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Review | Horizon Forbidden West para PC traz mais uma pérola da Nixxes

Review | Horizon Forbidden West para PC traz mais uma pérola da Nixxes
SIE

A PlayStation definitivamente redefiniu o jogo no PC desde agosto de 2020, começando com o lançamento de Horizon Zero Dawn. Este título, antes exclusivo do PS4 e criado pela renomada Guerrilla Games, enfrentou um lançamento tumultuado, marcado por problemas técnicos que afetaram a experiência dos jogadores.

A Guerrilla, sem experiência prévia em PCs, foi responsável pelo port inicial, mas desde então, a Sony evoluiu. Com mais 13 títulos lançados, chegamos ao esperado Horizon Forbidden West, agora nas mãos habilidosas da Nixxes, um estúdio especializado adquirido pela Sony que já nos presenteou com outros ports espetaculares.

Focando no que realmente interessa, a análise do lançamento para PC, o estado atual do jogo é, em uma palavra, impecável.

Dedicação e Maestria

A Nixxes compartilhou que cada port de jogo da PlayStation leva cerca de um ano de dedicação. O estúdio já nos brindou com maravilhas como os jogos do Homem-Aranha e Ratchet and Clank: Uma Fenda no Tempo.

A cada novo projeto, a Nixxes aperfeiçoa sua arte, aprendendo e evoluindo com cada nova experiência. O que salta aos olhos é a beleza do jogo, independentemente das configurações gráficas escolhidas pelo jogador.

Frequentemente, me peguei lutando para discernir as diferenças visuais entre as configurações médias e altas. E entre as altas e muito altas, as diferenças são praticamente indiscerníveis.

Como é de praxe, a Nixxes oferece um menu intuitivo que mostra as alterações gráficas em tempo real, ajudando os jogadores a encontrar o equilíbrio perfeito entre estética e desempenho. Confesso que não há necessidade de compromissos aqui.

O resultado é impressionante, com o jogo rodando suave e lindo até mesmo em PCs menos robustos, equipados com hardware mais acessível, como as GPUs RTX série 60 da NVIDIA. Para os detentores das placas série 40, a experiência é ainda mais sublime graças ao DLSS 3.

Apesar de alguns artefatos visíveis no hud da bússola, recomendo o uso. Horizon Forbidden West é possivelmente o jogo mais deslumbrante desta geração, e o port para PC eleva ainda mais a experiência com sua apresentação em 21:9 e 4K.

Os horizontes se expandem, revelando uma diversidade de paisagens, desde áridas até densamente florestadas, e até as fases aquáticas ganham uma nova dimensão de beleza. É, sem dúvida, espetacular.

É lamentável, no entanto, que o port não inclua ray tracing, o que teria adicionado ainda mais esplendor ao jogo. Há também uma queda misteriosa de desempenho durante as cinemáticas, um problema que esperamos seja resolvido em breve. Vale ressaltar que a Nixxes já implementou correções visuais que a Guerrilla levou semanas para aplicar no PlayStation 5, eliminando os efeitos de flicker causados pelo movimento da câmera.

Este é, sem dúvida, o melhor trabalho da Nixxes até o momento e, provavelmente, o melhor port para PC já feito. Em uma era de lançamentos problemáticos, é essencial reconhecer o respeito que o estúdio demonstra pelos consumidores. Já estou ansioso pelo port de Ghost of Tsushima, pois a Nixxes parece superar-se a cada novo projeto.

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Entre Apatia e Empolgação

Minha relação com a franquia Horizon é complexa. Embora a narrativa dos jogos não me encante, é impossível ignorar um mundo pós-apocalíptico habitado por animais e dinossauros robóticos. É um conceito que captura a imaginação e merece atenção.

Para os fãs de Horizon Zero Dawn, Horizon Forbidden West é uma jornada imperdível, ampliando e aprimorando os aspectos mais fortes do antecessor. Apesar de alguns problemas de ritmo, o esforço dos roteiristas em tecer missões secundárias que se entrelaçam significativamente com a trama principal é louvável e único até o momento.

O ápice narrativo se encontra na expansão Burning Shores, que analisei separadamente. Esta expansão aprofunda a mecânica de voo, introduzida tardiamente no jogo base, e apresenta uma Aloy mais carismática, incluindo um romance bem desenvolvido e encantador com Seyka.

A jogabilidade é o que realmente define a experiência de Horizon. O combate é empolgante, recheado de mecânicas baseadas em efeitos de status, e a diversidade de mais de 40 criaturas meticulosamente desenhadas mantém o jogo variado. A recompensa por desmontar peças dos inimigos durante o combate continua sendo um ponto alto.

A Guerrilla expandiu as formas de enfrentar desafios, com seis árvores de habilidades que definem estilos de combate distintos, seja através de ataques diretos, furtividade, armadilhas ou especialização em arco e flecha. Há uma variedade de armas com diferentes graus de raridade que podem ser aprimoradas ao longo do jogo.

Horizon Forbidden West é um RPG completo, oferecendo escolhas de diálogo em momentos cruciais que influenciam o relacionamento de Aloy com seus aliados, que se juntam a ela em um hub após o primeiro ato. A aventura se divide entre encontrar IAs de terraformação para completar GAIA e lidar com os Zeniths, que ameaçam o planeta e escondem um inimigo que será central no último jogo da trilogia.

Com uma ampla gama de missões e um sistema de aprimoramento de itens robusto, o jogo incentiva o enfrentamento de criaturas poderosas em busca de itens raros, essenciais para maximizar o nível de bolsas, armas e armaduras. As atividades secundárias são abundantes, incluindo alguns dos melhores quebra-cabeças ambientais já vistos em jogos de mundo aberto, exigindo reflexão para superar os desafios.

Uma crítica que permanece desde a versão PS5 é a limitação do parkour de Aloy, que só pode se agarrar em locais pré-definidos, restringindo a exploração e impondo um caminho mais linear nas missões principais, o que afeta a liberdade de escolha de rotas. No entanto, é possível que mods não oficiais venham a melhorar a exploração, que, apesar dessa limitação, ainda é bastante prazerosa.

Review | Horizon Forbidden West para PC traz mais uma pérola da Nixxes
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Horizontes Expandidos

A versão para PC de Horizon Forbidden West pode ser considerada a definitiva. Inclui a expansão Burning Shores, que adiciona algumas das melhores fases da série, além de um confronto épico com um chefão colossal que os fãs ansiavam enfrentar há anos. Com mínimos problemas técnicos e excelente desempenho em várias configurações de hardware, é inegável recomendar esta obra-prima da Nixxes. Espera-se que a PlayStation continue a investir no PC, trazendo seus exclusivos que, quer se goste ou não, estão frequentemente à frente da concorrência.

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Publicado por Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

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