O quarto filme da famosa franquia de ficção científica, “Alien: A Ressurreição”, dirigido por Jean-Pierre Jeunet, enfrentou críticas desfavoráveis em Hollywood. No entanto, o cineasta francês permanece firme em sua defesa do filme, atribuindo as críticas à percepção de que o projeto era “artístico demais”.
Em uma entrevista ao IndieWire, Jeunet expressou seu desabafo em relação à recepção do filme nos Estados Unidos. Ele destacou a ironia de ser rotulado como “artístico” em Hollywood, considerando o termo como algo negativo na indústria cinematográfica americana. Apesar das críticas, o diretor considerou a experiência de fazer um filme “artístico” em Hollywood como positiva, agradecendo à 20th Century Fox pela liberdade criativa concedida durante a produção.
“Alien: A Ressurreição” marcou não apenas uma incursão ousada no gênero de ficção científica, mas também um momento significativo na vida de Jean-Pierre Jeunet, pois foi durante a produção deste filme que ele conheceu sua esposa, a editora Liza Sullivan, na sala de edição.
“Eles odiaram [o filme] nos EUA. Disseram que é um filme “artístico”. Adorei ter feito um filme “artístico” em Hollywood. “Artístico” é um palavrão em Hollywood. Foi uma boa experiência. A 20th Century Fox me deu liberdade quase total. Não foi fácil porque é sempre muito caro, sempre muito longo, tem que cortar algumas cenas, mas no final foi uma ótima experiência. E eu conheci alguém durante os trabalhos na sala de edição.”
Na trama, a ex-tenente Ellen Ripley, interpretada por Sigourney Weaver, é ressuscitada por meio de um clone alienígena, dois séculos após sua morte. A narrativa se desenrola com Ripley se juntando a uma tripulação de piratas espaciais em uma batalha contra um grupo de aliens, tentando impedir que cheguem à Terra.
O elenco estelar inclui não apenas Sigourney Weaver, mas também Winona Ryder, Ron Perlman, Gary Dourdan, Dominique Pinon, Brad Dourif e Leland Orser. A mistura de talentos contribuiu para a singularidade do filme, mesmo diante das críticas recebidas.