Denis Villeneuve, o aclamado diretor de “Duna: Parte Dois“, expressou preocupações sobre a atual indústria cinematográfica de Hollywood, criticando a aparente priorização de prazos sobre a qualidade das produções. Em suas declarações ao The Times, Villeneuve destacou o perigo de Hollywood se concentrar mais nas datas de lançamento do que na substância e na qualidade dos filmes. Essa perspectiva reflete uma crítica mais ampla à indústria, que muitas vezes é acusada de favorecer sequências, remakes e franquias em detrimento de obras originais e inovadoras.
“Um dos perigos de Hollywood é que as pessoas ficam mais animadas e só pensam em datas, não em qualidade”, afirmou ele
Além disso, Villeneuve abordou o que ele vê como uma “corrupção” do cinema pela televisão, expressando uma preferência distinta por visuais e sons em vez de diálogos. Sua aversão aos diálogos em filmes sugere uma abordagem cinematográfica mais purista, valorizando a capacidade do cinema de contar histórias e evocar emoções através de imagens e sons, em vez de confiar em conversas. Esta abordagem busca relembrar e reforçar o poder único do cinema como uma forma de arte visual e auditiva, potencialmente desafiando as normas contemporâneas que favorecem narrativas fortemente baseadas em diálogos.
“Diálogos são para teatro e televisão. Não me lembro de filmes por causa de uma fala boa, lembro por uma imagem forte. Não estou interessado em diálogos. Imagens e sons puros, esse é o poder do cinema, mas é algo que não é óbvio quando se assiste a filmes hoje. Os filmes foram corrompidos pela televisão”, contou.
O compromisso de Villeneuve com a qualidade e a integridade artística é evidente em sua abordagem à adaptação de “O Messias de Duna”, a continuação da saga iniciada em “Duna”. Sua relutância em apressar o projeto reflete um desejo de preservar a profundidade e a complexidade do material de origem, garantindo que a adaptação cinematográfica mantenha o nível de qualidade que os fãs esperam e merecem.
“Duna: Parte Dois” promete trazer de volta um elenco estelar do primeiro filme, incluindo Zendaya, Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, entre outros, além de introduzir novos talentos notáveis. A expectativa em torno do filme é alta, não apenas por seu elenco impressionante, mas também pela visão distinta de Villeneuve, que busca elevar o cinema a uma experiência imersiva e visualmente deslumbrante, desprovida da dependência excessiva de diálogos.