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CGI Infinito | A overdose de computação gráfica no Universo Cinematográfico Marvel

Inegável é que os atuais blockubusters necessitam do uso da computação gráfica (CGI) para alavancar o nível de realidade-fantasiosa que o estúdio se propõe vender aos mais maravilhados fãs do cinema. Desde o revolucionário Avatar de James Cameron e os explosivos Transformers de Michael Bay, o mercado cinematográfico grita pela necessidade de uma tela verde ao fundo. 

Na Era de Ouro dos heróis no cinema não é diferente, e o principal e mais rentável nome do mercado heroico atualmente parece estar se deixando levar pelo nível de artificialidade presente em seus projetos.

Prazer, Marvel Studios

O canal Browntable apresenta um vídeo onde é enfatizado, em detalhes, a dependência que a Casa das Ideias tem em utilizar a computação gráfica ao seu favor e, em contrapartida, a decadência dos efeitos práticos que são deixados em segundo, ou terceiro, ou quarto plano…

Os primeiros passos do Marvel Studios foram dados com Homem de Ferro (2008) de Jon Favreau e ainda naquele ano, a vestimenta utilizada por Robert Downey Jr. era construída quase por completo, dando um aspecto foto-realista à pós-produção e ao filme. Anos depois, precisamente após a Fase 2 do UCM, o autor do vídeo denota que a incrementação de CGI foi se tornando excessiva. Homem de Ferro 3, por exemplo, seguiu o conceito da armadura produzida manualmente no set de filmagens, mas retirou muito do que havia de real para dar espaço a um traje colante com pontos de luz – posteriormente tratado com computação gráfica. 

Homem de Ferro (2008) / Vingadores: Guerra Infinita (2018)

O arquétipo mais interessante do vídeo é de fato a nova versão do Homem-Aranha. Se por um lado as versões de Tobey Maguire e Andrew Garfield esbanjavam um toque de realismo em seus devidos trajes, Tom Holland logo foi inserido ao UCM com um nada sutil CGI no uniforme. Embora este tenha trazido inovações e fidelidade, como o movimento dos olhos e as teias no sovaco, ele perece diante da última versão, por exemplo, que nitidamente se dobrava combinado ao movimento do corpo do herói – quem não se recorda da fantástica cena de abertura de O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro

Em Homem-Aranha: De Volta ao Lar o “problema” persistiu e novamente as cenas de ação perderam o toque realista para dar espaço ao CGI. No set de filmagens do filme, há uma cena onde um dublê escala o monumento de Washington e no filme a cena em questão é completamente substituída por computação gráfica. Boa ou não, os olhos mais atentos dos espectadores devem visualizar apenas um boneco de massinha em cena.

Traje de Tom Holland em Capitão América: Guerra Civil sem a pós-produção.

Sucesso avassalador de bilheteria e crítica, Pantera Negra não fica nem um pouco atrás de outros projetos milionários do Marvel Studios que caíram por terra quando o debate visual se acirrava. O ato final marca uma das maiores bizarrices visuais do estúdio quando o protagonista parte para o embate final com o “vilão” Killmonger. Com sensatez, o vídeo equipara a luta ao ato final de X-Men, filme lançado no início de 2000, onde os orçamentos não eram tão altos e a demanda por filmes do gênero baixa. 

Uma singela homenagem ao videogame que marcou gerações!

A ironia por trás disso tudo acentua-se quando é revelado que a mesma empresa, a Method Studios, é responsável por magníficos projetos cinematográficos como Rogue One: Uma História Star Wars e uma das pratas casa: Guardiões da Galáxia. Reconhecidos pelo visual, estes se sobressaem na pós-produção. 

PÓS-PRODUÇÃO! 

Talvez esse seja o principal problema dos filmes que pecam no aspecto visual. Guerra Civil, segundo os próprios diretores, não estava nos planos do estúdio até que o rival anunciou, em 2013, algo grande demais para mentes pequenas: Batman vs. Superman! Na tentativa de colocar nos cinemas um projeto tão épico quanto, a continuação de Capitão América: O Soldado Invernal – um dos melhores filmes do UCM – passou a reunir os principais rostos da Marvel e os colocou em uma briga política/sentimental, porém deixou a desejar – e muito – na pós-produção. 

É quase correto afirmar que com o avanço da tecnologia, de hoje em diante, a tendência dos bilionários estúdios hollywoodianos é passar por atalhos que resumem um ano de pós-produção em meses, trajes mecânicos em roupas com pontos de captura e a promessa de um diferencial em mais um filme genérico, bem como seus roteiros.

MENÇÃO HONROSA : CABEÇA FLUTUANTE.

  

O vídeo que faz inferência ao uso excessivo de CGI no Universo Cinematográfico Marvel pode ser conferido logo abaixo. 

Redação Bastidores

Publicado por Redação Bastidores

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