Adam Driver e Nathalie Emmanuel em cena de Megalópolis | Créditos: Divulgação

Megalópolis, de Francis Ford Coppola, ganha teaser trailer nacional inédito

Megalópolis estreia em outubro

Megalópolis, novo longa do diretor e roteirista vencedor do Oscar® Francis Ford Coppola (“O Poderoso Chefão” e “Apocalypse Now”), ganhou teaser trailer nacional inédito (assista aqui). Autofinanciado por Coppola, o filme teve sua estreia mundial no Festival de Cinema de Cannes deste ano, onde disputou a Palma de Ouro.

A trama explora o embate entre Cesar Catilina (Adam Driver), um artista que sonha com um futuro utópico, e Franklin Cicero (Giancarlo Esposito), o ambicioso prefeito de Nova Roma. “Megalópolis” será lançado exclusivamente nos cinemas brasileiros em 31 de outubro, com distribuição da O2 Play.

O elenco de “Megalópolis” conta ainda com Nathalie Emmanuel (“Game of Thrones”, “Velozes e Furiosos”) como Julia Cicero, e Shia LaBeouf (“Transformers”, “Ninfomaníaca”) interpretando Clodio Pulcher.

No filme,  a cidade de Nova Roma é palco de um conflito épico entre Cesar Catilina, um artista genial a favor de um futuro utópico e idealista, e seu opositor, o ganancioso prefeito Franklyn Cicero. Entre os dois está Julia Cicero, com a lealdade dividida entre seu pai Cesar e Franklyn, seu amado, tentando decidir sobre qual futuro a humanidade merece. Veja o teaser inédito:

https://www.youtube.com/watch?v=3FeDrpIrzlg&feature=youtu.be

Coppola fala sobre o filme

Francis Ford Coppola revelou à Rolling Stone que seu objetivo com Megalópolis era evitar que o filme fosse visto como uma “produção lacradora de Hollywood”, um termo frequentemente usado para criticar filmes que são percebidos como excessivamente preocupados em transmitir mensagens sociais ou políticas. O elenco do filme inclui figuras controversas como Jon Voight, conhecido por suas opiniões conservadoras e apoio a Donald Trump, e Shia LaBeouf, que enfrentou acusações de agressão sexual em 2021.

Coppola afirmou que queria criar um ambiente de trabalho onde pessoas de diferentes visões políticas e experiências pudessem colaborar em um projeto artístico sem que isso fosse visto como uma tentativa de pregar lições aos espectadores. Ele destacou que o elenco incluiu tanto indivíduos que foram “cancelados” em algum momento quanto outros que possuem opiniões políticas muito distintas, desde ultraconservadores até progressistas.

Sobre trabalhar com Shia LaBeouf, Coppola reconheceu que o ator traz uma energia tensa para o set, criando uma dinâmica desafiadora para o diretor. No entanto, ele comparou LaBeouf ao falecido Dennis Hopper, afirmando que ambos têm a capacidade de transformar essa tensão em atuações brilhantes. Coppola não tinha experiência prévia com LaBeouf, mas ficou impressionado com o comprometimento e o talento do ator.


Beetlejuice 2 mal conta com a presença de Beetlejuice porque ele é o 'vilão', diz roteirista

Beetlejuice 2 mal conta com a presença de Beetlejuice porque ele é o 'vilão', diz roteirista

Beetlejuice: Roteiristas explicam a abordagem para a sequência

Os roteiristas de Beetlejuice 2, Alfred Gough e Miles Millar, compartilharam detalhes sobre o desafio de criar a tão aguardada sequência, revelando que a chave foi limitar o tempo de tela do Bio-Exorcista.

“Acho que essa é a armadilha em que você pode cair”, afirma Gough à revista SFX, na nova edição que chega às bancas em 4 de setembro. “Você quer fazer de Beetlejuice o protagonista, e ele não é. Ele é literalmente o antagonista, um agente do caos que entra na história. O filme se chama Beetlejuice, certo? Então, acho que sempre há aquele instinto de tentar fazer isso, mas tentamos muito permanecer fiéis ao original.”

Sequência foca na nova geração

Na sequência, Jenna Ortega assume o papel de Astrid, a filha de Lydia Deetz (Winona Ryder). Quando Astrid é acidentalmente levada para o submundo, Lydia recorre ao seu antigo “amigo” Beetlejuice, e, como esperado, o caos se instala. Tim Burton retorna para dirigir a continuação, com um roteiro escrito pelos criadores de Wednesday, Gough e Millar.

“Tim também está muito consciente disso”, acrescenta Millar. “Continuamos reduzindo Beetlejuice. Ele é um ótimo personagem para escrever, mas um pouco vai longe. Então, quando ele está na tela, ele causa muito mais impacto. É realmente escolher os momentos e torná-los especiais.”

O elenco inclui Catherine O'Hara reprisando seu papel como Delia Deetz, Justin Theroux como Rory, Monica Bellucci como a esposa de Beetlejuice e Willem Dafoe como o detetive fantasma Wolf Jackson. Antes de seu lançamento nos cinemas, o filme estreou no Festival de Cinema de Veneza, onde recebeu uma ovação de pé de três minutos. A análise de Beetlejuice Beetlejuice feita pelo nosso crítico destacou a sequência como “inventiva e divertida”, mas observou que não deixaria uma marca duradoura na memória.

“Quando você o conhece, acho que você poderia dizer que Beetlejuice está em uma crise de meia-idade”, diz Gough. “Ele se estabeleceu na meia-idade e na gerência intermediária para a vida após a morte. Ele é um cara tentando manter seu negócio de bioexorcismo funcionando, mas perdeu um pouco de sua excitação e paixão por isso. Mas ao longo deste filme, ele recupera seu eu anárquico. Parte de sua vida ficou monótona, mas ele nunca deixou de lado seus sentimentos por Lydia. Ela definitivamente deixou uma impressão.” Beetlejuice 2 estreia em 6 de setembro.


Tim Burton acha Beetlejuice 3 uma ideia improvável: 'talvez, mas duvido'

Tim Burton acha Beetlejuice 3 uma ideia improvável: 'talvez, mas duvido'

Tim Burton reflete sobre a continuação de Beetlejuice e comenta a possibilidade de um terceiro filme

Após 36 anos desde o lançamento do filme original, Tim Burton finalmente trouxe aos fãs a aguardada sequência de Beetlejuice. Com o elenco e a equipe reunidos para a estreia no Reino Unido, realizada na Leicester Square, em Londres, o cineasta comentou sobre o processo de desenvolvimento da franquia, que se tornou um clássico do terror e da comédia. Além de estrelas que retornaram, como Michael Keaton, Winona Ryder e Catherine O'Hara, novos membros do elenco, como Jenna Ortega e Willem Dafoe, se juntaram ao projeto, expandindo o universo peculiar de Burton.

No entanto, ao ser questionado sobre a possibilidade de um terceiro filme da franquia, Burton foi cauteloso. Aos 66 anos, ele brincou ao dizer que, se mantiver o mesmo intervalo de tempo, estará com cerca de 100 anos quando o próximo filme for lançado. “Talvez. Duvido”, comentou o diretor ao The Hollywood Reporter. O filme original, lançado em 1988, foi um marco na carreira de Burton, que seguiu criando obras icônicas como Edward Mãos de Tesoura, A Noiva Cadáver e Alice no País das Maravilhas.

A evolução de Lydia e o motivo para o retorno em 2024

Burton explicou que o principal motivo para retomar a franquia em 2024 foi o desenvolvimento da personagem Lydia, interpretada por Winona Ryder. Ele se interessou pela ideia de explorar como Lydia, que começou como uma adolescente, evoluiu ao longo dos anos. “Ficar mais velho é quando você começa a pensar sobre o que acontece na vida. Relacionamentos... Você tem filhos? Como eles são? Do que você gosta? Como você muda? Essas são todas coisas que eu conheço e vivencio”, disse o diretor. Ele ressaltou que, para ele, fazer a continuação agora parecia mais adequado do que teria sido nos anos 1980.

Jenna Ortega, que interpreta Astrid, a filha de Lydia, também compartilhou sua empolgação em trabalhar com Burton novamente. Ortega já havia colaborado com o diretor na série Wednesday da Netflix, onde conquistou o papel principal. A jovem atriz expressou sua surpresa ao ser convidada para participar de Beetlejuice 2, descrevendo o set como um ambiente colaborativo e acolhedor. “Interpretar a filha [de Ryder] é provavelmente uma das experiências mais gratificantes que já tive. Ela é uma lenda absoluta e uma das pessoas mais adoráveis”, afirmou Ortega.

Willem Dafoe e a estética única de Tim Burton

Willem Dafoe, que interpreta um policial fantasma em Beetlejuice 2, revelou que nunca havia trabalhado com Burton antes, mas que sempre foi um admirador de seus filmes. “Ele contribuiu muito para os filmes, então, quando ele me pediu para fazer algo, fiquei feliz em assinar”, disse o ator. Dafoe comentou que seu personagem, além de ser um policial após a morte, era uma estrela de cinema de segunda categoria em vida, o que permitiu ao ator brincar com o narcisismo típico de atores.

Dafoe também destacou o processo criativo de Burton, mencionando os efeitos de baixa tecnologia e o cuidado artesanal que definem o estilo do diretor. “É realmente feito à mão. É realmente artigianale, não é o material que é feito na pós [produção]. É divertido porque tem uma estética meio brincalhona e pateta, mas ainda se mantém no gênero de terror”, explicou o ator.

Com o lançamento de Beetlejuice 2, Tim Burton reafirma seu papel como um dos grandes mestres do cinema de terror e comédia.


Detalhes de Jurassic World Rebirth são revelados

Detalhes de Jurassic World Rebirth são revelados

Jurassic World Rebirth traz novo olhar à franquia de dinossauros com Scarlett Johansson e Mahershala Ali

A Universal Studios apresentou oficialmente “Jurassic World Rebirth”, o sétimo filme da icônica franquia que começou há 31 anos com o lançamento de “Jurassic Park”. Esta nova produção conta com um elenco de peso, incluindo Scarlett Johansson, Jonathan Bailey e Mahershala Ali. A direção está nas mãos de Gareth Edwards, conhecido por seu trabalho em “Rogue One: Uma História Star Wars” e “The Creator”. O roteiro foi escrito por David Koepp, responsável pelo texto do filme original de 1993.

De acordo com a sinopse oficial divulgada pelo estúdio, “Jurassic World Rebirth” se passa cinco anos após os eventos de “Jurassic World Dominion”. A trama explora um planeta em que a ecologia tornou-se inóspita para os dinossauros, resultando em uma drástica redução de sua população. Os poucos dinossauros sobreviventes agora habitam áreas equatoriais isoladas, com climas semelhantes aos que permitiram sua prosperidade no passado. Nesse contexto, três dessas criaturas colossais detêm a chave para uma droga que promete benefícios milagrosos para salvar vidas humanas.

Personagens centrais e nova dinâmica na franquia

Além da trama envolvente, a Universal também revelou detalhes sobre os personagens principais. Scarlett Johansson interpreta Zora Bennett, uma especialista em operações secretas que lidera uma equipe com a missão de extrair DNA de três das maiores espécies de dinossauros remanescentes. Mahershala Ali assume o papel de Duncan Kincaid, parceiro de Zora na expedição. Jonathan Bailey interpreta o Dr. Henry Loomis, um paleontólogo cuja expertise será crucial para a missão. Rupert Friend dá vida a Martin Krebs, o representante de um conglomerado farmacêutico que está financiando a operação.

Completando o elenco principal, Philippine Velge, Bechir Sylvain e Ed Skrein integram a equipe de Zora. A narrativa se intensifica quando o grupo encontra uma família civil que sobreviveu a um naufrágio causado por dinossauros aquáticos. Essa família, liderada por Reuben Delgado (interpretado por Manuel Garcia-Rulfo), fica presa em uma ilha junto com a equipe, enfrentando descobertas sinistras que estiveram ocultas do resto do mundo por décadas.

Luna Blaise, David Iacono e Audrina Miranda completam o núcleo familiar que se envolve nessa trama repleta de tensão e mistérios.

Estreia marcada para 2025

Com produção de Frank Marshall e Patrick Crowley, e Steven Spielberg atuando como produtor executivo ao lado de Denis L. Stewart e Jim Spencer, “Jurassic World Rebirth” promete trazer uma nova perspectiva à saga dos dinossauros. A estreia mundial está prevista para o dia 2 de julho de 2025, e as expectativas estão altas para este novo capítulo que combina ação, suspense e reflexões sobre a coexistência entre humanos e criaturas pré-históricas.


Filmes e séries de Alan Wake e Control estão em desenvolvimento

Filmes e séries de Alan Wake e Control estão em desenvolvimento

Annapurna e Remedy Entertainment se unem para expandir universos dos jogos em novas mídias

Os universos dos aclamados videogames Alan Wake e Control estão prestes a se expandir além das telas dos consoles. A Annapurna anunciou na última quinta-feira uma parceria com a Remedy Entertainment para desenvolver e produzir projetos de cinema, TV e outras mídias audiovisuais baseados nessas populares franquias. Além disso, a Annapurna irá coproduzir e cofinanciar a aguardada sequência do jogo Control 2.

Expansão do Universo de "Alan Wake" e "Control"

Tero Virtala, CEO da Remedy Entertainment, expressou entusiasmo com essa nova fase de expansão: “Na Remedy, nosso foco principal continua sendo o que fazemos de melhor — criar videogames que definem a indústria e que nos renderam reconhecimento global. Agora, é o momento certo para expandir o alcance das adoradas franquias da Remedy para um público global ainda maior por meio de filmes, televisão e muito mais.” Ele destacou a escolha da Annapurna como parceira ideal, citando a paixão e a ambição compartilhadas por narrativas envolventes.

Alan Wake 2, lançado recentemente, já se destacou como o jogo mais vendido da história da Remedy. A sequência, que continua a história do escritor Alan Wake preso em uma dimensão alternativa aterrorizante, conquistou indicações ao prêmio de jogo do ano no Video Game Awards 2023, além de vencer nas categorias de melhor direção de jogo, narrativa e direção de arte.

Por outro lado, Control, lançado em 2019, é um jogo de ação e aventura que se passa nos escritórios do misterioso Federal Bureau of Control (FBC), uma agência responsável por investigar fenômenos paranormais. A protagonista Jesse Faden utiliza seus poderes sobrenaturais para investigar os segredos da FBC. O jogo também possui conexões com o universo de Alan Wake, reforçando a coesão e a riqueza narrativa do universo criado pela Remedy. Control foi indicado ao jogo do ano no VGAs de 2019, vencendo na categoria de melhor direção de arte, e sua sequência está atualmente em desenvolvimento.

O Potencial das Franquias em Outras Mídias

Hector Sanchez, presidente de mídia interativa e novas da Annapurna, comentou sobre o ineditismo da parceria: "Este acordo com a Remedy não é apenas sobre adaptar grandes jogos — é sobre abrir novos caminhos em como as empresas podem colaborar." Ele ressaltou a confiança na visão da Remedy e a expectativa de trazer os universos de Control e Alan Wake para um público ainda maior através de cinema e televisão.

Megan Ellison, CEO da Annapurna, acrescentou: "A maneira como contamos histórias está mudando. Hoje, as pessoas se apaixonam por personagens e universos, não por formatos, e estamos animados para alavancar as narrativas amadas e envolventes da Remedy nessas novas mídias."

Um Futuro Promissor para os Fãs

Com essa parceria, os fãs de Alan Wake e Control podem esperar por uma expansão significativa dos universos desses jogos, permitindo que as ricas narrativas e personagens transcendam os limites dos consoles e ganhem vida em novas formas de entretenimento. Seja através de filmes ou séries de TV, essas adaptações prometem oferecer novas experiências emocionantes para os amantes das histórias envolventes que a Remedy tem criado ao longo dos anos.


'Fox foi estúpida em não acreditar na visão de Fincher', diz Sigourney Weaver sobre Alien 3

'Fox foi estúpida em não acreditar na visão de Fincher', diz Sigourney Weaver sobre Alien 3

A atitude do estúdio tornou a produção cinematográfica muito difícil, diz a estrela de "Alien"

Sigourney Weaver, estrela icônica da franquia Alien, fez críticas contundentes à 20th Century Fox pela maneira como o estúdio lidou com a produção de Alien 3, o primeiro longa-metragem dirigido por David Fincher. Em uma nova entrevista ao Deadline, Weaver expressou sua frustração com a falta de apoio do estúdio, chamando a decisão de "idiota".

A Frustração de Weaver com o Estúdio

Weaver revelou que sentiu profundamente a falta de suporte por parte da 20th Century Fox durante as filmagens de Alien 3, que foi lançado em 1992. "Foi um momento de transição quando os estúdios pararam de pensar em 'Vamos fazer grandes filmes' e começaram a pensar em 'Não vamos perder dinheiro'", disse a atriz. Ela destacou que, embora a ideia de colocar David Fincher no comando de seu primeiro filme fosse excelente, o estúdio falhou em apoiá-lo adequadamente.

Ela continuou: "Eu podia sentir que David tinha que pegar o telefone e lutar todos os dias para que filmássemos o que ele queria no dia seguinte. E lamento que ele não tenha tido a chance de fazer o roteiro dele antes de começarmos. Isso torna a produção cinematográfica muito difícil."

O Legado Complicado de "Alien 3"

Alien 3 foi um filme controverso desde seu lançamento, com Fincher se distanciando do projeto após enfrentar uma série de desafios criativos e de produção. A trama do filme segue Ellen Ripley (interpretada por Weaver) depois que sua cápsula de escape cai em uma colônia penal no espaço, trazendo um Xenomorfo mortal consigo.

Weaver voltou ao papel de Ripley em Alien: Resurrection de 1997, mas ficou de fora do último filme da franquia, Alien: Romulus, lançado no início deste mês. Dirigido por Fede Alvarez, conhecido por seu trabalho em Evil Dead, Alien: Romulus explora eventos situados entre os dois primeiros filmes da série e segue um grupo de jovens tentando escapar de uma colônia da Weyland-Yutani ao roubar câmaras de criostase de uma estação de pesquisa abandonada, apenas para descobrir um perigo mortal à espreita.

As declarações de Weaver lançam luz sobre os desafios enfrentados por Fincher durante a produção de Alien 3, um filme que, apesar de suas dificuldades, continua a ser uma peça importante no legado da franquia Alien. A crítica de Weaver à 20th Century Fox serve como um lembrete da importância de apoiar a visão criativa dos cineastas, especialmente em projetos que carregam a expectativa e o peso de uma franquia estabelecida.

Alien: Romulus já está em cartaz nos cinemas, oferecendo uma nova perspectiva sobre o universo de Alien e reafirmando o apelo duradouro da saga.


Documentário 'Riefenstahl' destrói mitos da cineasta favorita de Hitler

Documentário 'Riefenstahl' destrói mitos da cineasta favorita de Hitler

Filme de Andres Veiel apresenta novo olhar sobre a diretora ligada ao nazismo 

Leni Riefenstahl, falecida em 2003 aos 101 anos, continua sendo uma figura polarizadora na história do cinema. Conhecida como "a diretora favorita de Hitler", seus documentários inovadores como The Triumph of the Will (1935) e Olympia (1938) são ao mesmo tempo aclamados por suas qualidades técnicas e infames por sua associação com a propaganda nazista. A questão de se o talento de Riefenstahl pode ou deve ser separado de suas visões políticas é um debate que persiste, alimentado por sua complexa biografia e o contexto histórico em que suas obras foram criadas.

A Profundidade da Ideologia Nazista

No novo documentário Riefenstahl, exibido fora da competição no Festival de Cinema de Veneza, o cineasta alemão Andres Veiel busca fornecer uma perspectiva mais profunda sobre a diretora, indo além das abordagens anteriores que muitas vezes focaram em sua estética e legado cinematográfico. Veiel teve acesso aos arquivos pessoais de Riefenstahl, que incluíam diários, correspondências, fotos privadas e gravações telefônicas. Através desse material, o diretor explora o envolvimento de Riefenstahl com a ideologia nazista, apresentando evidências de que ela não era apenas uma oportunista, mas sim uma defensora ativa das ideias nazistas.

Um dos aspectos mais reveladores do documentário é a descoberta de uma entrevista de 1934, na qual Riefenstahl afirmou ter lido Mein Kampf em 1931 e se tornado uma "nacional-socialista entusiasmada" após apenas uma página. Este detalhe contradiz suas declarações ao longo da vida de que nunca teve conhecimento real do nazismo ou do Holocausto.

O Legado Ambíguo e o Fascínio Duradouro

Grande parte de Riefenstahl foca na vida da diretora após a Segunda Guerra Mundial, quando ela foi rotulada como simpatizante nazista pelos Aliados e enfrentou dificuldades para continuar sua carreira cinematográfica. Riefenstahl manteve, até o fim de sua vida, a narrativa de que era uma vítima, alegando ignorância sobre os crimes do regime nazista. Veiel, no entanto, demonstra que essa alegação era, na melhor das hipóteses, uma mistura de repressão e mentira deliberada.

O documentário também examina o impacto de Riefenstahl nas décadas seguintes, especialmente em como ela conseguiu reabilitar sua imagem pública na Alemanha pós-guerra. Uma das cenas mais marcantes é a exibição de uma entrevista da década de 1970, onde Riefenstahl, com lágrimas nos olhos, convenceu muitos espectadores alemães de sua suposta inocência, gerando um renascimento em sua popularidade.

Reflexões sobre o Fascismo Moderno

Veiel não apenas traça o retrato psicológico de Riefenstahl, mas também usa sua história para lançar luz sobre o fascínio contínuo pelo fascismo. Ele sugere que o "sonho" de Riefenstahl — ter recursos ilimitados para criar arte — é uma metáfora poderosa para as armadilhas sedutoras do poder totalitário. Este paralelo é particularmente relevante no contexto atual, com o ressurgimento de movimentos de extrema-direita na Europa e nos Estados Unidos.

Riefenstahl oferece uma reflexão crítica sobre a figura da diretora, questionando não apenas sua moralidade, mas também a nossa capacidade de discernir e resistir às seduções do poder e da ideologia extremista. Ao revisitar a vida e obra de uma das cineastas mais controversas da história, o documentário convida o público a considerar as implicações mais amplas de sua história — não apenas para entender o passado, mas também para evitar os erros do futuro.


Ryan Reynolds pede reconhecimento para dublês no Oscar

Ryan Reynolds pede reconhecimento para dublês no Oscar

Ator defende criação de categoria para dublês, destacando trabalho de equipes em filmes como Deadpool e Wolverine

Ryan Reynolds, conhecido por seu papel como Deadpool, se uniu a uma crescente campanha entre estrelas de Hollywood para que o trabalho dos dublês seja finalmente reconhecido no Oscar. Em uma série de tweets, Reynolds destacou a importância dos dublês no cinema, expressando seu desejo de ver a criação de uma categoria específica para essas performances na premiação mais prestigiada do cinema.

A Campanha por Reconhecimento

"Trabalho de dublê não tem uma categoria no Oscar e espero que isso mude algum dia," escreveu Reynolds, mencionando como artistas icônicos do cinema mudo, como Buster Keaton, Harold Lloyd e Charlie Chaplin, eram não apenas cineastas, mas também dublês que usavam seus corpos inteiros para contar histórias. Esse tipo de trabalho físico e criativo, argumenta Reynolds, merece o mesmo nível de reconhecimento que outras formas de atuação.

O ator aproveitou para elogiar a equipe de dublês com quem trabalhou no próximo filme Deadpool & Wolverine (D&W), descrevendo-os como amigos e profissionais excepcionais. Reynolds destacou especificamente Alex Kyshkovych, seu dublê e coordenador de luta em todos os filmes de Deadpool, bem como George Cottle, diretor de segunda unidade e coordenador supervisor de dublês, e Daniel Stevens, o dublê de Wolverine de Hugh Jackman.

Apoio de Outros Nomes Importantes

Reynolds não está sozinho em sua campanha. O diretor de John Wick, Chad Stahelski, tem defendido ativamente a criação de uma categoria de Oscar para dublês, argumentando que o trabalho deles é essencial para a narrativa e o sucesso dos filmes de ação. Da mesma forma, Ryan Gosling e Emily Blunt, que estrelam o filme The Fall Guy, também elogiaram os dublês durante a cerimônia do Oscar deste ano.

Gosling, em entrevista ao GamesRadar+, enfatizou a importância de dar reconhecimento aos dublês: "É hora de dar a eles um Oscar, dar-lhes suas flores e crédito." Ele destacou que os dublês são profissionais altruístas e corajosos, que desempenham papéis cruciais na criação de filmes emocionantes.

O Impacto das Ações de Reynolds

A iniciativa de Ryan Reynolds de pedir mais reconhecimento para os dublês reflete uma crescente conscientização na indústria cinematográfica sobre a importância desses profissionais. Com o apoio de outros grandes nomes de Hollywood, a pressão para que a Academia considere a criação de uma categoria de dublês no Oscar está aumentando. A inclusão dessa categoria não só celebraria as incríveis façanhas físicas e criativas dos dublês, mas também traria maior visibilidade e respeito a uma profissão que é essencial para a magia do cinema.

Se essa campanha for bem-sucedida, poderemos ver uma nova era de reconhecimento para aqueles que, muitas vezes, colocam suas vidas em risco para garantir que os filmes nos mantenham na ponta de nossos assentos.


Sigourney Weaver retornaria para mais um filme de Alien

Sigourney Weaver retornaria para mais um filme de Alien

Atriz questiona necessidade de mais um Filme, mas não descarta completamente a ideia

Sigourney Weaver, eternizada no papel de Ellen Ripley na franquia Alien, compartilhou recentemente suas reflexões sobre a possibilidade de retornar ao icônico papel que a consagrou no cinema. Em entrevista ao Deadline, a atriz revelou que, embora sempre sinta uma conexão com Ripley, ainda não encontrou um roteiro que a convença a reviver a personagem.

Ripley em "Outra Dimensão"

"Eu sinto que ela nunca está longe de mim, mas por outro lado, eu ainda não li um roteiro que dissesse 'você tem que fazer isso'," afirmou Weaver. Para a atriz, Ripley está "nesta outra dimensão, segura do Alien por enquanto." Essa declaração sugere que, enquanto a possibilidade de retorno não é completamente descartada, ela não é algo iminente na mente da atriz.

O Público Quer Mais Ripley?

Weaver também expressou dúvidas sobre o interesse do público em ver Ripley novamente nas telas. "O quanto o público realmente precisa ou quer outro filme de Ripley?" questionou a atriz. Ela acrescentou que, embora não passe muito tempo pensando nisso, consideraria a ideia se um projeto interessante surgisse. "Surgiu várias vezes, mas também estou ocupada fazendo outras coisas. Ripley mereceu seu descanso."

A História de Weaver com a Franquia "Alien"

Desde que deu vida a Ellen Ripley pela primeira vez em Alien (1979), Weaver se tornou sinônimo da personagem. Ela reprisou o papel em sequências como Aliens (1986), Alien 3 (1992) e Alien: Resurrection (1997). O papel de Ripley é amplamente considerado um dos mais icônicos da ficção científica, e sua influência se estende além dos filmes, com referências em outras mídias e aparições em jogos como Alien: Isolation (2014).

Na última década, Weaver manteve-se ocupada com uma variedade de projetos, mas sua conexão com Ripley permanece inabalável. Ela chegou a dar voz à personagem em pacotes de DLC para Alien: Isolation, onde os jogadores também puderam controlar Amanda Ripley, filha de Ellen, reforçando ainda mais a ligação da atriz com a franquia.

O Futuro de Ripley

Com a franquia Alien ainda relevante e gerando novos projetos, como Alien: Romulus deste ano, o interesse em Ellen Ripley e sua possível volta ao universo cinematográfico é inegável. No entanto, Sigourney Weaver parece satisfeita em manter a personagem em "outra dimensão" por enquanto, deixando a porta aberta, mas com cautela, para um retorno que realmente faça jus à importância de Ripley.

O que o futuro reserva para Ellen Ripley ainda é incerto, mas uma coisa é clara: se Sigourney Weaver decidir retornar ao papel, será porque o projeto realmente vale a pena.


Michael Keaton admite arrependimento em Dumbo: 'fui péssimo'

Michael Keaton admite arrependimento em Dumbo: 'fui péssimo'

Michael Keaton, em recente entrevista ao The New York Times, revelou um certo arrependimento em relação à sua atuação no filme live-action Dumbo, dirigido por Tim Burton em 2019. Keaton, que interpretou o ganancioso dono de parque de diversões Vandevere, confessou que sentiu ter decepcionado Burton com sua performance. "Eu amo muito trabalhar com Tim, mas acho que nunca realmente analisamos por que trabalhamos tão bem juntos; nós apenas fazemos", disse Keaton. "Acho que o decepcionei em um filme, mas isso sou só eu, e isso me incomoda até hoje. Eu não tinha a mínima ideia sobre 'Dumbo'. Eu fui péssimo em 'Dumbo'."

Burton, presente na entrevista, rapidamente rebateu os comentários de Keaton, afirmando: "Eu nem sei do que você está falando, mas tanto faz." Embora Burton tenha minimizado as preocupações de Keaton, o próprio diretor já expressou anteriormente seus sentimentos mistos em relação ao filme e à experiência de trabalhar em uma grande produção da Disney.

Críticas e Recepção

Lançado em 2019, Dumbo recebeu críticas mistas, com a atuação de Keaton dividindo opiniões. Owen Gleiberman, da Variety, descreveu sua performance como "decepcionantemente fraca", destacando que o personagem Vandevere era "um cara mau com uma voz de lixa, mas sem camadas". Além das críticas, o filme não atingiu as expectativas financeiras, arrecadando pouco mais de US$ 350 milhões nas bilheterias globais, um valor considerado abaixo do esperado para um filme da Disney.

Burton e a Indústria Cinematográfica

Tim Burton, por sua vez, foi bastante franco sobre suas experiências na direção de Dumbo. Em várias entrevistas, o diretor revelou que considerou a possibilidade de se aposentar após o lançamento do filme. "Honestamente, depois de Dumbo, eu realmente não sabia", disse ele. "Eu pensei que poderia ter sido isso, realmente. Eu poderia ter me aposentado ou me tornado... bem, eu não teria me tornado um animador novamente, acabou."

Burton comparou a produção de Dumbo com sua própria jornada em Hollywood, sugerindo que o filme é "bastante autobiográfico em um certo nível". Ele explicou que se viu como o próprio Dumbo, preso em um "grande circo horrível" e sentindo a necessidade de escapar. Essa experiência o fez reconsiderar sua abordagem à direção e reforçou a importância de trabalhar em projetos que realmente o inspirem.

O Renascimento com "Beetlejuice Beetlejuice"

O diretor creditou a sequência Beetlejuice Beetlejuice por ter reacendido sua paixão pelo cinema. Trabalhar novamente com um elenco querido e retornar a um universo familiar trouxe de volta a energia criativa que ele sentia ter perdido. "Isso reforçou o sentimento para mim de que é importante que eu faça o que eu quero fazer, porque então todos se beneficiarão."

Keaton e Burton possuem uma longa história de colaboração, incluindo sucessos como Beetlejuice, Batman e agora Beetlejuice Beetlejuice, que estreia nos cinemas em 6 de setembro. Com esse novo filme, a dupla espera capturar novamente a magia que definiu suas colaborações anteriores, trazendo à tona o melhor de seu trabalho em conjunto.