em ,

Os 10 Melhores Filmes de 2021

2021 está chegando ao fim e, ao contrário de seu anterior, conseguiu agir muito bem pelos bons filmes. Compilando aqui os lançamentos comerciais no Brasil de janeiro a dezembro (o que inclui alguns títulos de 2020), o Bastidores traz sua seleção dos 10 melhores longas lançados este ano.

Provavelmente alguns títulos populares ficaram de fora, já que foi um ano cheio de destaques, mas confira abaixo nossos preferidos.

10. Matrix Resurrections

Matrix Resurrections é um filme extremamente autoral e desafiador. É uma continuação que brinca com clichês e os vira de ponta cabeça, oferecendo uma experiência divertida e original, ainda que imperfeita. Certamente é um longa que merece ser visto mais de uma vez, e que prova que ainda é possível contar com grandes ideias em filmes grandes.

9. Finch

Um filme que tinha tudo para dar errado, dado o fato de ter sido “despejado” no catálogo da Apple TV+. Ledo engano: sob a direção bem segura de Miguel Sapochnik, Finch é uma das obras mais envolventes e divertidas do ano, trazendo um excelente Tom Hanks contracenando com um cachorro carismático e um androide ingênuo ao longo de uma paisagem pós-apocalíptica. Finch evita conflitos clichês e volta seu olhar para o desenvolvimento emocional de seus personagens, com resultados verdadeiramente emocionantes.

8. Ataque dos Cães

Jane Campion está de volta com os dois pés na porta. Realizando um dos melhores filmes originais da Netflix até então, a cineasta faz de Ataque dos Cães um potente estudo de personagem, analisando com maestria a relação de amor e ódio entre as figuras de Benedict Cumberbatch e Kodi Smit-McPhee – em uma narrativa que realmente só pode ser entendida por completo desde sua fala inicial até sua última imagem. Talvez seja a direção mais subjetiva e precisa do ano, merecendo todos os elogios.

7. Tempo

Após uma fase bem negativa nas telas, M. Night Shyamalan vai retomando seu posto a cada novo projeto. Completando sua trilogia de Corpo Fechado, ele parte para um suspense sobrenatural angustiante e devastador com Tempo, onde oferece um dos melhores trabalhos de câmera de sua carreira, além de soluções e ideias originais para sua premissa altamente estimulante. O filme mais incômodo do ano, mas pelos motivos certos.

6. Uma Noite em Miami…

Regina King parece não ter limites. Além de uma atriz formidável, se mostra também uma diretora muito habilidosa com a adaptação de Uma Noite em Miami…, longa que entende com perfeição o conceito de teatro filmado. Imaginando uma série de conversas entre Malcolm X, Muhammad Ali, Sam Cooke e Jim Brown, o filme traz um roteiro poderoso, engraçado e dramático, aproveitando ao máximo os talentos de seu incrível elenco; com destaque para o excelente Kingsley Ben-Adir.

5. Amor, Sublime Amor

Creio que nenhuma adaptação poderia resolver minhas birras inteiramente pessoais com a história original de Stephen Sondheim, mas Steven Spielberg certamente trouxe a melhor versão com seu apaixonado Amor, Sublime Amor. É um musical que traz seu cineasta em uma de suas melhores formas, impressionando em todos os fatores técnicos e também em suas descobertas com um fascinante elenco latino. Que Spielberg se arrisque em mais musicais!

4. Meu Pai

Isso aqui é uma baita estreia. O dramaturgo Florian Zeller faz a transição de seu trabalho dos palcos para o cinema com um domínio impressionante, ao contar a assustadora história de um homem com Alzheimer inteiramente de seu ponto de vista. Além de uma condução narrativa absolutamente primorosa e angustiante, garante aquela que talvez seja a melhor atuação da carreira de Anthony Hopkins, muito bem reconhecido com um Oscar por seu trabalho memorável.

3. No Ritmo do Coração

Uma das grandes e mais recompensadoras surpresas do ano. Colocando o destaque para uma família de deficientes auditivos, No Ritmo do Coração traz o melhor elenco do ano em uma história simples, que reconta aquela do longa francês La Famille Bélier, mas que é poderosa e comovente de forma lindíssima. A novata Emilia Jones entrega com folga a melhor performance de 2021, na experiência feel good definitiva do ano.

2. Maligno

Maligno é realmente um daqueles filmes de se ver para crer. Movido pelo domínio técnico impecável de seu diretor, o terror experimental de James Wan aposta no absurdo e rende uma série de acontecimentos que poucos teriam coragem de se investir na grande máquina de Hollywood. Mesmo que Wan seja um diretor dos pesos pesados atualmente, é um grande alívio ver que seu espírito perturbado do início de carreira ainda é capaz de nos oferecer um terror original e memorável. Nunca fiquei tão feliz com algo tão repugnante.

1. O Último Duelo

Ridley Scott, sentimos sua falta. Não o Ridley Scott confuso e pedante de Alien: Covenant, mas sim o mestre que fez Gladiador no início dos 2000 e Os Duelistas em sua primeira incursão nos cinemas, voltando aqui com seu melhor filme em décadas. Tomando referências de Kurosawa e o melhor do cinema medieval, O Último Duelo apresenta um triunfal roteiro, atuações excelentes ancoradas por Jodie Comer e um senso de épico dramático que só Ridley Scott pode fazer. Um filmaço que não pode passar despercebido.

Avatar

Publicado por Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa ultrapassa US$ 1 bilhão na bilheteria mundial

Tom Holland comenta opinião de Martin Scorsese sobre filmes da Marvel