Aproveitando este contexto atual das olimpíadas em Tóquio, resolvemos fazer um vídeo dissertando sobre a obra do cineasta japonês, Yasujiro Ozu e em especial sobre Era uma vez em Tóquio, que acredito ser, além de sua magnum opus, seu filme quintessêncial, o que melhor resume o seu trabalho e que melhor captura o espírito da cidade mais populosa do mundo.
Chamado por muitos de “o poeta da simplicidade, Ozu gostava de trabalhar temas que se enquadram na miríade de tópicos das famílias japonesas e sua tradição, predominantemente a dissolução do seio familiar (Um filho ou filha tendo que casar-se ou um pai tendo que partir), conflitos de geração.
Aparecem também temas como a rebeldia da juventude e a passagem deste jovem para a maturidade e as relações complexas entre pais e filhos. Tudo isso imbuído de tradição, que por sua vez passa também por uma certa dissolução, visto as intensas transformações sociais pela qual o país passava. No caso, este filme foi feito no pós guerra, apenas três anos após o fim da ocupação americana e a marca da história pode ser percebida no filme.