, é importante salientar que o jogo sofre com o design de algumas missões e que muito do tempo exigido do jogador seja destinado a fazer “trabalho forçado” para outros personagens - como as infinitas coletas e caças por recursos impecáveis. Então, recai a pergunta, vale a pena?
A resposta é: vale sim, se já souber o que esperar do título. Se você gosta de jogos em primeira pessoa com exploração livre que vai te entregar muitas horas de entretenimento, com certeza sim. A recomendação mais óbvia fica para os fãs da franquia que não precisam de muito para embarcar novamente em uma aventura inédita por Pandora.
A Ubisoft tem um acerto em mãos em um momento bastante crítico em sua história, então eu celebro a conquista com eles. Fico ansioso para novas fronteiras serem exploradas, trazendo agora os já cativantes oceanos apresentados em Avatar: O Caminho da Água.