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Crítica | Cemitério Maldito: A Origem – É um enorme desperdício de tempo

Cemitério Maldito tinha o potencial de ser uma das franquias mais assustadoras e interessantes dentro do gênero do terror. No entanto, há mais erros do que acertos entre obras da franquia que foram lançadas. Cemitério Maldito (2019) foi um remake que tentou ressuscitar a história, mas acabou sendo uma grande decepção, o mesmo se aplica a Cemitério Maldito: A Origem.

Adaptado da obra de Stephen King, o primeiro filme foi lançado em 1989, que já naquela época não era tão excepcional assim. O mesmo pode ser dito desta nova versão, dirigida pela estreante Lindsey Anderson Beer, que demonstra boas intenções, mas falha em incorporar os principais elementos que um bom filme de terror deve ter, que são: tensão, suspense e uma trama intrigante. 

A trama se passa no ano de 1969, 20 anos antes do primeiro longa, seguindo o jovem Jud Crandall (Jackson White), que descobre segredos antigos que estão no cerne de sua família e estão ligados à sua cidade natal de Ludlow, Maine. Após o retorno de Timmy (Jack Mulhern) do Vietnã com dispensa honrosa, vários acontecimentos sinistros envolvendo o jovem se desencadeiam pela região.

Vamos concordar que é uma premissa nada inovadora e que já acompanhamos em várias obras de terror, mas os roteiristas acharam que seria uma brilhante ideia trazê-la para as telas. Para piorar, a diretora Lindsey Anderson apresenta a narrativa com um ritmo lento e não adiciona uma atmosfera de horror ou medo na obra, isso para não mencionar a falta de simpatia dos personagens, que foram pessimamente construídos e desenvolvidos. Inclui-se aí o personagem de David Duchovny, que também é mal utilizado pela cineasta.  

Por se tratar de um prequel, é natural que o público procure respostas, ou como o título em português diz, a origem de todos aqueles acontecimentos sombrios envolvendo o tal do cemitério. Mas o roteiro é completamente deficiente e ineficaz em nos trazer respostas sólidas e relevantes, pelo contrário, deixando mais dúvidas do que propriamente respondendo a essas perguntas. 

O público que acompanha aos longas adaptados das obras de King já sabe o que aquele cemitério faz com as pessoas que são enterradas ali, mas mesmo assim quiseram recontar toda a história como se fosse uma grande novidade. Outra falha gritante do roteiro tem relação com a trama, que se passa em 1969, e não há a mínima conexão do que aconteceu no passado para transformar aquele lugar em um local “maldito”.

Não há motivo para terem produzido um novo capítulo da franquia. Cemitério Maldito: A Origem tem as mesmas deficiências narrativas de Chamas da Vingança (2022), que também foi inspirado em uma obra de Stephen King. A dúvida que fica é se esse longa fará com que Cemitério Maldito receba mais continuações ou se simplesmente enterrou as chances de futuras sequências ocorrerem.

Cemitério Maldito: A Origem (Pet Sematary: Bloodlines, EUA – 2023)

Direção: Lindsey Anderson Beer
Roteiro: Lindsey Anderson Beer, Jeff Buhler
Elenco: Jackson White, Natalie Alyn Lind, Forrest Goodluck, Isabella LaBlanc, Henry Thomas, David Duchovny, Samantha Mathis
Gênero: Fantasia, Terror
Duração: 87 min

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Publicado por Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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